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Longe dos Olhos

Por:   •  13/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.324 Palavras (6 Páginas)  •  467 Visualizações

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                                                       Longe dos olhos  

     TC

    1-

O livro conta a História de Oto e Sílvia. Oto era negro e Sílvia, branca. Oto tenta chamar atenção de Sílvia, mas não percebe que ela é deficiente visual. Em um belo dia, onde Oto trabalhava na ONG da comunidade, para deficientes, Sílvia chega. Léo, amigo de Oto, vai chamá-lo para atendê-la melhor. Oto fica nervoso pelo fato de que ela não tenha prestado atenção nele durante esses dias. Sílvia fala que é cega e Oto se sente culpado por acha-la “ignorante”. Sílvia, mesmo sendo deficiente visual, gosta muito de livros e pede para que Oto escolha um livro “realista” e que leia para ela. Oto escolhe o livro O Mulato de autor Aluísio Azevedo, que conta a história de Raimundo, que era negro e Ana Rosa, branca. O Mulato relata a historia de um amor proibido onde, naquela época, não aceitavam a relação entre um negro e uma branca. Oto achava que, por Sílvia viver na Urca, um bairro nobre do RJ, ela vivia numa sociedade racista onde não poderia ter contato nenhum com alguém negro. Isso fez com que ele escondesse sua identidade até o fim da leitura do livro. Quando acabou de ler o livro, se via completamente apaixonado por Sílvia, mas com raiva, achando que ela tinha um pensamento racista. Depois do término da leitura de O Mulato, Sílvia revelou que vivia numa casa menor, atrás da mansão que Oto julgava ser dela, revelou que também convivia com o racismo dentro de casa por ter um tio e um primo negros. Oto mudou seu ponto de vista sobre Sílvia e resolveu contar a verdade para ela. Ele contou tudo, cada detalhe, cada pormenor. Sílvia em certos pontos ficava com raiva por ele se aproveitar do fato dela ser cega, mas por fim, o perdoou e eles se beijaram.

2-

Oto era um menino Negro, forte, alto e acabara de completar 20 anos. Estudava Letras na parte da manhã, na Universidade Federal que ficava na praia Vermelha. Ele gostava de caminhar pela praia da Urca. Depois das aulas na faculdade, Oto fazia trabalho voluntário numa ONG da comunidade dedicada para deficientes e para os moradores de lá. Sílvia era uma menina branca, tinha um cabelo castanho-claro todo cacheado, uma boca de lábios grossos e vermelhos. Usava óculos escuros e ficava sentada numa amurada da Urca.

Sílvia era cega desde que nasceu e vivia nos fundos de uma mansão na Urca, bairro nobre do RJ, com seus tios e seu primo. Sua mãe morreu durante o parto, por isso sua deficiência visual e seu pai morreu 5 anos depois em um acidente.

Valter era primo de Sílvia e, por também ser negro, achavam que ele era motorista de Sílvia. Ele morava com Sílvia e seus pais numa casa atrás da mansão na rua sem saída da Urca.

3-

Em uma parte do livro, um homem, na garupa de uma moto, grita para Oto, o chamando de negão. Oto fica perturbado com isso e “engole á seco”. Hoje em dia as pessoas têm agido de forma muito preconceituosa em relação aos negros. No próprio livro, Oto chega a ser racista com ele mesmo a ponto de não revelar sua “verdadeira identidade” para Sílvia, que fica com raiva dele quando descobre tal fato ocorrido. Muitas pessoas em nossa sociedade agem dessa forma, mas nem percebem o que fazem. Em outra parte do livro diz “em um país de população mestiça como o Brasil, não é fácil abordar de frente a questão de preconceito de cor, que coloca em jogo, ao mesmo tempo, a estrutura da sociedade e o comportamento pessoal, as relações entre o âmbito público e o privado, entre ética e política. Isto se complica ainda mais nas formas cordiais do racismo, em que o preconceito se manifesta de modo disfarçado, inibido, por meio de um divórcio entre consciência e gesto, entre o que se diz o que se sente”. Oto, como voluntário da ONG, ajuda Sílvia, que é deficiente visual. Oto deixa de lado as diferenças entre eles, esquecendo-se do mundo “lá fora”. Um mundo preconceituoso, um mundo onde as pessoas julgam pela cor, julgam sem conhecer, sem saber o que a pessoa passou. Julgam por fora sem saber o que tem por dentro, e julgam também pela pior forma, sem olhar pra si mesmo. São pessoas sem caráter, que não sabem olhar “para o próprio nariz” e saem julgando á todos. Julgam mas não olham os defeitos que tem. Muitas vezes julgam uma pessoa, mas faz o mesmo. Pessoas assim não se devem ao respeito. Mas essa é a sociedade de hoje, essa é a realidade de muitas das pessoas desse mundo. Várias pessoas criam projetos e coisas do tipo para tentar acabar com isso, mas de um jeito ou outro, tanto o preconceito quanto o racismo predominam na sociedade. Oto se sente muito mal fingindo ser quem não é, mas ele tinha gostado tanto de Sílvia que teve de realizar tal fato para se aproximar de Sílvia, mas no final tudo ocorreu bem, cada um aceitando as diferenças do outro, contrariando a sociedade, não se importando com isso, fazendo com que eles ficassem juntos.  

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