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INFORMÁTICA COMO INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

Por:   •  29/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.451 Palavras (14 Páginas)  •  245 Visualizações

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INFORMÁTICA COMO INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

Lilian Apª. Macedo de Souza Nunes de Araújo[1]

RESUMO

Este artigo tem por objetivo, destacar o uso da tecnologia como ferramenta de intervenção psicopedagógica por se tratar de um meio rico em possibilidades educacionais pela qual estão cercados e o deslumbramento que desempenha sobre as crianças e os jovens. Apresenta tal ferramenta como facilitador no processo de ensino-aprendizagem, partindo de uma visão Psicopedagógica, descrevendo como utilizar e como empregar a variedade de facetas desse instrumento proporcionando a aprendizagem e afloração da capacidade criadora e criticidade dos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia. Ensino-aprendizagem. Psicopedagógica.

INTRODUÇÃO

O presente estudo se trata de uma pesquisa bibliográfica.

O tema “Informática como Intervenção Psicopedagógica” foi escolhido porque grande parte dos educadores ainda enxerga o uso da tecnologia de modo pessimista, enxergando-a como oponente e sem procedimento favorável e eficaz que origine uma aprendizagem eficaz, não associando às tecnologias ao seu dia-a-dia, não tendo perceptibilidade destas transformações e destes novos ambientes educacionais, quando deveria reconfigurar seu método pedagógico respondendo as novas demandas na sala de aula.

“Não é necessário que um professor torne-se especialista em informática ou em programação. Um certo número de softwares educativos são, hoje, concebidos para permitir ao usuário que escolha os numerosos parâmetros de utilização e os conteúdos dos exercícios. [...]

O fato de não precisar ser um programador ou um analista de sistemas minucioso não significa que se possa prescindir de uma cultura informática básica e de um treino para o manejo de todos esses instrumentos. A facilidade pessoal no manejo de diversos softwares não garante uma correta aplicação para fins didáticos, mas torna isso possível.” (PERRENOUD, 1999. p. 132).

A escolha do tema sobreveio em função da necessidade que urge em uma reestruturação na prática pedagógica do educador vendo as TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação) através de uma docência crítica e criativa, favorecendo assim, uma aprendizagem significativa.

A relevância deste trabalho advém na necessidade de inclusão na prática pedagógica das inúmeras probabilidades de utilização dos recursos tecnológicos e psicopedagógicos, fazendo com que as aulas se tornem mais prazerosa e proporcionando, assim, uma aprendizagem mais significativa para os alunos do segundo ciclo do ensino fundamental, especialmente em relação à aprendizagem da leitura.

O presente estudo foi estruturado e organizado em dois capítulos, onde o primeiro faz analogia sobre o uso das tecnologias como objeto de intervenção Psicopedagógico.

O segundo capítulo apresenta os benefícios da inclusão digital e a contrariedade de parte dos educadores em relação ao uso da tecnologia no cotidiano escolar.

Por fim, as considerações finais retomam sinteticamente as ideias centrais apresentadas ao longo do trabalho.

1 O USO DA TECNOLOGIA COM INTERVENTOR PSICOPEDAGÓGICO

O processo de ensino-aprendizagem é um acontecimento  histórico e multidimensional, que conglomera o homem, a técnica, a cognição, o aspecto emocional, o sócio-político e o cultural. Este tema pretendeu demonstrar a importância da contribuição da informática como recurso psicopedagógico nesse processo.

A utilização de computadores na educação é um acontecimento incontestável e uma prática crescente, pois as instituições escolares e os docentes não podem ficar alheios às modificações do contexto social vigorante e têm como responsabilidade a formação dos jovens que atuarão na sociedade.

A TV, o Vídeo e o Computador são as tecnologias de uso diário pelos alunos. Seja em casa, quando se trata da TV e do vídeo, seja na mão deles quando se trata do celular.

O uso do computador expressa-se em um contexto de contínua interação, pois não é apenas um utensílio que prolonga nossa capacidade de comunicação ou de processar informações: consegue realizar operações e decodificar informações de forma correlativa ao nosso. Com isso, permite condição de influência mútua que possui valor de desenvolvimento. Trata-se de uma interação onde as informações necessitam funcionar ao mesmo tempo, como “todo” e como “parte”, ou seja, precisam atuar de maneira interdependente.

Os conceitos construtivistas de Piaget, Vygotsky, dentre outros, respeitam o conhecimento não transmissível, mas arquitetado pela criança, de modo único.

Toda criança re-estabelece o conhecimento do mundo físico, lógico-matemático e espaço-temporal começando a partir de seus experimentos com desígnios no espaço e no tempo.

Nesse aspecto, além de um lugar natural, é indispensável a cooperação de outras pessoas, de uma sociedade, de uma cultura: pensar é designar, esquematizar mentalmente articulando, idealizando um mundo em processo de conhecimento.

Tanto para Piaget (1967) quanto para Vygotsky (1989), na teoria construtivista, a aprendizagem é decorrência da relação sujeito/objeto, relação em que os dois termos não se opõem, mas se solidarizam, formando um todo único.

O aperfeiçoamento do sujeito e do objeto como elementos imprescindíveis na concepção do conhecimento precisam da atuação simultânea que os dois realizam um sobre o outro. A origem disso tudo não é o sujeito, nem o objeto, bem como das propriedades essenciais ao próprio objeto.

O computador é uma tecnologia que se renova a todo instante, é um sistema ajustável, que pode ser usado para escrever, fazer correções, colar ou copiar textos, etc. Além disso, sua utilização, aos poucos, deposita questões e tarefas que o programa atual não resolve e que, por isso, exige um aprofundamento ou acréscimo de seu “pacote’’de operações.

As crianças estão aprendendo mais e com maior agilidade e em que medida essas modernas tecnologias influenciam os estágios de desenvolvimento da criança descritos por Piaget? Piaget defende que essa epistemologia necessitaria apreciar sempre duas referencias: A do sujeito que aprende e a do objeto que é conhecido. Para a primeira, propunha o método psicogenético, e para a segunda, o método histórico-crítico.

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