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KARL MARX : MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA, O ESTADO E REVOLUÇÃO E COMUNISMO.

Por:   •  6/7/2017  •  Artigo  •  3.576 Palavras (15 Páginas)  •  553 Visualizações

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KARL MARX : MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA, O ESTADO E REVOLUÇÃO E COMUNISMO.

Wellma Karla Barbosa de Medeiros[1] - UERN

Andreza Caroline Fernandes Sinésio[2] - UERN

Gessivan Rodrigues De Oliveira[3] - UERN

Adna Maeli dos Santos Barbosa[4] - UERN

Eixo – Sociologia da Educação

Agência Financiadora: não contou com financiamento

Resumo

O Manifesto do Partido Comunista produzido sob encomenda da Liga dos Comunistas, por Karl Marx e Friedrich Engels, publicado pela primeira vez em 21 de fevereiro de 1848, é um dos tratados políticos mais relevantes do mundo. Tal obra foi publicada em um contexto histórico repleto de revoluções sociais, na Alemanha e França, principalmente. O presente trabalho tem o objetivo de analisar a importância da obra “O Manifesto do Partido Comunista” de Karl Marx e Friederich Engels, bem como o conceito de Estado em Marx e a Revolução Comunista. A metodologia de pesquisa aplicada para a elaboração do presente trabalho foi de revisão bibliográfica, onde se realizou estudo da literatura acerca das obras de Karl Marx. Nesse sentido o manifesto, pode ser considerado um clássico da Literatura e das Ciências Sociais, um documento histórico de extrema relevância que influenciou e influencia diversas gerações, onde tal documento histórico traz a tona um momento revolucionário na história Mundial. Assim, percebe-se que o Estado detém um papel de dominação e coerção sobre a sociedade por meio do direito, atinge seus interesses e se vale das formas mais sutis de dominação para que os indivíduos da sociedade civil não percebam sua ação, sendo o Estado , servo dos interesses egoístas da classe dominante. Ao demonstrar que a propriedade e a riqueza são produtos do trabalho coletivo da sociedade, apropriado de forma particular pela classe dominante, Marx e Engels fornecem a ferramenta teórica que legitima a luta dos explorados e oprimidos por uma sociedade que supere as contradições do modo de produção capitalista. Diante desse contexto histórico, a classe dominada seria o agente da transformação social na medida em que adquirisse consciência das contradições sociais e na medida em que se organizasse para a conquista do poder político enquanto instrumento promotor das mudanças.

Palavras-chave: Manifesto. Estado. Revolução.

1 INTRODUÇÃO

O Manifesto do Partido Comunista produzido sob encomenda da Liga dos Comunistas, por Karl Marx e Friedrich Engels, publicado pela primeira vez em 21 de fevereiro do ano de 1848 e é um dos tratados políticos mais relevantes do mundo. Tal obra foi publicada em um contexto histórico repleto de revoluções sociais, na Alemanha e França, principalmente.

O Manifesto do Partido Comunista é conhecido mundialmente, não como a principal obra de Marx e Engels, mas como a mais divulgada e lida. Com uma linguagem simples e de fácil compreensão, o livro é dividido em quatro capítulos: Burgueses e proletários; Proletários e Comunistas; Literatura socialista e comunista e; Posição dos comunistas diante dos diversos partidos de oposição. Ele tem como ideal, estruturar o proletariado como classe social para reverter sua precária situação e assim descreve os vários tipos de pensamentos comunistas, assim como os princípios do socialismo científico.

O presente trabalho tem o objetivo de analisar a importância da obra “O Manifesto do Partido Comunista” de Karl Marx e Friederich Engels, bem como o conceito de Estado em Marx e a Revolução Comunista.

A metodologia de pesquisa aplicada para a elaboração do presente trabalho foi de revisão bibliográfica, onde se realizou estudo da literatura acerca das obras de Karl Marx.

  1.  A IMPORTÂNCIA DO MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA

É notório no estudo da História que a sociedade existiu através da luta de classes sociais, onde por toda parte, vê-se uma completa divisão da sociedade em classes distintas, que reina até os dias de hoje. Desde a época do feudalismo, a sociedade divide-se em dois campos antagônicos: a burguesia e o proletariado. Os burgueses se fortificaram com o desenvolvimento do comércio, que desde então vem a fortificar seu poder, tanto financeiro quanto político. A industrialização também vem a privilegiar o burguês e com o estabelecimento da indústria moderna e do mercado mundial, a burguesia conquistou autoridade política exclusiva no Estado representativo moderno. A sociedade rural da vida feudal perdeu sua importância, a burguesia subjugou o país ás leis das cidades. A população urbana aumentou grandemente. Do mesmo modo, os países bárbaros tornaram-se dependentes dos países civilizados.

Com o desenvolvimento da burguesia, desenvolve-se também o proletariado. Esses operários vendem diariamente sua força de trabalho, são mercadoria, artigo de comércio como qualquer outro. O crescente emprego de máquinas e a divisão do trabalho, extraindo o trabalho do operário de seu caráter autônomo, tiraram-lhe todo atrativo. O produtor passa a um simples apêndice da máquina e só se requer dele a operação mais simples.

Desse modo, Siqueira e Pereira (2014) relatam que:

A sociedade capitalista, que se formou a partir das contradições engendradas na sociedade feudal decadente (choque entre o desenvolvimento das forças produtivas, encarnadas pela burguesia em ascensão e a propriedade privada feudal, que as encarcerava), para se desenvolver e se consolidar dependeu da articulação de dois fatores fundamentais: a concentração da riqueza nas mãos de uma minoria de indivíduos, os burgueses, para a qual contribuiu, sobretudo, a chamada acumulação primitiva do capital (expropriação de bens da nobreza, o colonialismo, a exploração da força de trabalho, a ampliação do comércio) e a separação do produtor dos seus meios de vida (camponeses, artesãos), de modo que não tivessem outra forma de ganhar a sua existência social, a não ser vendendo a sua força de trabalho para dono dos meios de produção (terras, bancos, fábricas, instrumentos de trabalho), impondo, por meio de leis sanguinárias, as relações de assalariamento. (SIQUEIRA e PAREIRA, 2014, pág. 18)

Nesse contexto, Marx (1818-1883) Filósofo, cientista político, e socialista revolucionário muito influente em sua época, até os dias atuais – é muito conhecido por seus estudos sobre as causas sociais e teve enorme importância para a política européia e mundial – e Engels (1820-1895) – Com formação baseada na filosofia e apesar de ser filho de um rico industrial, desde muito jovem já se preocupava com a realidade de miséria em que os trabalhadores das indústrias viviam, quando estudante já possuía ideias esquerdistas e recebia influência de outras pessoas de países como Alemanha e França – partem de uma análise histórica, distinguindo as várias formas de opressão social durante os séculos e situa a burguesia moderna como nova classe opressora e produzem sob encomenda da Liga dos Comunistas a obra “Manifesto do Partido Comunista”, publicado pela primeira vez em 21 de fevereiro do ano de 1848 o qual trata-se de um dos tratados políticos mais relevantes do mundo.

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