O ESPAÇO ESCOLAR COMO AUXILIADOR DO DESENVOLVIMENTO
Por: Manoel Pedro • 16/10/2015 • Trabalho acadêmico • 3.041 Palavras (13 Páginas) • 209 Visualizações
O ESPAÇO ESCOLAR COMO AUXILIADOR DO DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL
1.1 Discursos sobre avanços no ambiente escolar
A discussão sobre o valor do espaço no desenvolvimento infantil inclui, nos
diferentes fluxos da psicologia, um apoio fundamental. A corrente cognitivista,
destaca a função exercida pelas experiências espaciais elementares na
edificação das estruturas sensoriais das crianças. Frago (HORN, 2004, p.15)
menciona bem como um dos modelos dessa vertente os estudos piagetianos
das estruturas topológicas na infância, nos quais lança a valorização dos
principais experimentos sensoriais na casa e na escola como ferramentas
essenciais do desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo.
Segundo Piaget (HORN, 2004, p.16), a representação do
espaço para a criança é uma construção internalizada a partir
das ações e das manipulações sobre o ambiente espacial
próximo do qual faz parte.
Assim, não satisfaz à criança permanecer em um espaço organizado de jeito a
provocar suas capacidades; é preciso que ela tenha interação com esse
espaço para acostumar-se intencionalmente. Assim essas existências, na
realidade, configuram-se em uma organização de relações e propagam em
papéis que as crianças realizam em um contexto no qual os móveis, os
materiais, as cerimônias de costume, a educadora e a vida das crianças fora da
escola intervêm nessas experiências.
A discussão perante a estimação do ambiente no desenvolvimento infantil tem
em Wallon (1879-1962) e Vygotsky (1896-1934) seus fundamentais
representantes. A partir da probabilidade sócio-histórica de incremento, esses
teóricos pautaram afetividade, dicção e cognitivo com os métodos sociais, ao
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debaterem a psicologia humana em sua abordagem psicológica. Desse modo,
no ponto de vista dos dois, o meio social é fator principal no acréscimo dos
indivíduos.
Na abordagem de Wallon (HORN, 2004, p.18), o conceito de meio e suas
implicações no desenvolvimento infantil são fundamentais. Para ele, a agilidade
humana é de modo eminente social, e a instituição escola é o ambiente mais
apropriado para que essa atividade se amplie além do ambiente familiar, por
ser um ambiente, muitas vezes, mais rico, no alcance em que é mais incluso de
diversificação e pode trazer oportunidades às crianças a coexistir com outras
crianças e com outros adultos além de seus pais.
Os aprendizados da vida em sociedade se encetam na família e alargam-se
bem como a criança começa a conviver em ambiente escolar, a escolher
amizades, a ter a dependência recíproca do grupo, a abarbar discórdias. De
acordo com Wallon, o ambiente social é imprescindível à criança não apenas
para seu desenvolvimento social, como igualmente para o aprimoramento da
tomada de consciência de sua favorável individualidade. A comparação com os
companheiros lhe consente verificar que é uma entre diferentes crianças e que,
ao mesmo tempo, é idêntico e diferente delas.
Apresentando as ideias de Wallon, compete ao professor constituir sua técnica
junto aos seus alunos, de caráter que as afinidades do grupo possam
acontecer de forma que ele não constitua a figura central. As crianças precisam
de espaço para desempenhar sua capacidade criadora e para contestarem o
que reprovam. Ao mesmo tempo, é imprescindível ter a nitidez de que, nos
primários anos de vida, o sujeito oferece reações interrompidas e esporádicas
que carecem ser aperfeiçoadas e decifradas. Devido a essa aptidão, ele é
manuseado pelo outro, e é pelo meio desse outro que seus modos irão contrair
forma.
Segundo Horn (2004, p.17), estabelece-se uma reciprocidade
que o acompanhará pelo resto da vida, e, nesse aspecto, a
união do sujeito com o ambiente desempenha um papel
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fundamental. Por isso, em um ambiente sem estímulos, no qual
as crianças não possam interagir desde tenra idade umas com
as outras, com os adultos e com objetos e materiais diversos,
esse processo de desenvolvimento não ocorrerá em sua
plenitude.
Analisando que cada prática do desenvolvimento concebe um aparelho de
condutas, é na relação com o ambiente que o sujeito assume decididas ações,
ponderando as soluções e as aptidões que já desenvolveu.
1.2 Ambientes formadores de indivíduos
O ambiente social também foi para Vygotsky fator principal na constituição e no
desenvolvimento dos sujeitos. Em sua expectativa, a ampliação dos papéis
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