Memorial acadêmico
Por: shybarrozo • 6/5/2016 • Trabalho acadêmico • 2.519 Palavras (11 Páginas) • 1.184 Visualizações
Memorial Acadêmico
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Fundação Cecierj / Consórcio Cederj
Curso – Pedagogia
Memorial
Acadêmica – Shirley dos Santos Barrozo
Rio de Janeiro, 08 de setembro de 2014
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Fundação Cecierj / Consórcio Cederj
Curso – Pedagogia
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / CEDERJ / UAB
Centro de Educação e Humanidades
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Curso de Licenciatura em Pedagogia, modalidade à distância.
Coordenador: profº Dirceu Castilho.
Tutoras presenciais: Geanny Leal, Isabella Araújo e Ludimila Fernandes.
Tutora à distância: Daniele Kazan e Andrea Queila Gomury
Aluno (a): Shirley dos Santos Barrozo Pólo: Itaguaí Data: 08/09 /2014
Email do aluno (a): shirley33.barrozo@gmail.com
Uma história de confiança refletida na vida
(BARROZO, Shirley dos Santos)
Me chamo Shirley dos Santos Barrozo, tenho 34 anos e vou contar um pouco da minha trajetória escolar. Atualmente sou estudante do curso de Pedagogia, em uma Universidade Pública, através do Consórcio Cederj na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, cursando o 4° período.
Este memorial é fruto de estudo do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, modalidade EAD/ Fundação Cecierj/ consórcio Cederj - UERJ. A partir da construção deste memorial, pretendo evidenciar minha vida escolar, desde o tempo das séries iniciais, com o objetivo de promover uma reflexão sobre rotina acadêmica.
Minha vida escolar inicia em uma pequena escola de educação infantil. Como se fosse hoje, me lembro das chegadas matinais à escola, aguardando o momento em que o portão abrisse do outro lado da rua, na calçada dos vizinhos. Minha querida mãe, sempre presente em minha vida escolar, mesmo que com pouca instrução acadêmica, porém com uma bagagem de vida, capaz de mobilizar multidões. Era o retrato de uma mulher daquela época, do lar, doce e suave, mas capaz de compreender que para o desenvolvimento pessoal, social e educacional de seus filhos, havia a necessidade da interação com o contexto o qual era inserida. Participava de tudo que acontecia na vida escolar e social de seus filhos e eu posso afirmar que aproveitei bem esse carinho e retribuí da melhor maneira possível. Já afirmava Vygotsky “... que o indivíduo interage com o meio em que vive, e que o conhecimento não se dá apenas a partir da ação do sujeito sobre a realidade, mais sim que ele se constitua por meio de sua interação com o meio”.
Esse tempo gostoso passou, e a Tia Madalena, a “Tia Nena” minha querida professora ficaria apenas na memória, uma recordação muito boa que após anos, ao lembrar meu coração transborda de felicidade. Ainda me recordo também, do carinho que recebíamos de toda aquela família envolvida no contexto escolar, Tia Nena e seu esposo cuidavam de nós com muito amor e retribuíamos carinhosamente chamando aquele senhor que mal sabíamos seu nome, de “Tio Neno”, que delícia de tempo bom.
Inicia-se uma nova etapa, um novo processo, a chegada do ensino fundamental ou melhor, a saída do jardim de infância para o primário. Uma nova escola, essa por sua vez enorme, em relação à anterior. O primeiro dia não foi fácil. Muitas crianças, muitas pessoas, um pátio enorme, onde mais tarde aprenderia a cantar todos os hinos. Chorava demais, não queria ficar de maneira alguma naquela escola, me agarrava no portão que ninguém conseguia me tirar daquela posição. A não ser Dona Marlene, a dona e a diretora do Colégio. Todos morriam de medo daquela pessoa de voz aguda e apavorante. Mas na minha inocência, não imaginava que o mais difícil estava por vir. Dona Marlene, substituiu minha antiga professora do próximo ano, não sei por que motivo, mais ela em um determinado momento, foi minha professora do terceiro ano. Deixando esta etapa um pouco mais para frente, continuando na segunda série. Percebeu? Isso mesmo segunda série. O motivo não me recorda, porém não realizei a primeira série. Sei que fiz uma prova no início do ano e alcancei com êxito uma nota boa acredito que nota máxima, me tornando assim aluna da segunda série.
A primeira série ficou para trás, e nem por isso minha evolução escolar se deu por menor. Um dos motivos para este acontecimento foi o grande empenho que Tia Madalena, tinha com seus alunos. Fiz o C.A (a classe de alfabetização) e ao ingressar na Escola Santa Bárbara, assumi a segunda série. E outra lembrança que tenho, é que por ter pouca idade não pude ingressar na rede do município, inclusive minha mãe já havia comprado todo o uniforme, este foi o fato de estar naquela escola, por onde fiquei até terminar o ginásio. Tenho muitas recordações daquela escola, que ao relatar aqui cada detalhe daquele momento, o torna único e permite que esta fase se perpetue nunca caindo em esquecimento. Isto pode ser considerado um grande motivo para que seja feito um memorial.
“Um memorial de formação é acima de tudo uma forma de narrar nossa história por escrito para preservá-la do esquecimento. É o lugar de contar uma história nunca contada até então – a da experiência vivida por cada um de nós.” (PRADO, Guilherme, 2005, p. 7).
Após passar por aqueles dias turbulentos e encontrar uma professora nenhum pouco interessada no motivo pelo qual me acabava em lágrimas todos os dias, mudei de turno e encontrei o céu e lá estava um anjo chamado Salete. Lembro-me de suas mãozinhas fofinhas, seu cabelo curto, sua voz grossa, mas doce. Nossa! Como aquela senhora me cativou, me motivou e me faz emocionar, toda vez que me lembro de suas aulas, meus olhos ficam marejados . Tia Salete, lenda viva.
Lá estudei a maior parte de minha vida e aprendi a me apaixonar pelos estudos, e posso afirmar que ali, mesmo que indiretamente e guardado no inconsciente minha vocação pela área da educação crescia evidentemente.
Os anos passaram e após a antiga quarta série, inicia uma nova fase. Fase complicada em minha vida, pois na quinta série começou a divisão de professores por matérias tornando tudo mais difícil. Apesar e muitos contratempos, esse ano foi concluído com sucesso, em contrapartida veio a sexta série que pela primeira vez fiquei em recuperação e por pouco não acabou com meu interesse educacional. Para minha infelicidade, todos os meus amigos de férias e eu na escola, por que na instituição que estudava era necessário assistir aula em contra turno, para então fazer a recuperação e finalizar com a prova. Caso não fosse aprovada, faria a fatídica dependência. Esse não foi o meu caso, para minha alegria, fiz a recuperação, assistindo todas as aulas, realizando a prova e felizmente alcançando com êxito a aprovação.
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