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O LÚDICO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  12/11/2017  •  Monografia  •  3.510 Palavras (15 Páginas)  •  589 Visualizações

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O LÚDICO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

1  INTRODUÇÃO

A ludicidade na educação infantil é de fundamental importância no desenvolvimento da criança, pois, é através das brincadeiras que as crianças se expressam, estabelecem relações, reinterpretam, desenvolvem seu raciocínio e constroem seu conhecimento sobre si e sobre o mundo, de uma forma agradável e prazerosa é necessário então, não desperdiçar essa fase e inserir o lúdico no cotidiano infantil. Por meio de um professor que lhe passe confiança, alegria, divertimento, aconchego e conhecimento, elas sentem-se confiante e segura diante do desafio do processo ensino aprendizagem.

Diante deste contexto, é que surge o questionamento acerca do processo ensino aprendizagem na educação infantil: Como a ludicidade - jogos e brincadeiras, podem contribuir para a melhoria no processo ensino aprendizagem na Educação Infantil?

Este estudo tem como objetivos mostrar a contribuição e a importância dos jogos e brincadeiras como instrumento no processo pelo qual a criança aprende. Uma vez que eles são recursos motivadores e estimuladores no processo ensino aprendizagem e permitem o desenvolvimento das capacidades, cognitivas, intelectuais dos educandos, além de promover uma interação social, através da socialização que é desenvolvida quando a criança brinca.

Dessa forma a aprendizagem ocorre de forma significativa, prazerosa e satisfatória, sendo o educando, o construtor do seu autoconhecimento e, o educador aprimora e desempenha sua didática tornando-se mediador desse processo.

Para a realização deste estudo foram utilizados métodos teóricos pesquisa de caráter bibliográfico que permeou estudos de renomados pensadores da área educacional.

O presente estudo encontra-se estruturado em três capítulos.

No capítulo 1, O aspecto lúdico da educação infantil; nele, conterá: O jogo e o brinquedo no processo educacional; Quais os jogos e brinquedos selecionar para melhor aplica-los e Implicações políticas e sociais.

O capitulo 2, apresenta questões relacionadas à contribuição do lúdico no processo de ensino aprendizagem, enfatizando as contribuições no processo ensino aprendizagem de um modo geral.

O capitulo 3, apresenta abordagens sobre as implicações políticas e sociais.

Por fim, as argumentações e considerações finais sobre a importância do lúdico – jogos e brincadeiras, na Educação Infantil, modalidade que se fundamenta no lúdico. Vale ressaltar a relevância do trabalho do professor, que precisa estar motivado a planejar e atualizar-se constantemente, tendo em vista que ele é particularmente poderoso para estimular a vida social e o desenvolvimento construtivo e integral da criança.


2  O ASPECTO LÚDICO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Vivemos numa sociedade capitalista e globalizada, portanto, o domínio das múltiplas habilidades é essencial para o homem, no sentido de ampliar seus conhecimentos, e valorizar a si próprio, diante da sociedade na qual esta inserida.

A infância é o período mais apropriado para o desenvolvimento humano, é nesta fase que surgem as descobertas, ocorrendo demonstrações de grande curiosidade, característica comum nesta fase.

A criança foi, por muito tempo, objeto de ideias e conceitos apriorísticos.

Assim como o brinquedo, o jogo e a atividade de brincar e jogar são o trabalho da criança, assim também o trabalho é o brinquedo do homem. Nestas atividades – trabalhar, brincar, jogar – há um fator comum onde à concentração e a alegria se justapõe. Existe uma relação de continuidade e de correspondência entre o brinquedo e o jogo da criança e o trabalho do adulto. Esta relação é particularmente observada no artesanato, quando o indivíduo cria o próprio trabalho ou daí à impressão pessoal da obra realizada.

À medida que a criança brinca, joga, ela vai se estruturando como pessoa. Aprende a ter e a vencer seus limites, ultrapassar os obstáculos, treinar seu papel na sociedade elaborando suas relações afetivas e emocionais, possibilitando-se organizar seu mundo interior e projetar seus desejos, sonhos e fantasias no mundo real.

Segundo Schiller in CHATEAU (1978, p.13) “o homem só é completo quando brinca”. Constatou-se tal realidade observando-se que a maioria da população infantil brasileira não tem acesso a brinquedos industrializados, criando então seu próprio brinquedo.

Ou seja, independente da situação social e econômica, em cada etapa do desenvolvimento infantil, a criança tem seu jeito próprio de brincar.

 Para tanto se faz necessário que as pessoas se conscientizem de que a inteligência da criança não se constrói apenas através do aprendizado escolares, da apreensão de certas regras de comportamento ou de bagagem cultural. Mas a inteligência não se desenvolve se ela não é livre: a brincadeira, os jogos, o tempo realmente gastos pela criança é uma condição fundamental para o desenvolvimento pleno de suas faculdades intelectuais, criativas e relacionais. Num ambiente encorajador que lhe proporcione a fazer descobertas e lhe dar estímulos imediatos para o sucesso.

2.1 O JOGO E O BRINQUEDO NO PROCESSO EDUCACIONAL

.        Na escola, como  lugar essencialmente destinado à apropriação e elaboração pela criança de determinadas habilidades e determinados conteúdos do saber historicamente constituído, a brincadeira é negada,  secundarizada, ou vinculada a seus objetivos didáticos.

        Fazer com que a escola, professores e alunos compreendam que os jogos e brincadeiras não são apenas um passatempo é uma tarefa que requer um bom plano de trabalho.

        A esse respeito, Fontana e Cruz (1997) colocam:

(...) a possibilidade de trazer o jogo para dentro da escola é uma possibilidade de pensar a educação numa perspectiva criadora, autônoma, consciente. Através do jogo, não somente abre-se uma porta para o mundo social e para a cultura infantil como se encara uma rica possibilidade de incentivar o seu desenvolvimento. A ideia de aproveitar o jogo como alternativa metodológica não prioriza sua utilização enquanto mero instrumento didático. (FONTANA e CRUZ, 1997, p.56)

É necessário que os professores deixem as crianças brincarem, para perceberem como é sua interação e socialização com o outro, sendo apenas espectadores, mediadores e facilitadores para intervenção da aprendizagem, e facilitem a criação de situações que permitam ao aluno desafiar suas limitações.

2.2 COMO SELECIONAR OS JOGOS E BRINQUEDOS

“… se considerarmos que a criança pré-escolar aprende de modo intuitivo adquire noções espontâneas, em processos interativos, envolvendo o ser humano inteiro com suas cognições, afetividade, corpo e interações sociais, o brinquedo desempenha um papel de grande relevância para desenvolvê-lo. Ao permitir à ação intencional (afetividade), a construção de representações mentais (cognição), a manipulação de objetos e o desempenho de ações sensório-motoras (físico) e as trocas nas interações (social), o jogo contempla várias formas de representação da criança ou suas múltiplas inteligências, contribuindo para a aprendizagem e o desenvolvimento infantil…” (KISHIMOTO, 1996, p.36).

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