O CARNAVAL E A LINGUAGENS DA RUA
Por: 991973 • 6/4/2022 • Seminário • 463 Palavras (2 Páginas) • 2.343 Visualizações
CARNAVAL E A LINGUAGENS DA RUA
O carnaval é uma das linguagens da rua, e deu origem na Grécia em meados dos anos 600 a
520 a.C. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses
pela Igreja Católica em 590 d.c. As festas carnavalescas surgiu a partir da implantação no séc.
XI da Semana Santa pela Igreja católica, antescedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma.
O carnaval acontece nas ruas, praças, becos, clubes fechados e até mesmo em atividades
escolares.
No Brasil, no final do século XIX, começaram a aparecer os primeiros blocos carnavalescos,
cordões e os famosos "corsos". E se tornaram mais populares no começo do século XX. As
pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros alegóricos e, em grupo, desfilavam pelas ruas
da cidade. A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi
criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva.
A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas
escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo, surgem tambem novas marchinhas, como:
Cabeleira do Zezé, Alá-Lá-ô, Ô balancê-balancê, e muitas outras. Antigamente o carnaval era só
uma festa cultural, depois passou a ser uma fonte de renda.
O historiador e escritor Luiz Antônio Simas, fala sobre a relação do carnaval com a rua, e
que o carnaval é a luta do corpo contra a morte, e comenta sobre sua obra, “O corpo
encantado das ruas é uma gira, amizades. Os nossos mortos dançam!”. Outro aspecto
fundamental da linguagem que Simas ressalta é o corpo. O autor com sua bela prosa nos
mostra como o corpo da festa, o corpo do carnaval, o corpo da linguagem da rua, se move a
partir de seus desejos, que são em última análise a armação da vida.
Sendo assim, pensar pedagogicamente em relação às linguagens da rua é pensar e
experimentar o que se faz por aí, o que se vive nas frestas das ocialidades, o que se canta e
dança Brasil a fora, por praças, becos, favelas e ruas. É apostar no que pode um corpo que
festeja, que separamenta para o encontro com outros corpos, que se deixa levar pelas batidas
de tambores e sopros harmônicos, que vai pela cidade como se denitivamente ela fosse sua. A
linguagem da rua é, portanto, uma linguagem que ensina que a rua, e o espaço público
pertence a todos, que se forja no ambiente do comum, no qual o diverso é sua
...