O Campo Acadêmico da Educação Especial no Brasil
Por: 009.889.694-67 • 21/6/2023 • Resenha • 685 Palavras (3 Páginas) • 67 Visualizações
O trabalho da autora teve o objetivo de abordar o desenvolvimento do campo acadêmico da Educação Especial no Brasil, onde ela em três os momentos de institucionalização. Primeiro cita os elementos antecedentes à constituição do campo acadêmico. Esse momento específico inclui a análise de produções sobre a história da pessoa com deficiência, textos que circulavam em Revistas Nacionais de Educação, bibliografia pedagógica brasileira e produções sobre o histórico da formação de professores antes da constituição do campo acadêmico. Ainda sobre os antecedentes, destacamos os momentos de institucionalização da Educação Especial vindas de movimentos histórico-político onde houve nesse contexto a união de um grupo de profissionais que faziam parte de um movimento liberal na época, e que mesmo de forma tímida, contribuiu à atenção à Educação das pessoas cm deficiência. Nessa perspectiva notava-se que havia uma falta de ajustamento da pessoa com deficiência na sociedade, pautada por valores econômicos, políticos, culturais e religiosos. Outro elemento importante, podemos citar a formação para atuação na Educação Especial, que na época selecionavam alunos de instituições de Educação Especial, que posteriormente passavam a atuar como professores. Inclusive a autora faz uma crítica de que a formação de profissionais para trabalhar como docente na Educação Especial aconteceu de forma tardia e lenta no Brasil.
Tendo como segundo momento os elementos constituintes do campo acadêmico, onde o marco inicial, segundo a autora, é a institucionalização do âmbito universitário da Educação Especial em 1962. Podemos frisar a formação de professores para atuarem na Educação Especial através de cursos de extensão, cursos adicionais e de habilitação em EE nos cursos de Pedagogia, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, além das linhas de pesquisas em EE e Inclusão. Alá disso, outro ponto relevante nesse ponto foi a oferta de Programas de Mestrado (1986) e após reformulações, em 1999, passou a ofertar Doutorado. O surgimento desses cursos veio da demanda por profissionais que atuassem na formação de profissionais em Educação Especial. Com a criação desses cursos, consequentemente surge os grupos de pesquisa com termos Inclusão e Educação Inclusiva em suas linhas de pesquisa e que o aumento desses grupos deve-se ao surgimento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva em 2008. Não menos importante também são os periódicos especializados voltado ao tema Educação Especial, como a Revista de Educação Especial criado no ano de 1987 pelo UFSM, desde lá até hoje vem se demonstrando grande expansão.
A expansão do campo acadêmico vem como terceiro e último momento, que caracteriza-se pelo movimento de expansão mundial pró-inclusão que ganhou força no Brasil com a Declaração de Salamanca em 1994, onde sinaliza o aumento de bens acadêmicos relacionados a Educação Especial. No ano de 2000 houve aumento expressivo nos cursos de Pós-Graduação, em sua maioria de Mestrado Profissional, onde o objetivo é especialmente a formação de recursos humanos para atuação na rede pública e privada de ensino e instituições especializadas. Já os Programas de Mestrado e Doutorado tem como objetivo a formação de pesquisadores e professores universitários. Com essa formação de profissionais há um aumento bem
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