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O Contexto Histórico dos Surdos

Por:   •  14/7/2019  •  Tese  •  637 Palavras (3 Páginas)  •  288 Visualizações

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  1. Contexto histórico dos surdos

A surdez caracteriza-se pela ausência total ou parcial de sons decorrente de problemas auditivos.

Até o século xv os surdos eram mundialmente considerados ineducáveis. Para diversos povos antigos eles eram encarados como incompetentes. Essa crença fazia com que não tivessem direitos, restando a eles ficar a margem da sociedade, juntamente com os deficientes mentais e doentes, chegando muitas vezes até a ser condenados a morte. Mesmo com a permanência de algumas regras, posteriormente, encarregaram aos surdos tarefas pequenas como pequenos serviços e a função de bobo da corte.

Tempos depois, Santo Agostinho defendia que os pais de crianças surdas estavam pagando por um grave pecado que teriam cometido. Por muitos anos as deficiências físicas ficou associada ao lado religioso.

Em 700 d.C, John Beverley foi o primeiro a ensinar uma pessoa surda a falar (Em que há registros); mas foi o monge beneditino espanhol, Pedro Pance de León, o fundador da 1º escola para surdos. León desenvolveu um alfabeto manual que ajudava os surdos a soletrar as palavras.

De acordo com Rinald (1998 p.283) Alguns professores nos séculos seguintes dedicaram-se a educação dos surdos. Uns acreditavam que o ensino deveria priorizar a língua falada, enquanto outros utilizavam a língua de sinais já conhecida pelos alunos.

Durante o século XX, em resultado da evolução nos campos da tecnologia, a educação dos surdos passou a ser dominada pelo oralismo[1]. Sem a cura da surdez os insucessos do oralismo começaram a ser evidenciados. Contudo, em 1898, surge o primeiro aparelho auditivo e posteriormente em 1970, aparecem as primeiras tentativas de implantação coclear.

Em 1920, um movimento nazista conhecido como higiene racial . apoiado por EUA e Alemanha, visava esterilizar doentes mentais e criminosos, mas foi em 1933 que foi aprovada  uma lei para esterilizar as pessoas que possuíam doenças genéticas transmissíveis, incluindo a surdez.

E nesse cenário de segunda guerra mundial, os surdos foram perdendo direitos conquistados como: Acesso á escola, programas recreativos e etc.

Posteriormente, na Alemanha, passando da esterilização para a eutanásia, tornou-se comum a prática de abortos, aplicada a fetos supostamente portadores de deficiências ou qualquer tipo de doença, como no caso, a surdez.[2]

  1. A história dos surdos no Brasil

No Brasil a educação de surdos teve inicio a partir do segundo império. O educador francês Hernest Huet , surdo, a convite do imperador Dom Pedro II, difundiu uma língua nacional de sinais. Huet, fundou no Rio de Janeiro o Imperial Instituto de surdos e mudos, por meio da lei nº 839, de 36 de setembro de 1857. Instituto esse, que inicialmente foi destinado a tratar crianças surdas somente do sexo masculino.

Em 1957 a mudança na denominação do instituto já refletia o ideário de modernização da década de 50 no Brasil, ao qual por meio da lei nº 3.198, de 6 de julho, a instituição tornou-se Instituto Nacional da Educação dos Surdos ( INES) que inicialmente utilizava o oralismo.

Nos anos 50, uma série de inovações aconteceram em beneficio a surdez. Surgiram por exemplo as primeiras escolas normais e jardins de infância para crianças surdas.

Por volta de 1970, já havia tratamento para bebês surdos e posteriormente o INES criou o primeiro curso de especialização para professores na área da surdez.

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