O VALOR DO AFETO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: glauber1x • 21/10/2017 • Projeto de pesquisa • 1.472 Palavras (6 Páginas) • 557 Visualizações
O VALOR DO AFETO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
O VALOR DO AFETO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL
1 TEMA
O valor do afeto no processo ensino-aprendizagem na Educação Infantil
2 JUSTIFICATIVA
Para a aprendizagem acontecer é necessário que seja reconhecido o valor do afeto no desenvolvimento cognitivo do aluno, pois há uma íntima relação entre afetividade e inteligência, ambas devem estar interrelacionadas para que a aprendizagem significativa ocorra. Pois, o aluno que não se encontra emocionalmente bem, que está infeliz, inseguro ou revoltado tem muito mais dificuldade em aprender e em conviver com o mundo que o cerca. Diante desse fato, se caracteriza a importância do afeto nos relacionamentos escolares conduzindo o aluno a se desenvolver socialmente e culturalmente, aprendendo que pode contar consigo o que é capaz.
O interesse por esta temática surgiu de um trabalho realizado na disciplina Psicologia da Personalidade e posteriormente em visitas ao campo de estágio na Educação Infantil, onde foi possível detectar a ausência de afeto nas relações interpessoais, constituindo-se em um problema que merece especial atenção e resolução.
3 PROBLEMA
De que forma o afeto influencia no processo ensino-aprendizagem na educação infantil?
4 HIPÓTESES
- A ausência de demonstrações de afeto entre professores e alunos;
- A má relação entre professor e aluno dificulta a aprendizagem;
- A relação de afeto construída na família reflete-se no âmbito escolar.
5 OBJETIVOS
5.1 Geral
- Ampliar significativamente as relações de afeto entre todos os componentes da escola.
5.2 Específicos
- Identificar os principais problemas de aprendizagem causados pela falta de afeto;
- Entender as conseqüências ocasionadas pela falta de afeto;
- Buscar ações práticas para trabalhar com a escola e a família a fim de desenvolver a afetividade;
- Proporcionar melhoria na aprendizagem através de um ambiente escolar afetuoso.
6 MARCO TEÓRICO
A educação tem como finalidade a preparação do educando para o exercício da cidadania, nos diz o artigo 2° da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96. Por isso, a forma como vem sendo conduzidas as relações interpessoais no âmbito educacional, principalmente a relação de afeto professor/aluno precisa ser considerada um dos fatores principais na função do ensino em que deve levar o aluno a desenvolver suas habilidades naturais.
Nas primeiras séries do ensino fundamental, a relação professor e aluno, carece de um clima de maior afetividade, visto que nessa fase de escolaridade, o aluno faz do ambiente escolar uma extensão do lar em busca de segurança e afeto.
“Não dá para ensinar pensando apenas na cabeça do aluno, pois o coração também é importante” (MELLO,2004). No contexto atual, é necessário que a escola procure comprometer-se não apenas com o desenvolvimento socioemocional para que aconteça a superação dos obstáculos que impedem a aprendizagem, ou seja, para que o objetivo do trabalho do professor seja alcançado, pois o afeto é o grande estimulante na efetivação do conhecimento, pois quando o professor se dispõe a ensinar e o aluno a aprender, vai se formando uma corrente de elos efetivos que propicia uma troca entre ambos, onde a motivação, a boa vontade e o cumprimento dos deveres acabam deixando de ser tarefas árduas para o aluno.
“É mediante o estabelecimento de vínculos afetivos que ocorre o processo ensino-aprendizagem” (CODO e GAZZOTTI,1999). Caso não seja estabelecida uma relação afetiva entre professor e aluno, é ilusão acreditar que o ato de educar tenha sucesso completo, ou seja, pode até haver algum tipo de fixação de conteúdo, mas não será uma aprendizagem significativa, nada que prepare esse indivíduo para uma vida futura deixando lacunas no processo de ensino-aprendizagem.
Tratar o aluno com afeto não significa tratá-lo com beijos, abraços ou procurando agradá-lo, significa apenas que devemos acordar e tomar atitudes que nos leve a sair de nossa indiferença, porque essa “indiferença” é justamente a falta de afetividade, não podemos fazer de conta que nãos sentimos nada diante do que aconteça em nossa volta, pois a capacidade de sentir nos torna seres privilegiados e com capacidade de transformar o mundo a nossa volta.
A importância da interação social para o crescimento do homem é vista na própria natureza, revelada através da história da humanidade com o passar dos tempos. O meio social é indispensável para o desenvolvimento humano. A escola, entre outros ambientes de convivência social, deve se tornar um espaço onde o afeto tem especial atenção. Devido a sala de aula, muitas vezes se mostrar um lugar rígido e agressivo como apresenta Libâneo.
Do ponto de vista das relações entre autoridade e autonomia, a interação professor-aluno não está livre de conflitos ou deformações. Em nome da autoridade, o professor se apresenta com superioridade, faz imposições descabidas, humilha os alunos. Tais formas de autoritarismo- a exacerbação da autoridade – não são educativas, pois não contribuem para o crescimento dos alunos (LIBÂNEO, 2006).
É necessário que o educador desenvolva formas afetuosas de relação a fim de que a construção do conhecimento se torne um processo desejável de se obter. O afeto é de suma importância na prática pedagógica, conforme Paulo Freire é fundamental porque “não há educação sem amor”, tornando-se o afeto em aliado responsável por criar relações favoráveis ao desenvolvimento cognitivo do aluno.
De acordo com a teoria de Piaget o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: o cognitivo e o afetivo. Dessa forma o desenvolvimento afetivo se dá paralelamente ao cognitivo e tem uma profunda influência sobre o progresso intelectual. O pleno desenvolvimento da personalidade é inseparável dos relacionamentos afetivos que constituem a vida escolar.
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