O DEFICIENTE VISUAL INCLUSO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: MTUNIN • 14/4/2016 • Trabalho acadêmico • 10.052 Palavras (41 Páginas) • 615 Visualizações
FACULDADE PAULISTA SÃO JOSÉ
ANA CLAUDIA MOREIRA IKEDA
MARA CRISTINA TUNIN
O DEFICIENTE VISUAL INCLUSO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
SÃO PAULO-SP
2013
ANA CLAUDIA MOREIRA IKEDA
MARA CRISTINA TUNIN
O DEFICIENTE VISUAL INCLUSO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Trabalho de Conclusão de Curso de graduação apresentado a Faculdade Paulista São José, como parte dos requisitos para colação de grau no curso de licenciatura em Pedagogia.
Orientadora:
SÃO PAULO-SP
2013
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradecemos a Deus, que mesmo às vezes esquecendo dele, se faz presente em nossas vidas, ajudando, orientando e nos permitindo realizar nossas atividades com dedicação.
A toda família, em especial, a nossas mães, filhos e companheiros, que sem eles, seria muito difícil, continuar nossos estudos.
E não podemos deixar de salientar, o quanto acreditamos e amamos a Educação. Ela norteia nossos passos, a nossa vida, fazendo-nos ser melhor a cada dia.
De tudo ficaram três coisas: a certeza que eu estava sempre começando, a certeza que se deve sempre continuar e a certeza que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo, fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, da procura um encontro.
FERNANDO PESSOA
RESUMO
Nossa pesquisa se refere a inclusão da criança com necessidade educacional visual na educação infantil, considerando-a como um grupo de crianças que, na escola, necessita de respostas educativas ou formativas específicas, com emprego de ferramentas técnicas, equipamentos e adaptações que vão desde o espaço e o currículo até a formação e a preparação de professores. Essa resposta inclui, dentre outras, a detecção o mais cedo possível do transtorno, a avaliação do grau de desenvolvimento ou evolução de suas capacidades e necessidades especiais, envolvendo a família e a escola na conformação de uma adaptação do currículo em função dessas necessidades. Do mesmo modo, evidencia a necessidade de reconhecer seu estilo de aprendizagem, contemplando a ideia de habilitá-los à vida em sociedade através da convivência com crianças videntes, em um espaço escolar adaptado, acolhedor e eficiente na tarefa de integrá-las. Em conclusão, evidencia que a inclusão do deficiente visual na educação infantil é possível e necessária, embora dependa da consideração de diversos aspectos que, não sendo viabilizados, tornam ineficiente a ideia de uma inclusão com qualidade e equidade. Vale ressaltar também, que as deficiências sempre existiram em todas as culturas, etnias e níveis socioculturais, logo os valores dado por uma sociedade é que irão definir esta relação. Assim sendo, pretendemos identificar, analisar e contribuir com este estudo bibliográfico para que em um futuro próximo tenhamos uma melhor inclusão das crianças com deficiência visual na rede pública do município de Taubaté. Uma vez que o direito à educação é garantido a toda e qualquer pessoa pela nossa Carta Magna.
Palavras chaves: Inclusão. Portadores de Necessidades Educacionais Especiais. Atendimento Educacional Especializado. Adaptações Curriculares.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................07
- PROBLEMA.......................................................................................................................08
- OBJETIVO GERAL...........................................................................................................08
- OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................................................08
- METODOLOGIA...............................................................................................................09
2 CONCEITUANDO INCLUSÃO........................................................................................10
3. A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA PARA A INCLUSÃO............................................13
4. A CAPACIDADE DE APRENDER DO DEFICIENTE VISUAL ..............................19
5. O DEFICIENTE VISUAL INCLUSO NA EDUCAÇÃO INFANTIL .........................22
6. ADAPTAÇÕES PARA A REAL INCLUSÃO ..............................................................26
7.CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................35
REFERÊNCIAS......................................................................................................................37
1 INTRODUÇÃO
“Passar, sem refletir nem escolher, pelos caminhos que outros traçaram e sem perguntar se esses caminhos conduzem verdadeiramente aos objetivos de que se sente necessidade, é imitar a ovelha que segue a trilha por onde, desde sempre, enveredaram os rebanhos, sabe-se lá para que destinos. Abandonar a trilha sem outra razão que não seja fazer como os outros é perder deliberadamente o benefício das experiências dos homens que, antes de nós, trabalharam e viveram”. (FREINET, 1985, p. 34).
Se pensarmos que o mundo que o mundo de uma pessoa cega é um mundo no qual não existe visão e, consequentemente, não há luz nem cor a informação transmitida por outros sentidos adquire uma importância fundamental.
Quando se pensa que o vidente recebe quase todas as informações através do canal visual, que esse tipo de informação globalizada se realiza em uma velocidade considerável, se compreende que sua atenção se dirige seletivamente para a análise desses estímulos visuais, não dando tanta importância à informação que recebe de outras vias sensoriais. Contudo, no caso do deficiente visual, as sensações auditivas, olfativas, táteis e térmicas passam a ocupar um lugar preeminente em sua experiência sensorial; sua experiência sensorial do mundo é, portanto, qualitativamente diferente do vidente. Ao invés de ser um mundo de luzes e sombras, de cores e perspectivas, o mundo do deficiente visual é, sobretudo, um mundo de sons, odores, texturas, temperaturas, no qual a informação que recebe através da atividade de seu próprio corpo e através da informação verbal é essencial. Nesses domínios sensoriais, a quantidade e a qualidade de informação recebida é significativamente diferente. Ainda, há noções familiares que carecem totalmente de significado para os cegos, como a cor, a perspectiva (representação gráfica de linhas paralelas que se unem no infinito), cuja captação, para o domínio sensorial do tato, é complexa ou impossível. Igualmente, existem fenômenos naturais dificilmente acessíveis à experiência sensorial direta, como o voo dos pássaros, o movimento dos peixes, as paisagens, a percepção das outras pessoas, quando baseada na voz ou no contato fugaz, os próprios sonhos.
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