O Lúdico Como Método De Ensino Da Matemática Na Educação Infantil

O lúdico como método de ensino da matemática na educação infantil

Gabriela Pereira da Silva Sales

Tainá da Silva Alves

Mara dos Santos Nascimento

Uilma Fabiana Oliveira de Andrade

Maria de Lourdes do Amaral

        

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo a observação de crianças com idades diferentes e suas variadas relações quanto à aprendizagem e desenvolvimento em relação ao ensino da matemática, tanto em sala de aula, quanto, em âmbito familiar. Tendo em vista que, a relação da criança com a matemática vem desde muito pequena, já que essa “interação” ocorre desde quando a criança começa interagindo com o mundo a sua volta. Levando em consideração a importância da matemática para a vida cotidiana, é de extrema importância que as crianças sejam estimuladas de diferentes maneiras, para que possam aprender e gostar da presença dela no dia a dia, entendendo-se que ela vai além de uma disciplina trabalhada em sala de aula.

Palavras-chave: Matemática. Ensino. Lúdico.

1. INTRODUÇÃO

Sabe-se que a matemática está presente no dia a dia das pessoas desde os primórdios, já que é utilizada para contagem do tempo e delimitação de espaços, por exemplo. Porém, mesmo sendo um instrumento muito útil e indispensável é, também, muito temida nas salas de aula mesmo com toda tecnologia e informação que se tem hoje em dia.

A partir disso surge a seguinte questão: qual a importância do ensino da matemática na educação infantil, visando à aprendizagem e desenvolvimento individual de cada criança?

Com base no questionamento, este trabalho busca alternativas para encontrar maneiras de intervenções eficazes e dinâmicas para cada criança, tendo em vista que, na educação infantil elas se dispersão com muita facilidade, já que ainda estão desenvolvendo sua capacidade de atenção.

Enquanto estudantes de pedagogia sentiu-se a necessidade de explorar sobre o tema exposto a cima, uma vez que é notória a dificuldade que crianças têm em relação ao uso da matemática, sendo possível concluir que, em sua grande maioria, são traumas/dificuldades que se estabelecerão desde sua base de ensino, ou seja, a educação infantil.  

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil:

A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, estas podem se caracterizar como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade, podendo ser públicas ou privadas, no período diurno ou vespertino, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. O Estado tem o dever de garantir a oferta da Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção. (BRASIL, 2010, p.12).

De início é preciso entender que as crianças de 0 a 5 anos já estão acobertadas pela a lei e tem o direito a educação garantido desde que nascem independente a sua cor, ração, religião, etnia, classe social ou histórico familiar. Sendo assim, o aprender brincando ganha cada vez mais espaço nos ambientes de convivência dessas crianças, tornando a aprendizagem muito mais lúdica e divertida tendo como principal intuito o desenvolvimento cognitivo, motor e social dos educandos.

O lúdico pode ser aplicado em todas as áreas de conhecimento, aplicado a esse contexto matemática. A troca de ideias, a socialização e a interação são elementos que devem estar sempre presentes nas abordagens feitas em sala de aula sobre a matemática independente da fase de escolaridade.

O que leva a matemática ser uma matéria muito temida é o fato da mesma ainda esta engessada em uma linguagem muito técnica, levando crianças de diversas faixas etárias a sentir dificuldade. Contudo, o processo matemático vai sendo adquirido pelas crianças pelo brincar, seja para marcar a passagem do tempo, distinguir leve de pesado, ou simplesmente ter noção espacial como dentro e fora, em cima e em baixo.

A matemática é utilizada constantemente no nosso dia a dia assim como no da criança como sua idade, comparações, o corpo, os jogo e brincadeiras. Elas devem ser estimuladas a se “usarem” como instrumentos do que as rodeiam, formando assim cidadãos conscientes para a cidadania e criatividade, e não somente para memorização.

Com a modernização do ensino da matemática os professores têm se cobrado bem mais quanto ao emprego de jogos e brincadeiras em sala de aula. Porém para Antunes (1998) o professor não deve avaliar sua qualidade profissional pela quantidade de jogos que emprega em sua sala de aula e sim pela qualidade dos mesmos.

Diante do exposto por Antunes acima, cabe à reflexão quanto aos jogos, que nem todos os jogos são pedagógicos, alguns mantêm sua finalidade apenas lúdica.

“[...] os jogos ou brinquedos pedagógicos são desenvolvidos com a intenção explícita de provocar uma aprendizagem significativa, estimular a construção de um novo conhecimento e, principalmente, despertar o desenvolvimento de uma habilidade operatória”. (Antunes, 1998, p.38)

Nesse contexto, diversas pesquisas apontam a eficácia dessa disciplina para crianças pequenas, principalmente na construção do conceito de números, noções, espaço e formas.

Noções matemáticas bem como contar e estabelecer relações quantitativas e espaciais são construídas pelas crianças através do contato com o ciclo pessoal e interpessoal em que estão inseridas. Crianças na faixa etária de 0 a 5 anos ainda não são capazes de entender por completo as informações verbais passadas pelo professor/familiar, sendo assim, precisam do concreto para melhor desempenho matemático, além de ser altamente rico para o desenvolvimento motor da criança.

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Fonte: Arquivo pessoal

As imagens mostram crianças em momentos que envolvem brincadeiras e diferentes objetos, ajudando-os a compreender noções espaciais e estimulando a coordenação motora, fazendo com que reconheçam, também, o espaço que está inserido.

Vale salientar que a utilização de materiais concretos deve ser planejada e com objetivo, até por que, não é porque a criança está manuseando e interagindo com o objeto que de fato está aprendendo. Cada professor deve estar muito atento aos sinais que seus alunos expressão em meio a cada atividade proposta.