Jogos brinquedos
Por: rteves • 20/11/2015 • Trabalho acadêmico • 1.033 Palavras (5 Páginas) • 884 Visualizações
Sumário
1- Introdução 3
2- Philippe Ariès – Introdução à História de Jogos e Brincadeiras 4
3- Edda Bomtempo – Entendendo a Brincadeira do Faz – de – Conta 5
4- Observação na Prática – Brincando de faz-de-conta 6
5- Conclusão 6
6- Anexo 8
7- Bibliografia 15
1- Introdução
É impossível falar sobre a infância sem remeter a ideia ou lembranças de jogos, brinquedos, brincadeiras, amizades, família e escola não estejam presentes.
Tão importante nesta fase quanto brincar é aprender algo novo, viver experiências sócio culturais, cognitivas, lúdicas, significativas para uma vida em constante desenvolvimento.
É por meio das brincadeiras que a criança representa certas “realidades” do seu contexto social assumindo papéis ou personagens através da imitação e práticas de faz-de-conta.
Assim, autores como: Philippe Ariès, Edda Bomtempo, entre outros, deram sua contribuição à história dos jogos, brinquedos e brincadeiras através da observação de crianças em diferentes épocas e situações.
Este trabalho tem por objetivo a observação, segundo os autores citados, de uma criança brincando de faz-de-conta e análise de seu comportamento, ações correspondentes a sua idade (6 anos) e a fase de desenvolvimento (Pré-Operatório, PIAGET).
2- Philippe Ariès – Introdução à História de Jogos e Brincadeiras
Ariès, no livro História Social da Criança e da Família, no capítulo IV -Pequena Contribuição à História dos Jogos e das Brincadeiras, o autor relata a história de Luís XIII quando criança, pelo diário do médico Heroard no século XVII.
A importância do texto se revela por ser um dos únicos documentos escritos na época sobre a criança, suas brincadeiras, e a que etapas de seu desenvolvimento físico e mental cada uma delas correspondia.
A precocidade do pequeno Delfim, em participar da vida cultural e adulta naquele tempo, nos dá a noção de como era a educação e o modo de viver de uma realeza.
O pequeno príncipe, aos 2 anos participa dos eventos sociais, assiste a missas, peças teatrais, participa de jantares, dança em festas (bailes), e se utiliza de objetos tais como: instrumentos musicais, carruagem de madeira com bonecas e jogos de tabuleiros. Não deixa de apanhar quando se comporta mal, mas é adorado por todos e assim aprende as regras morais e sociais, assim ele foi crescendo e ganhando autonomia.
Este relato nos revela, segundo o autor:
“[...] em torno dos anos 1600: a especialização infantil dos brinquedos já estava então consumada, com algumas diferenças de detalhe com relação ao nosso uso atual: assim, como observamos a propósito de Luís XIII, a boneca não se destinava apenas às meninas. Os meninos também brincavam com elas. Dentro dos limites da primeira infância, a discriminação moderna entre meninas e meninos era menos nítida: ambos os sexos usavam o mesmo traje, o mesmo vestido. É possível que exista uma relação entre a especialização infantil dos brinquedos e a importância da primeira infância no sentimento revelado pela iconografia e pelo traje a partir do fim da Idade Média. A infância tornava-se o repositório dos costumes abandonados pelos adultos”. (ARIÈS, P.49)
Ariès menciona que em 1747, Barbier escreve sobre a invenção dos fantoches (brinquedo utilizado até hoje) representavam pessoas da corte seus diversos papéis dentro da sociedade (seus ofícios), servindo como divertimento contagiando crianças e adultos, visto na maioria das casas pendurados nas lareiras, tornando-se uma febre na época.
Deste modo, podemos entender como aquelas pessoas representadas pelos fantoches davam espaço a imaginação, ao lúdico e deixavam fluir as brincadeiras de faz-de-conta, existentes até os dias atuais, também presentes na cultura e na educação infantil.
3- Edda Bomtempo – Entendendo a Brincadeira do Faz – de – Conta
Segundo a autora, o brincar ajuda no desenvolvimento da criança quanto a aspectos cognitivos e afetivo-social. É a capacidade de representar papéis, situações cotidianas, simbolizar e abstrair.
Para Piaget (1971), no jogo simbólico, a criança ao brincar se utiliza do objeto (brinquedo) sem preocupar-se com o significado real, dando o sentido que ela atribui ou deseja, como por exemplo: utiliza
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