MUSICA COMO RECURSO FACILITADOR DA APRENSIZAGEM
Por: francyeds • 7/6/2017 • Relatório de pesquisa • 4.603 Palavras (19 Páginas) • 335 Visualizações
A MUSICA COMO RECURSO FACILITADOR DA APRENSIZAGEM
CRUZ, Francielle Araujo da
RESUMO
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é ou não “brincar” e que requer o domínio da linguagem simbólica. Toda brincadeira é uma imitação transformada da realidade. Por meio da atividade lúdica a criança assimila ou interpreta a realidade de si própria, atribuindo um valor educacional muito grande. Desta forma, os educadores da Educação Infantil 2ª etapa devem buscar o bem-estar dos alunos durante o processo de Ensino Aprendizagem, resgatando assim, o lúdico como instrumento de construção do conhecimento. Vale ressaltar que é muito importante saber enfrentar a nova realidade das famílias e o avanço tecnológico na hora que escolher os brinquedos e as brincadeiras para as crianças da Educação Infantil 2ª etapa. É importante que os pais e os educadores trabalhem em conjunto para garantir o desenvolvimento motor e cognitivo para alunos da fase pré-escolar e promover seu desenvolvimento pleno, assim como, sua inserção social.
Palavras-chave: Educação Infantil. Brincadeira. Lúdico
1 INTRODUÇÃO
Nesta obra será abordado o tema brincadeira e jogos na 2ª fase da Educação Infantil, com o a intenção de abordar como os professores dessa modalidade de Ensino conceitua e aplica os jogos e as brincadeiras durante seu processo de ensino aprendizagem.
Será abordada, também, a importância de brincar durante essa fase de formação das crianças (de 4 a 5 anos), tanto no ambiente escolar, como fora dele, dando ênfase à contribuição para o desenvolvimento motor e cognitivo das brincadeiras na Educação Infantil em sua 2ª fase.
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é ou não ‘brincar’. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. Nesse sentido, para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhe novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada. (BRASIL, 1998, p. 27)
Existem vários tipos de jogos, que embora recebam a mesma denominação, têm suas especificidades, suas características, regras, brincadeiras, imaginação, satisfação, prazer etc.
Uma mesma conduta pode ser jogo ou não jogo em diferentes culturas, dependendo do significado a ela atribuído. Por tais razões fica difícil elaborar uma definição de jogo que englobe a multiplicidade de suas manifestações concretas. Todos os jogos possuem peculiaridades que os aproximam ou distanciam. (KISHIMOTO, 1996, p. 15).
Dessa forma o jogo pode ser visto como: o resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social; um sistema de regras e um objeto. Assim enquanto fato social, o jogo assume a imagem, o sentido que cada sociedade lhe atribui. É este o aspecto que pode nos mostrar que dependendo do lugar e da época os jogos assumem significações distintas. Segundo Kishimoto (1996, p. 17) “Enfim, cada contexto social constrói uma imagem de jogo conforme seus valores e modo de vida, que se expressa por meio da linguagem”.
De acordo com a pesquisadora Brenelli (1996, p. 19):
Para Piaget, por meio da atividade lúdica, a criança assimila ou interpreta a realidade a si própria, atribuindo, então, ao jogo um valor educacional muito grande. Neste sentido, propõe-se que a escola possibilite um instrumental à criança para que, por meio de jogos, ela assimile as realidades intelectuais, a fim deque estas mesmas realidades não permaneçam exteriores à sua inteligência. (BRENELLI, 1996, p. 19).
De acordo com Borba (2006, p. 33), no artigo ‘O brincar como um modo de ser e estar no mundo’: “Os estudos da psicologia baseada em uma visão histórica e social dos processos de desenvolvimento infantil apontam que o brincar é um importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e aprendizagem”.
Desta forma os educadores da educação infantil devem buscar o bem-estar dos pequenos durante o processo de ensino e aprendizagem, resgatando assim o lúdico como instrumento de construção do conhecimento, afinal, nossas formações possibilitam as mediações necessárias para que todos possam rumar a esta perspectiva de trabalho.
Este trabalho pretende demonstrar como a ludicidade na Educação Infantil pode contribuir no processo de ensino e aprendizagem e discutir sobre a importância do brincar no processo do desenvolvimento da criança, visando à construção do conhecimento através de brincadeiras, jogos e brinquedos, justificando a necessidade do uso de jogos e brincadeiras na fase pré-escolar, uma vez que eles contribuem muito para a aprendizagem para a formação social, afetiva, moral, intelectual e cognitiva das crianças e expondo a necessidade do professor em aplicar dinâmicas e estratégias que envolvam jogos e brincadeiras (com objetivos propostos) visando fazer com que as crianças se apropriem e desenvolvam as habilidades de aprendizagens significativas contribuindo para a formação social, afetiva, moral, intelectual e cognitiva, sem jamais esquecer que a criança se expressa pelo ato lúdico e é através desse ato que a infância carrega consigo as brincadeiras.
2 A INFLUENCIA DA MUSICA NO APRENDIZADO INFANTIL COM CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS.
A música tem a capacidade de tranqüilizar as crianças quando ainda estão no ventre de suas mães.
Martenot (1970), defende que a musica precisa estar presente em todas as etapas do desenvolvimento da criança, desde o nascimento.
Por meio da música a criança aprende a linguagem das sensações e dos sentidos, que estão presentes em diversas situações; como na hora do café da manhã, do lanche, do soninho, das comemorações e no momento crucial de alfabetização.
Através da música a criança entra em contato com o mundo das letras e ao mesmo tempo não se distanciando do universo da diversão e entretenimento.
Seus conhecimentos se tornam mais amplos quando a música é inserida neste contexto, estimulando a criatividade, a percepção, a coordenação e o convívio social, e este contato faz com que elas conheçam o mundo a sua volta de forma agradável, facilitando o processo de ensino-aprendizagem.
Portanto a música é uma importante ferramenta que se for utilizada de maneira adequada pelo professor, trará grandes benefícios para o desenvolvimento infantil.
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