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Desafio Profissional: Educação de Jovens e Adultos no Brasil (EJA)

Por:   •  2/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.021 Palavras (13 Páginas)  •  2.517 Visualizações

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Universidade Anhanguera – Uniderp

Campus Marte

Licenciatura em Letras

Direitos Humanos

Teoria Literária

Teorias do Letramento

Fernanda Boaventura Brusin – RA: 910.222.8900

3º Semestre

Desafio Profissional

Educação de Jovens e Adultos no Brasil (EJA)

Tutora EAD: Laís Helena Nantes Barbosa

São Paulo, 25 de Maio de 2015

INTRODUÇÃO

        

        A educação de jovens e adultos é uma modalidade de ensino, amparada por lei e voltada para pessoas que não tiveram acesso, por algum motivo, ao ensino regular na idade apropriada. Porém são pessoas que têm cultura própria.

Este Desafio Profissional abordará o histórico da EJA (Educação de Jovens e Adultos) aplicados atualmente, promoverá uma reflexão crítica sobre a atuação dos docentes bem como o impacto positivo gerado na vida de alunos que concluíram os estudos nesta modalidade de ensino.

Recursos tecnológicos, justificativas, estratégias de uso, objetivos e todas as formas de aplicação de aprendizagens voltadas aos Jovens e Adultos que não tiveram oportunidade de escolarização na idade própria. Além disso, serão mostradas as razões pela qual este projeto contribuirá para a formação de Jovens e Adultos atendidos por esta modalidade de Ensino.

Sabe-se que o papel docente é de fundamental importância no processo de reingresso do aluno às turmas de EJA. Por isso, o professor da EJA deve, também, ser um professor especial, capaz de identificar o potencial de cada aluno. O perfil do professor da EJA é muito importante para o sucesso da aprendizagem do aluno adulto que vê seu professor como um modelo a seguir.

É preciso que a sociedade compreenda que alunos de EJA vivenciam problemas como preconceito, vergonha, discriminação, críticas dentre tantos outros. E que tais questões são vivenciadas tanto no cotidiano familiar como na vida em comunidade.


        A Campanha Nacional de Educação Rural (CNER) foi criada em 1952, inicialmente ligada a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos - CEAA. A CNER caracterizou-se, no período de 1952 a 1956, como uma das instituições promotoras do processo de desenvolvimento de comunidades no meio rural brasileiro. Em 1958, foi realizado o segundo Congresso Nacional de Educação de Adultos.

A década de 70, ainda sob a ditadura militar, marca o início das ações do Movimento Brasileiro de Alfabetização o MOBRAL, que era um projeto para se acabar com o analfabetismo em apenas dez anos.

Após esse período, quando já deveria ter sido cumprida essa meta, o Censo divulgado pelo IBGE registrou 25,5% de pessoas analfabetas na população de 15 anos ou mais.

O ensino supletivo, implantado em 1971, foi um marco importante na história da educação de jovens e adultos do Brasil. Foram criados os Centros de Estudos Supletivos em todo o País.  Em 1985, o MOBRAL foi extinto.

A nova Constituição de 1988 trouxe importantes avanços para a EJA: o ensino fundamental, obrigatório e gratuito, passou a ser garantia constitucional também para os que a ele não tiveram acesso na idade apropriada.

Em março de 1990, com o início do governo Collor, a Fundação EDUCAR foi extinta, a União foi se afastando das atividades da EJA e transferindo a responsabilidade para os Estados e Municípios.

O MEC anunciou, em 2013, que a alfabetização de jovens e adultos seria prioridade. Para cumprir essa meta foi lançado o Programa Brasil Alfabetizado.

É necessário que o alfabetizador, antes de iniciar as atividades de ensino, conheça o grupo com o qual irá trabalhar. Esse conhecimento prévio pode ser pelo cadastro dos alunos e pelo diagnóstico inicial que deve servir de base para o planejamento das atividades. A intenção é tornar o processo de alfabetização participativo e democrático. A formação de alfabetizadores compreende a formação inicial e a formação continuada.

Nesse nível de ensino, correspondente às quatro primeiras séries do ensino fundamental, as aprendizagens essenciais referem-se principalmente aos procedimentos, ao saber fazer. Dentre eles, destacam-se os que são instrumentos para a realização de novas aprendizagens, aqueles que promovem a autonomia dos jovens e adultos na busca do conhecimento: as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita, as operações numéricas básicas, a interpretação de sistemas de referência espaço-temporal usuais. Poderíamos dizer que o principal objetivo desse nível de ensino é que o educando aprenda a aprender.


Entrevista: Aluna Alfabetização

  1. Qual seu nome? Qual série está cursando?

Cleonor Silva Soares – Alfa 1.

  1. Qual sua idade?

61 Anos.

  1. Qual nome da Escola que você estuda?

Colégio Teresa Francisca Martin.

  1. Porque precisou parar de estudar?

Não tinha condição de estudar, às vezes, quando era pequena e ia para a escola chegava a passar mal devido a fome. Trabalhava na roça para ajudar os pais. Além da distância da escola, tinha que acordar muito cedo e ir a pé, caminhava muito para chegar.

  1. Estudou até que série no tempo “certo”?

Estudou até a terceira série do Fundamental I.

  1. Sentiu-se discriminada em algum momento da vida por não ter os estudos?

Nunca deixou que percebessem que ela não sabia estudar. Sempre dissimulava, dava desculpas que estava sem óculos, ou que não conseguia entender aquela letra. Por esse motivo, acredita ela que nunca foi discriminada. Mas se sentiria muito envergonhada se alguém percebesse que não sabia ler e escrever.

  1. O que a fez retomar os Estudos?

Foi incentivada por uma amiga, que estuda na mesma escola.

  1. Você acha adequado o material usado na sala de aula?

Sim, acha que o material utilizado está de acordo e é muito bom. A professora utiliza linguagem apropriada.

  1. O que acha da professora?

Acha que evoluiu muito com a ajuda da professora.

  1.  Quais são as dificuldades para se manter em sala de aula?

Não há dificuldade em se manter na sala de aula, gosta muito de aprender.


Entrevista: Aluno Alfabetização

  1. Qual seu nome? Qual série está cursando?

Hátila Turbiani da Silva – Alfa 1.

  1. Qual sua idade?

37 Anos.

  1. Qual nome da Escola que você estuda?

Colégio Teresa Francisca Martin.

  1. Porque precisou parar de estudar?

A mãe faleceu quando ele tinha 11 anos, ele teve que ajudar no sustento da casa, pois, seu pai abandonou ele e o irmão menor.

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