LITERATURA INFANTO JUVENIL

Literatura Infanto Juvenil

Até pouco tempo a literatura Infanto juvenil estava associada a escola, somente como instrumento de transmissão de normas e valores, com o intuito de imprimir ideologias. Até o século XIX, a leitura era alicerçada no nacionalismo, tradicionalismo cultural, religioso, com intuito de imprimir preceitos cristãos, moralizar.

No Brasil, com o surgimento de Monteiro Lobato, percurso da literatura infantil no Brasil, as crianças passam a ter vontade e voz. Para Ligia Cademartori, Lobato,

Estimula o leitor a ver a realidade através de conceitos próprios. Apresenta uma interpretação da realidade nacional nos seus aspectos social, político, econômico, cultural, mais deixa, sempre, espaço para a interlocução com o destinatário. A discordância é prevista. (Cademartori, 2010. p.54)

Com o passar dos anos e com as transformações históricas e dialógicas sofrida tanto na literatura infantil como na sociedade, à diversidade de valores do mundo contemporâneo vão sendo incorporados a literatura, havendo uma necessidade de questionamento do papel do homem frente a um universo em constante transformação.

De acordo com Coelho (2000),

A Literatura infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor, à arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, os ideais e sua possível/impossível realização. (Coelho, 2000, p. 9)

Pode se ver que os valores mudaram, hoje a linguagem se mostra mais próxima do falar da criança. Segundo Gregorin; Costa e Silva, autores como:

Pedro Bandeira, Carlos Queiroz Telles, Roseana Murray e Regina Chamlian, trazem as vozes das crianças e o universo cotidiano com seus conflitos para serem lidos/vistos/sentidos numa literatura para as crianças de hoje, conflitos esses levados às crianças com uma proposta de diálogo, não somente de imposição de valores, por meio de uma literatura que busca a arte, sua característica primeira. (Gregorin; Costa; Silva, 2011, p.17)

Desse modo, as obras literárias/ artísticas deixam de ter somente fins pedagógicos, para ter também funções pragmáticas, cognitivas, lúdicas e libertadoras, passando a contribui para a formação da criança no processo de construção da sua identidade, e de sua personalidade.

Em se tratando de formação de personalidade, sabe-se que a escola tem papel fundamental na sua formação, sendo por tanto a literatura de suma importância nessa formação, pois a escola é um espaço propicio para o desenvolvimento dessa prática, sendo necessário que a mesma crie acessos a leitura, desenvolvendo nas crianças o gosto por ler, através de livros significativos.

BIBLIOGRAFIA

Livro Literatura infanto juvenil hoje: múltiplos olhares, várias medidas. Disponível em:

http://www.dialogarts.uerj.br/arquivos/a_literatura_infantil_e_juvenil_hoje

Acesso em: 16/05/2016.

COELHO, Nelly Novaes. Panorama Histórico da literatura infantil e juvenil. São Paulo: Ática, 1991.

CADEMARTORI, Ligia. O que é literatura infantil. São Paulo: Brasiliense, 2010.