O Diálogo sobre o livro Educar Meninas e Meninos: Relações de Gênero na Escola, de Daniela Auad.
Por: Laura Cipriano • 27/1/2022 • Dissertação • 849 Palavras (4 Páginas) • 163 Visualizações
Relações de gênero no espaço escolar
Laura Da Silva Cipriano 1
Diante dos materiais trazidos para o diálogo na disciplina Sociologia da Educação, dos quais destacamos o livro “Educar meninas e meninos: relações de gênero na escola“, que foi elaborado a partir de uma pesquisa em uma escola pública - com especial debate estabelecido pela Prof. Daniela Auad, também autora do livro, e pela monitora Reisla Nayllane - e os curtas-metragens “Minha vida de João'' e “ Era uma vez outra Maria “ decidimos focar nossas reflexões nas desigualdades entre meninas e meninos no espaço escolar e também sobre como a sociedade influencia na vida social de cada pessoa, seja ela do gênero masculino ou feminino.
Segundo Auad (2018) a desigualdade começa logo após o nascimento, pois muitas das vezes a menina quando nasce é sempre associada a uma pessoa frágil, passiva, meiga, obediente. Já os meninos são associados às características de agressividade, força e coragem. Uma vez que tais características não são biológicas, a sociedade desempenha papel importante, quando socializa meninas e meninos dentro desses padrões. Isso significa para alguns que a maioria destes adjetivos citados só podem e devem estar presentes em um gênero e não podem estar no gênero oposto.
Nesse sentido, a desigualdade significa que a menina tem sempre que brincar e ser boazinha e o menino sempre ser corajoso e agressivo. Um conceito importante para se entender sobre desigualdade de gênero é o conceito de gênero, que pode ser definido como aquilo que identifica e diferencia os homens e as mulheres, ou seja, o gênero masculino e o gênero feminino. Segundo Auad (2018, p.29) “pode-se dizer que sexo é percebido como uma questão relativa à biologia, enquanto o gênero é uma construção historica apartir de fatos genéticos.”
Os papéis de gênero significam um conjunto de padrões e expectativas de comportamentos que são aprendidos em sociedade correspondentes aos diferentes gêneros e que conformam as identidades dos indivíduos pertencentes
a esses grupos. Nos curtos assistidos podemos observar que tem um lápis que seria a sociedade, moldando o que seria coisa de menina e de menino, pois tudo o que Maria ou João queriam fazer que para a sociedade era uma coisa do sexo oposto o lápis aparecia e apagava aquela cena com intuito de colocar o menino ou a menina no seu devido lugar. Como exemplo citamos uma situação no curta de Maria, quando ela ia fazer uma coisa que para muitos era coisa de menino como jogar bola o lápis apagava e colocava ela pra brincar de boneca. No curto de João também é presente esse lápis em que ele coloca as funções de meninos, em um trecho tem ele levando um buquê de flores para a Maria e o lápis simplesmente apaga todas aquelas flores e coloca apenas algumas, querendo dizer que o homem precisa demonstrar pouco sentimento à mulher.
A autora faz uma comparação sobre a desigualdade na sala de aula e também nas brincadeiras nas escolas, na sala de aula é dividida 4 filas, a fila 1 e 2 é destinada para alunos e alunas que mais interagia com a professora, e a 3 e 4 eram destinadas para alunos e alunas mais quietos e que interagia pouco com as professoras, assim como divisão ao fazer filas, porque é preciso ter fila de meninos e meninas e não pode ter uma fila mista feita por ordem de chamada? Porque existe uma diferença de gênero entre as brincadeiras? Em diversas escolas são impostas brincadeiras para meninos e outras para meninas. Por exemplo: Atividades para as meninas: sentar, lanchar, andar; Atividades para os meninos: correr, jogar futebol, brincar de lutinha; tem também, atividades mistas sem desigualdade de gênero: Queimada, pular corda, dança; e atividades mistas com desigualdade de gênero: uva, maçã e salada mista, pega pega, e etc...
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