O CONTOS DE FADAS
Por: DRICKA22 • 7/6/2016 • Projeto de pesquisa • 4.205 Palavras (17 Páginas) • 429 Visualizações
1. A importância de trabalhar os contos de fadas
Nesse trabalho estamos falando de crianças de 2 a 3 anos, que estão na fase Pré-Operatório segundo Piaget, elas ainda são totalmente egocêntricas, não são capazes de pensar que existem um mundo real e outro que seja fantasioso, por isso se encantam ao ouvir uma historia onde tenham animais que falam, bonecos que tenham vida, plantas que se mexam e principalmente heróis.
É através dos contos que elas se iludem com a fantasia e começam a imitar os personagens, que são sempre muito valentes, cheios de amigos, que estão sempre se divertindo e sempre são os vitoriosos das situações
Os contos de fadas são importantes nessa idade porque são historias curtas, com poucos personagens e apresentam uma estrutura simples. São historias que fascinam desde a criança até um adulto, pois elas são universalizadas.
“Qual adulto não se lembra das historias “os três porquinhos”, branca de neve” e “Pinóquio”? São eternas historias que encantam todas as gerações mesmo com toda a modernidade e tecnologia que temos. Afinal toda a criança é lúdica e fantasiosa.
De forma geral os contos de fadas têm como objetivo transmitir a idéia de que tudo o que se deseja mesmo encontrando dificuldade se lutar bastante será possível.
Ao ouvir uma história, o imaginário da criança é acionado e, inconscientemente, as emoções provocadas pelos medos, frustrações, amores, desejos, sentimentos os mais variados, atingem diretamente a camada endodérmica. Daí porque, enquanto ouvem as histórias, emocionam-se com tal intensidade que têm “frios na barriga”, sustos, etc. (Revista O Quarto dos Filhos, Ano 4, n. 15, p. 7-9).
Trabalhar com os contos fadas é muito prazeroso tanto para os educadores quanto para as crianças, afinal é um tema que tem muita aceitação e que também desperta interesse, envolvimento e participação dos mesmos, segundo Jussara de Barros graduada em Pedagogia.
A pedagoga Jussara de Barros também diz que desenvolver um projeto com os contos faz com que as crianças consigam resolver seus conflitos dos dia a dia e também busquem soluções para os mesmos (site www.educador.brasilescola.com).
2. Apresentação da história para as crianças
Neste projeto não iremos trabalhar diretamente com o uso do livro e sim com um mural onde serão colocados painéis com os desenhos dos personagens confeccionados pelas educadoras, trabalhando assim com a história muda, que nada mais é do que a apresentação da história por etapas com o objetivo de fazer com que a própria criança seja capaz de recontar a história da sua maneira.
No primeiro dia do Projeto foi apresentada a figura do Gepeto, um simpático velhinho que construía brinquedos de madeira, mas que se sentia muito sozinho porque não tinha filhos. Cansado da solidão resolveu fazer um boneco bem parecido com um menino, mas como queria que ficasse perfeito esse trabalho iria levar alguns dias para ficar pronto.
Essa foi a primeira parte contada as crianças, eles ficaram totalmente encantados e muito curiosos pra saber como era esse boneco que ele estava construindo. Durante todos os dias da semana era reforçado o nome do personagem e o que ele estava fazendo. Sempre que chegam à sala ou saiam eles falavam “oi”, “tchau” e até mesmo perguntavam “cadê o boneco que você está fazendo?”.
Foi criado um grande suspense. Enquanto isso nós educadoras construímos um boneco de madeira de verdade além do desenho feito para ser colocado no painel.
Na semana seguinte com a ajuda de um funcionário da Instituição que já é um senhorzinho de cabelos brancos que as crianças adoram se caracterizou de marceneiro e fez uma pequena dramatização como se ele fosse o Gepeto e tivesse terminado o boneco. Ele veio para trazê-lo para as crianças conhecerem.
Foi a maior festa, as crianças se encantaram de saber que o boneco existia de verdade e que ele estava lá com elas. O Gepeto apresentou o boneco com o nome de Pinóquio e pediu que as crianças cuidassem dele por um tempo.
Depois dessa apresentação foi a vez de colocar no nosso painel a figura do painel e contar mais uma parte da história, onde o boneco que o Gepeto construiu com tanta atenção e cuidado era o Pinóquio, mas mesmo assim Gepeto ainda estava triste porque por mais perfeito que tivesse ficado sua obra prima, com todos os detalhes possíveis de olhos, boca, roupas, mãos e pés, ele ainda não passava de um boneco como os tantos outros brinquedos que ele já havia construído.
Sempre reforçávamos a idéia da história, algumas vezes sendo contada por nós educadoras e outras vezes em forma de questionamento para as crianças como, por exemplo; quem era aquele velhinho? O que ele estava fazendo? Como ele se chama? Qual o nome do boneco que ele construiu? Do que ele era feito? Entre outras, até que a história se formasse de maneira espontânea.
Em continuação da historia, fizemos um outro suspense. Em uma roda de conversa onde falávamos de brinquedos, sempre o Pinóquio junto apareceu em nossa sala uma Fada Azul (uma das Professoras da instituição fantasiada) que estava a procura de um lindo boneco de madeira que ela gostaria muito lhe dar a vida. Além de transformar um boneco de madeira em quase um menino de verdade, ela lhe faz um aviso, que só o transformará em um menino de verdade se ele prometer que não irá mentir, pois cada vez que isso acontecer seu nariz crescerá.
Para as crianças quanto mais real, mais eles ficam fascinados e assimilam rápido. Por isso sempre trabalhamos de forma lúdica, mas de modo que seja de fácil compreensão para a criança.
O próximo personagem é o Grilo falante. Para sua apresentação levamos as crianças para o jardim da Creche junto com a figura do Gepeto e da Fada Azul e também o nosso boneco Pinóquio. Começamos a recontar a historia e as crianças nós ajudavam, até chegar no momento em que a Fada Azul deixa como um melhor amigo de Pinóquio um Grilo Falante que será seu grande companheiro e não o deixará mentir (sua consciência).
Para as crianças elas se encantam ao ver que os bichos podem falar, usar roupas e serem amigos delas.
Mas até então apenas tínhamos descrito como ele era, não havíamos ainda mostrado a figura do personagem. Eles ficaram muito curiosos, pois ainda não conseguem fazer relações abstratas.
Somente no outro dia quando começamos a conversar com os alunos sobre o dia anterior, onde eles descreviam o Grilo de acordo com o que nós professoras tínhamos falado. Quando mostramos a figura foi uma alegria, afinal eles conheceram o seu novo amigo e puderam relacionar as características descritas com a figura.
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