TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O AUTISMO E INCLUSÃO: PRÁTICAS E PERCEPÇÕES PEDAGÓGICAS

Por:   •  25/6/2021  •  Artigo  •  2.627 Palavras (11 Páginas)  •  110 Visualizações

Página 1 de 11

AUTISMO E INCLUSÃO: PRÁTICAS E  PERCEPÇÕES PEDAGÓGICAS

AUTISM AND INCLUSION: PEDAGOGICAL PRACTICES AND PERCEPTIONS

                                                                 Josieli Gonçalves dos Santos

RESUMO

O assunto Autismo, ainda é pouco conhecido porém vem sendo muito discutido tanto pelos profissionais de educação quanto pelos demais profissionais responsáveis por lidar com tal transtorno, visto que atualmente a demanda de alunos com autismo é grande no ensino regular. Sendo assim este artigo visa analisar as dificuldades que os professores do Atendimento Educacional Especializado de Quaraí/RS encontram para realizar a educação, auxiliar e promover o avanço das necessidades do aluno diagnosticado com tal transtorno. Portanto, foi realizado uma breve entrevista com dois professores do Atendimento Educacional Especializado, que atuam em sala de recurso na Rede Municipal e Estadual de Ensino e que atendem aluno com autismo. Através da aplicação de questionário procuramos analisar as dificuldades da prática pedagógica com estes alunos, bem como o ambiente e materiais disponibilizados ao professor regente, para que tais objetivos sejam alcançados pelos alunos. Percebeu-se que os professores encontram dificuldades em lidar com as características do transtorno e que precisam estar fundamentados em uma linha de pensamento (currículo pedagógico), que oriente sua prática pedagógica para realizar o ensino estruturado de modo a oferecer ao aluno a possibilidade de desenvolvimento. Para suprir essa condição, faz-se, necessário, orientar o professor dentro de uma perspectiva psicoeducacional adequada aos aspectos do transtorno.

       

Palavras-chaves: Autismo. Atendimento Educacional Especializado. Transtorno. Prática Pedagógica

ABSTRACT

The subject of Autism is still little known, but it has been much discussed by both education professionals and other professionals responsible for dealing with such a disorder, since currently the demand for students with autism is high in regular education. Thus, this article aims to analyze the difficulties that the teachers of the Specialized Educational Service of Quaraí / RS encounter to carry out education, assist and promote the advancement of the needs of the student diagnosed with such disorder. Therefore, a brief interview was conducted with two teachers from the Specialized Educational Service, who work in a resource room at the Municipal and State Education Network and who attend students with autism. Through the application of a questionnaire we seek to analyze the difficulties of pedagogical practice with these students, as well as the environment and materials made available to the conducting teacher, so that such objectives are achieved by the students. It was noticed that teachers find it difficult to deal with the characteristics of the disorder and that they need to be based on a line of thought (pedagogical curriculum), which guides their pedagogical practice to carry out structured teaching in order to offer the student the possibility of development . To meet this condition, it is necessary to guide the teacher within a psychoeducational perspective appropriate to the aspects of the disorder.

Palavras-chave em língua estrangeira: Autism. Specialized Educational Service. Disorder. Pedagogical Practice

1 INTRODUÇÃO

A sociedade vem repensando a escola em seu novo paradigma, onde a homogeneidade vem dando lugar para a necessidade da heterogeneidade. Em que o grande desafio vem sendo proporcionar uma educação para todos, com igualdade e qualidade, garantindo práticas pedagógicas organizadas e adaptadas, e na cidade de Quaraí não é diferente, existe a necessidade da modernização, de moldar novas práticas e desenvolver novos métodos.

A escolarização é um direito social fundamental a ser garantido para todos, no entanto não basta ter escolas inclusivas; é indispensável que suas práticas mostrem isto, pois fortalecer escolas através de um projeto político pedagógico ligado aos sonhos, aos desafios, às causas, à história e à educar alunos com transtornos salientando suas potencialidades é um ideal a ser concretizado.

Pouco se fala sobre transtornos, principalmente em se tratando do Autismo. Tendo em vista a crescente inserção de alunos com tais dificuldades sentiu-se a necessidade de abordar e pesquisar mais sobre o tema.

Uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem características diversas e que, em muitas vezes, podem comprometer suas relações sociais, psicológicas , cognitivas  e emocionais prejudicando seu desenvolvimento de linguagem, de socialização e inclusão na sociedade em que vive, e por consequência o seu processo de ensino-aprendizagem.

Diante desta realidade, é fundamental conhecer as especificidades do transtorno para melhor intervir e direcionar o processo educacional e assim podermos citar métodos educacionais voltado aos alunos com autismo. Para o desenvolvimento deste artigo optou-se por uma metodologia de pesquisa com uma abordagem qualitativa e por meio de leituras e análise das mesmas, buscando esclarecer e analisar diversas informações sobre o transtorno autismo em sua conjuntura histórica e atual.

 

CÁPITULO I

PERSPECTIVA HISTÓRICA E DESCOBERTAS SOBRE O AUTISMO

O termo autismo foi criado em 1908 pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler para descrever a fuga da realidade para um mundo interior observado em pacientes esquizofrênicos.

Já na década de 40 o autismo foi identificado pelos médicos Leo Kanner e Hans Asperger.  A partir dos estudos destes autores, outras pesquisas se seguiram em busca de conhecimento sobre esta síndrome.

 Alguns autores apontam que traumas emocionais durante os primeiros meses de vida é o principal causador desse distúrbio. Hoje, os especialistas consideram que a contribuição dos fatores genéticos esteja em torno de 90%, sobrando para o ambiente apenas 10% da responsabilidade. Há algum tempo foram descritas anormalidades nos cromossomos responsáveis por 10% a 20% dos casos. Os demais seriam causados por alterações em múltiplos genes, surgidas quando os cromossomos se separam durante o processo de divisão celular.

Assim sendo, hoje os autistas são reconhecidos por diversas características, dentre elas destacam-se o isolamento, exclusão do que vem do mundo externo , insistência obsessiva na repetição, com movimentos e barulhos repetitivos e  adotam elaborados rituais e rotinas.

Segundo Armônia (2015), os quadros que compõem o TEA são adversos, com manifestações variadas e bem complexas, caracterizadas por irregularidades no desenvolvimento infantil. Envolve atrasos, comprometimentos interacionais, na linguagem, dotado de sintomas emocionais, de distúrbios cognitivos, motores e sensoriais.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (18.2 Kb)   pdf (111.6 Kb)   docx (156.1 Kb)  
Continuar por mais 10 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com