O Desafio Da Inclusão No Ambiente Escolar

FAVENI

FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA E NEUROPSICOPEDAGOGIA

MIRELE LEHMKUHL VENTURA

O DESAFIO DA INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR

PALHOÇA/SC

2021

O DESAFIO DA INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR

            Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais.

RESUMO- Buscou-se com esta pesquisa analisar a importância do processo inclusivo no contexto educativo. Tem-se como objetivo principal descrever os principais desafios da educação inclusiva na infância. Para atingir o objetivo proposto, usou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, descritiva e pura. Justifica-se a pesquisa deste tema pelo fato de que na atualidade vem se discutindo e pesquisando a importância da inclusão na educação e, em especial, na infância, bem como se passou a considerar o tema relevante para a formação dos professores. Quanto à questão especifica que trata das características e da importância do ato inclusivo na práxis pedagógicas com as mais variadas formas de deficiência, justifica-se ao fato de acreditar que todo ser humano tem características únicas, potencialidade e limites que precisam ser desenvolvidos, independente de sua condição biológica. Por fim, obteve-se como resultados que o educador precisa acreditar que todo ser humano pode superar seus limites e que a inclusão é o mecanismo mais eficiente para a promoção do desenvolvimento e da aprendizagem das pessoas com e sem deficiência.

PALAVRAS-CHAVE: Inclusão. Desafios. Ambiente escolar.

---

INTRODUÇÃO

Caracteriza-se como inclusão escolar o recebimento e acolhimento, na rede regular de ensino, de todos aqueles que, de alguma maneira, apresentam características que precisam ser levadas em consideração para serem incluídas, com o apoio e auxílio e todos. Não se deve confundir com escolarização especial, que atende aqueles com algum tipo de deficiência em uma sala de aula ou escola separada composta apenas por crianças com necessidades especiais.

Justifica-se a escolha do tema, uma vez que se sabe que a inclusão significa educar todos os alunos em salas de aulas comuns, isto significa que todos, sem exceção, recebem educação e frequentam as mesmas aulas. É por meio do contato com outros alunos que poderá ser alcançado níveis do desenvolvimento mais amplo da aprendizagem pela possibilidade de interação com os saberes que estão contidos nas relações sociais.

Diante dos fatos apresentados acima, questiona-se: quais os principais desafios da educação inclusiva na infância? Embora no Brasil, a educação inclusiva seja vista como parte da educação especial, ela é, na verdade, mais ampla do que isso. Quando se menciona a inclusão, pensa-se sempre em toda a sociedade. Toda e qualquer escola que almeja trabalhar a inclusão precisa estar preparada para isso, com ambientes adaptados, profissionais capacitados e uma estrutura que vai muito além de recursos materiais, uma vez que as especificadas que acompanham aqueles que têm alguma deficiência ou necessidade inclusiva diferem uns dos outros, exigindo de todos os setores da escola um grande envolvimento e dedicação, promovendo, dessa forma, um ambiente igualitário.

Contudo, o que se vê é uma inserção forçada da criança com deficiência nas classes de ensino regular, na qual existem o professor de Educação Especial sendo o pivô entre a criança com deficiência, a aprendizagem, o professor titular e as outras crianças. Muitas vezes elas são colocadas em um espaço de segregação educacional e sofrem o isolamento no que lhe tange a sua atuação com seus pares. Esse e outros fatos demonstram o quão resistente é a ideia de mudança promovida nas instituições escolares, conduzindo a escola a fins de tão somente inserir o aluno com deficiência, já que ele frequenta as aulas, mas não interage com seus colegas e nem se socializa, pois lhe é negada a oportunidade de ser parte do grupo não sendo lhe oportunizado caminhos para a inclusão. Com isso, perpetua-se a segregação também na sociedade, pois nenhum dos indivíduos envolvidos no processo educativo na escola aprendeu a considerar os alunos com deficiência como sujeitos ativos de seus direitos e capazes de aturem socialmente. A Educação Especial na Educação Básica deveria ser uma via de mão dupla, onde tanto o aluno com alguma necessidade educativa especial amplia suas possibilidades de aprendizagem, como os demais alunos e profissionais aprendem a lidar com a questão do respeito às diferenças. Com isso, se constitui um ambiente onde se compartilham saberes e práticas inclusivas.

Desta forma, a temática deste estudo foi motivada por visões e inquietudes provenientes da experiência da autora desse trabalho como professora na Educação Especial da Rede de Ensino Fundamental de Santa Catarina. Com os estudos e vivências na área é possível perceber que para se abordar um tema alusivo à inclusão na educação necessita-se em primeiro lugar, buscar tratá-lo livre de entraves que impeçam que o sentimento de igualdade flua naturalmente. Geralmente, as maiores barreiras referente a este assunto, mesmo que negadas, é ainda o preconceito e a discriminação, seja declarada ou não, promotora de práticas de exclusão na educação.

  Tem-se como principal objetivo desse artigo descrever os principais desafios da educação inclusiva da criança no ambiente educacional. A elaboração desse trabalho foi baseada principalmente em pesquisa bibliográficas.

1   DESENVOLVIMENTO

     1.1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

               Acredita-se que o conceito formal de educação inclusiva vai além da permanência de crianças na escola com alguma deficiência no contexto educativo, sem que esse processo seja permeado de objetivos claros e definido, com a clara intencionalidade de promover ações voltadas à participação dessas crianças em todo o processo educativo.