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O Estudo de Caso Módulo

Por:   •  12/2/2023  •  Seminário  •  706 Palavras (3 Páginas)  •  86 Visualizações

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Atualmente tem se observado o aumento significativo de busca por tratamentos e cuidados mentais por um grande número de pessoas, mas dados coletados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a maioria da população mundial não recebe cuidados em saúde mental e ainda, que até 50% das pessoas que sofrem de transtornos mentais na Europa e na América do Norte não recebem tratamento algum, infelizmente constata-se que esse número sobe para até 85% das pessoas nos países em desenvolvimento.

O grupo mais afetado por doenças psíquicas é o das mulheres, pois são as principais responsáveis por práticas de cuidado, predominando em categorias como educadoras, enfermeiras, assistentes sociais, entre outras, além de referências em seus núcleos familiares. As mulheres assumem diversos papéis, comportamentos e atividades distintas na sociedade, a sobrecarga de responsabilidades, a dupla jornada de trabalho e o agravante de muitas vezes serem as principais provedoras do lar são os maiores causadores de doenças mentais.

Felizmente inúmeras organizações e projetos com a iniciativa de promoção da saúde mental das mulheres estão em desenvolvimento, como exemplo podemos citar a atuação da organização Médicos Sem Fronteiras desde 2015 em Beirute, no Líbano, atendendo nos acampamentos os refugiados sírios, iraquianos e palestinos. A predominância de mulheres e crianças entre os habitantes do acampamento e nas comunidades do entorno é grande, já que os homens, na maioria das vezes, ficam para trás, ou para fazer parte diretamente dos confrontos ou na tentativa de defender seu patrimônio. Em decorrência dessa grande quantidade de mulheres sozinhas, com seus filhos, pode-se observar que saúde materna é uma grande necessidade. Uma das ações realizadas é o atendimento a mulheres em depressão em clínicas móveis e consultas em grupo só para mulheres, trabalhando, inicialmente, aspectos básicos, como a psicoeducação, e treinando as demais ONGs já atuantes na região, para ampliar o máximo possível a oferta de serviços de saúde mental à população.

Este modelo de atendimento poderia ser colocado em prática em Curitiba, embora a realidade seja bastante distinta temos um grande número de mulheres exercendo o papel de provedoras do lar, com sobrecarga de trabalho e dupla jornada, portanto a existência de clínicas móveis e consultas em grupo forneceriam o apoio fundamental para a promoção da saúde mental.

O Brasil também possui iniciativas e projetos que dão suporte e assistência a mulher. Infelizmente os altos índices de violência transformaram nosso país em um lugar inseguro para as mulheres e com grande incidência de violência de gênero, em destaque a violência doméstica. O projeto Mapa do Acolhimento é uma rede de solidariedade que mobiliza pessoas e conecta mulheres que sofreram violência de gênero e estão em situação de vulnerabilidade socioeconômica (baixa renda) à psicólogas e advogadas dispostas a ajudá-las de forma voluntária. Mulheres cis, mulheres transexuais e travestis maiores de 18 anos, de qualquer parte do Brasil e que não possuam renda para pagar pelos atendimentos podem buscar ajuda via o Mapa do Acolhimento, que é uma iniciativa do NOSSAS, organização que impulsiona o ativismo democrático e solidário no Brasil. Por ser um projeto que está em pleno funcionamento e abrangendo todo país, e consequentemente a região

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