O JOGO DA QUEIMADA
Por: Silvia Lima • 4/4/2018 • Trabalho acadêmico • 773 Palavras (4 Páginas) • 1.179 Visualizações
PORTIFÓLIO – CICLO 02/18
Fundamentos e Métodos do Ensino da Arte e Educação Física
Silvia Lima – RA 8031823 / Prof. Gustavo Braga
QUEIMADA TRACIDIONAL
O jogo: os alunos organizam-se em duas equipes diferentes e ocupam o espaço da quadra de voleibol (apenas um professor e uma única turma na quadra). O objetivo do jogo é eliminar o maior número de jogadores da equipe adversária e, para isso, eles devem ser queimados (apenas as mãos são consideradas “frias”, pois dessa forma as crianças ficam mais atentas ao jogo e conseguem se defender ou desviar das bolas que são lançadas na direção da cabeça). O aluno que for queimado, deve se dirigir ao espaço conhecido como cemitério e ele será o “coveiro” da sua equipe. Esse aluno não está fora do jogo, pois também pode eliminar os adversários com as bolas que recebe fora dos limites da quadra[1].
Dimensão Conceitual: Não se sabe exatamente sobre as origens do jogo da queimada; ela tem uma origem relativamente confusa. Alguns dizem que seu provável surgimento se deu na Colômbia, outros nos Estados Unidos, devido às suas diversidades de modos e evidência como esporte. Uma versão muito aceita, propagada com veemência na internet (a qual pressupomos ser uma lenda, haja vista que não existem referências cientificamente comprovadas), diz que este esporte surgiu no pequeno reino da Papônia, no centro-oeste do norte da Europa Meridional, a saber:
“...Durante a Idade Média, para se proteger da invasão dos Bárbaros, o Rei Papus IIXXX treinou seu desarmado exército com uma técnica muito especial. Ela consistia no arremesso de bolas de fogo contra o exército inimigo. Com essa técnica o Exército da Papônia conseguiu resultados surpreendentes sendo um dos poucos Reinos Europeus a escapar do domínio Bárbaro. Em comemoração a essa façanha o Reino da Papônia passou a realizar anualmente o festival da Queimada onde as equipes participavam de inofensivos jogos de queimada, com regras muito parecidas as praticadas atualmente. Infelizmente anos mais tarde o Reino da Papônia foi totalmente destruído com a queda de um enorme meteorito, o que acabou com qualquer registro da criação de nosso maravilhoso esporte.”
Fato é que a queimada se espalhou pelo mundo, e ajustando-se ao contexto escolar e à faixa etária da criança, tornou-se um dos esportes mais praticados nas séries do Ensino Fundamental. Como todo esporte, tem inúmeros benefícios para a saúde como o desempenho do cardiorrespiratório, a resistência muscular, a força e a flexibilidade. Cognitivamente trabalha tempo de reação, agilidade e velocidade de raciocínio também.
Dimensão Procedimental: Sobre as prováveis modificações do jogo, podemos utilizar as inúmeras já existentes como possibilidades de experimento para os alunos e também como exemplos para incentivar a criança no desenvolvimento da criatividade, especificando as modificações que ela tem liberdade para fazer. Nos Estados Unidos, por exemplo, a variação do jogo é chamada de “dodgeball”, no Brasil, conhecida com o nome de “Queimada Maluca”[2]. Nesta variação os jogadores eliminados não ficam “no cemitério” (local específico para os que foram atingidos pela bola – queimados), mas eles voltam ao jogo um de cada vez sempre que algum jogador de sua equipe interceptar um arremesso no ar. Outro diferencial é que se joga com múltiplas bolas. Um segundo exemplo que também pode ser aplicado na práxis pedagógica é uma variação chamada de “Queimada Coringa”. Cada equipe tem um jogador escolhido que será o “coringa”. O objetivo é queimar o coringa da equipe adversária, porém, os jogadores não sabem quem ele é, somente o professor o qual o escolheu. A dinâmica do jogo é a mesma, mas só termina quando o coringa for queimado. Assim sendo, os alunos podem ser estimulados às variações, trabalhando mente e corpo em atividade lúdica.
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