O Desenvolvimento Perceptual
Por: kkhh • 6/5/2018 • Resenha • 1.196 Palavras (5 Páginas) • 296 Visualizações
Desenvolvimento Perceptual
A Criança em Desenvolvimento - (Helen Bee, Denise Boyd)
O estudo do desenvolvimento perceptual, da se basicamente sobre dois princípios o Empirismo ( que afirma que todo o conhecimento da criança é adquirido com o tempo e a observação e aprendizado através de outros) VS o Nativismo ( que afirma que os conhecimentos são inatos, ou seja são baseados em instintos naturais do ser humano). Helen Bee nos coloca sobre a percepção de que o desenvolvimento perceptual é estudado através da junção de ambos, comparando-os a um computador (uma máquina) aonde, ela vem programada e com o passar do tempo aplicativos são instalados para cumprir suas tarefas específicas.
Há três maneiras de estudar as habilidades perceptuais, afinal um bebê não é capaz de responder as nossas perguntas diretamente. A primeira é a técnica da preferência, aonde dois objetos ou figuras são apresentadas ao bebê e o pesquisador observa por quanto tempo ele olha para cada um, mostrando interesse e observando diferenças. A segunda é a técnica da habituação de desabituação, é apresentado um som ou uma figura para que a criança se habitue ou pare de mostrar interesse, então logo em seguida lhe é apresentado um som ou figura diferente esperando que ele tenha algum interesse renovado (desabituação). Se o bebê não mostrar interesse renovado, eles sabem que ele percebe o estímulo ligeiramente mudado como “diferente” em algum aspecto do original. A terceira é última é a operação de condicionamento operante, um bebê é treinado para virar a cabeça ao ouvir um som, de um brinquedo por exemplo.
Habilidades sensoriais, visão: até 20 ou 30 atrás acreditava-se que os recém nascidos eram cegos, no entanto é comprovado que eles realmente enxergam. A visão padrão de um adulto é 20/20, enquanto a de um recém nascido está entre 20/200 e 20/400, sendo que quanto maior o último número pior a visão. Apesar da acuidade visual prejudicada recém nascidos enxergam muito bem de perto, inclusive identificando cores desde os primeiros meses de nascimento. Outro fator importante é o rastreamento, o movimento dos olhos em seguir um objeto ou uma pessoa em movimento, devido a falta de locomoção nos primeiros meses de vida essa habilidade é muito usada pelos bebês, para reconhecer o mundo ao seu redor.
A acuidade auditiva de um recém nascido é melhor do que a sua acuidade visual, pesquisas revelam que eles ouvem quase tão bem quanto os adultos exceto pelos sons agudos que para eles são mais altos. Outra habilidade auditiva que melhora com o passar do tempo é localização de sons, já que como seus ouvidos são separados o som chega em um antes do outro e isto permite determinar sua localização. Recém nascidos podem julgar o direcionamento de um som com o movimento de suas cabeças, no entanto essa localização específica não é bem desenvolvida no nascimento.
O olfato e o paladar, assim como em qualquer adulto estão ligados, ou seja se o seu olfato está prejudicado automaticamente se torna mais difícil sentir o sabor. Os recém nascidos vem com o organismo pronto para descobrir o mundo por meio destes sentidos, pesquisas revelam que eles são capazes de sentir o cheiro do próprio líquido amniótico e que são capazes de diferenciar a mãe de outras mulheres, através do odor. Além do olfato aguçado, os bebês são capazes de identificar sabores como doce, ácido, amargo e salgado – e um quinto sabor chamado umami o sabor evocado por glu-tamato, um aminoácido presente na carne, no peixe e nos legumes.
Habilidades perceptuais: A percepção de profundidade é uma das mais estudadas e de grande importância no desenvolvimento da criança, sempre que se vai pegar alguma coisa ou a que distância se está do chão ela é usada. Para usa-la é possível usar qualquer um ou todos os três tipos diferentes de informação. Primeiro as sugestões binoculares, quando se usa os dois olhos cada um recebendo uma imagem ligeiramente diferente do objeto quanto mais perto o objeto está, mais diferentes se tornam estas visões. Há também a sugestão monocular que requer o estímulo de apenas um olho, Por exemplo, quando um objeto está parcialmente na frente de outro, você sabe que o objeto parcialmente oculto está mais longe uma sugestão
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