O DESAFIO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Por: JemimaQ • 18/9/2018 • Trabalho acadêmico • 1.382 Palavras (6 Páginas) • 318 Visualizações
O DESAFIO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS.
RESUMO: Sempre que as pessoas pensam em mudar de vida uma das primeiras coisas que vem à cabeça é voltar a estudar, em alguns casos isso pode significar a conclusão do ensino médio por meio da EJA Educação para Jovens e Adultos. Essa modalidade de ensino é um resgate da escolarização do brasileiro que durante um período da nossa história não foi garantido a obrigatoriedade do ensino básico gratuito a população. Hoje quando se fala em educação de jovens e adultos se trata de uma modalidade que tem duas funções. Que é reparação e emancipação. E tem como intuito garantir dignidade aos que por algum motivo não puderam ter acesso a escola na idade regular. O papel do educador na modalidade EJA é de mediador da aprendizagem, priorizando nesse processo as experiências de vida trazidas por cada aluno, auxiliando assim na transposição desse conhecimento de vida para um conhecimento letrado.
PALAVRAS CHAVES: EJA, educação, modalidade, educador.
Introdução
Regulamentada pela lei de diretrizes e bases da educação, essa modalidade conhecida como Educação de Jovens de Adultos/EJA, atende pessoas com mais de 15 anos que por algum motivo não conseguiram completar o ensino fundamental ou ensino médio na idade regulamentar. De acordo com o Censo Escolar de Educação Básica há quase quatro milhões de estudantes matriculados na educação de jovens e adultos. Maior número cerca de 1,6 milhão cursam os anos finais do ensino fundamental.
E por que esses alunos estão matriculados nessa modalidade de ensino? Por que eles não conseguiram concluir os estudos na idade regular? E por que o número de matriculas na EJA vem caindo? Nesse trabalho vamos mergulhar no universo da educação de Jovens e adultos para tentar compreender os principais desafios dessa modalidade de ensino.
A educação de jovens e adultos destina-se ao alunos que não tiveram o acesso a escola na idade própria do ensino fundamental ou ensino médio, e não puderam dar continuidade aos estudos, tiveram talvez o acesso a escola mas não tiveram a permanência forma excluídos do sistema educacional por algum motivo. Algum motivo que os levou a saírem da escola e não concluírem o seus estudos. Então essa modalidade vem para contribuir de forma significativa com desenvolvimento deste cidadão. Ele tem direito a concluir os seus estudos independente de sua idade.
A nossa legislação LDB 9394/96 em seus artigos 37 e 38 garantem essa modalidade de ensino porquê nos diz que: Art. 37. “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida.” Já no artigo 38 nos fala que “Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular.”
Tudo isso tem uma importância e um significativa para a população fundamental. O objetivo dessa modalidade é dar gratuidade o acesso e permanecia ao aluno garantido tudo isso que a legislação prevê, mas principalmente a continuidade e a conclusão dos seus estudos.
A origem da Educação Jovens e Adultos até os dias atuais
Quando o governo implantou no Brasil o ensino Educação Jovens e Adultos (EJA) foi com a intenção de diminuir o analfabetismo no pais. Jovens e adultos brasileiros batalham para ir além de suas condições pecarias de vida como emprego, moradia, saúde, alimentação, entre outros que se encontram na origem do analfabetismo.
Sempre em que se fala em jovens e adultos analfabetos quer dizer que são pessoas sem conhecimentos nenhum em relação a escrita. Foi a partir do final do século XIX que o ensino de educação para jovens e adultos foi inserido em alguns países desenvolvido com a Inglaterra. Já no Brasil foi fundada em 1945 pela UNESCO.
Conhecendo as condições de vidas do analfabeto, sejam elas as condições objetivas, como salario, o emprego, a moradia, sejam as condições subjetivas, como a história de cada grupo, suas lutas, organização, conhecimento, habilidades, enfim, sua cultura. Mas conhecendo-as na convivência com ele e não apenas “teoricamente”. Não pode ser um conhecimento apenas intelectual, formal. O sucesso de um programa de educação de jovens e adultos é facilitado quando o educador é do próprio meio. (GADOTTI; ROMÃO 2006, p.32)
Como se lê na citação acima, o autor cita que o sucesso no ensino de educação é simplificado quando o educador é do próprio meio, porque é preciso entender, compreender intensamente o sentido desse ensino e já tendo-se um contato direto fica mais fácil. Segundo GADOTTI E ROMÃO (2006, p. 67) “o primeiro compromisso político de um professor é com a mobilização e organização do conjunto de categorias, cujos objetivos não podem se limitaras reivindicações corporativa.” Isto deve estar planejado em seus programas pedagógicos para que se possa ter uma educação básica de qualidade. Este programa pedagógico deve levar em conta a necessidade especifica dos alunos, ou seja, se aplica em suas linguagens culturais.
Mais para não ficar só no contexto de conteúdos escolares e linguagens culturais o professor deve ampliar argumentos sobre a relação entre professor aluno, pois os alunos do ensino jovens e adultos geralmente são estudantes com condições culturais mais precária e por serem analfabetos precisam de uma certa confiança se sentir amigo do professor para que tenha um bom desempenho.
No mínimo, esses educadores precisam respeitar as condições culturais do jovem e do adulto analfabeto. Eles precisam fazer o diagnóstico histórico-econômico do grupo ou comunidade onde irão trabalhar e estabelecer um canal de comunicação entre saber técnico (erudito) e o saber popular. (GADOTTI; ROMÃO, 2006, p.32)
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