O Lúdico na Aprendizagem da Educação Infantil
Por: jantar • 13/9/2016 • Trabalho acadêmico • 5.022 Palavras (21 Páginas) • 733 Visualizações
INTRODUÇÃO
Enfoque pretendido nesta monografia é a importância do brincar, e o porquê das crianças brincarem, já que tais abordagens parecem óbvias e por demais exploradas. Os parâmetros estabelecidos aqui, serão tangenciados a partir de teóricos que levam a um condutor igualmente importante ao ato de brincar: a questão da sociabilização (implica ou explícita) é a que é impressa a cada ato ou intensão geradora/motivadora entre a criança, as brincadeiras e os espaços lúdicos que a circundam na escola.
Por assim pensar, tomou-se com base para as propostas descritas no corpo deste trabalho, Piaget (1978), Scoz (1994), Sargo(1996) Weiss (1996), Scoz(1999), e outros especialistas. A metodologia utilizada se caracteriza por uma pesquisa bibliográfica.
Enquanto isso se precisa reverter essa influência, através de um trabalho consciente na escola, que entenda a educação como um processo de desenvolvimento global, integrado os vários níveis de conhecimento e expressão, reforçando, por tanto, as características humanas. Mas, qual a influencia do lúdico na construção do conhecimento da criança? A brincadeira contribui para o processo de ensino e aprendizagem na educação infantil?
A partir dessa problematização, elaborou-se os seguintes objetivos: buscar conhecimentos sobre a prática lúdica na sala de aula, como forma de aprimorar as atividades na educação infantil e produzir aprendizagens significativas; estudar e divulgar experiências que possam facilitar a aplicação de atividades enfatizadas pela dinâmica lúdica; saber em que sentido as atividades lúdicas favorecem a aprendizagem da criança; conhecer os resultados que as atividades lúdicas favorecem na construção do conhecimento da criança.
Pretende-se, assim, dar uma contribuição no aprimoramento para um aprofundamento pedagógico como mediador da metodologia do trabalho lúdico e revitalizando suas consequências nas atividades escolares que influenciam positivamente no ensino aprendizagem, ou seja, na formação do homem participativo.
No primeiro capítulo deixa-se transparecer a crença, que muitos problemas de deficiência de aprendizagem na educação infantil, possam ser bem administrados através de prática de um ensino criativo, onde a escola seja para a criança, um lugar de crescimento, atraente que lhe dê prazer, permitindo-lhe ser espontânea, imaginativo, saber lidar com a sua fantasia, descobrir-se, crescer e construir o seu futuro, o seu mundo, enfim, se auto-realizar através das atividades lúdicas e das brincadeiras.
No segundo capítulo aborda-se a importância da prática lúdica e das atividades pedagógicas na sala de aula como primazia da educação que é elaborada através de brincadeiras.
No terceiro capítulo refere-se a construção de um ambiente capaz de incentivar o aluno para o engajamento de novas criações, descobertas e assimilações, através de jogos e brincadeiras que favoreçam o surgimento de novo tipo de ensino, significativo, preocupando em superar a deficiência do ensino-aprendizagem e a repetitividade de ações desestimulantes e rotineiras da sala de aula.
O quarto capítulo retrata a metodologia e o referencial teórico que propõe oferecer diferentes caminhos de ensino prazeroso, encarados nas atividades lúdicas e no brinquedo que desempenham importante papel sobre conceitos elaborados que identificam os resultados positivos através de situações, métodos e técnicas de ensino que envolvendo atividades educacionais objetivam a promoção das crianças.
O estudo nos leva a entender que como observa Goulart (1994), para Rousseau, a educação deve ser ativa, em sua concepção, pois o que dá sentido de viver é agir, utilizar todos os órgãos e não simplesmente respirar: por isso, é necessário habituar a criança a observar e seguir o caminho da natureza, de forma gradual e cuidadosa.
Assim, a partir da influencia da população de Rousseau sobre a natureza do conhecimento da criança, deu-se início à elaboração de métodos próprios para a educação infantil, e o brinquedo é introduzido nos currículos das pré-escolas (Wayskop, 1995). É o que se verifica, por exemplo, nas propostas de alguns estudiosos e educadores do século XVIII em diante (Pestalozzi, Froebel, Decroly e Montessori, entre outros) nas quais se evidencia o interesse dos mesmos pelas crianças pequenas. (Wayskop, 1995).
No final da pesquisa encontram-se as considerações finais que mostram que a partir da concepção de aprendizagem como processo de criação e descobertas, há a necessidade de ser repensado o uso das atividades lúdicas e dos jogos educativos em sala de aula na educação infantil, como parte integrante do desenvolvimento do aspecto da educação infantil.
CAPÍTULO I
- O crescimento da criança e a aprendizagem
É na escola que há a continuidade da construção dos valores da criança que se iniciam na família. Muitas vezes, as crianças, na família ou até mesmo na escola, são desprovidas do acompanhamento que a ajuda a adquirir os conhecimentos que garantam a possibilidade de compreender que as atividades devem ser pensadas, refletidas e não meramente impostas ou feitas dos frutos do hábito.
Sabe-se, contudo que todo homem nasce com possibilidades que se desenvolvem, aos poucos, durante toda a vida. À proporção que vai crescendo, vai adquirindo consciência e condições de descobrir o mundo e tomando posse dele. Porém, muitas são as crianças que não conseguem desenvolver as estruturas orgânicas que dão sustentabilidade aos aspectos cognitivos, sócio afetivo do aprender.
Infelizmente, este não é o caso das crianças que conduzem comportamentos resultantes de uma conduta inconsistente, oriundas daquelas famílias e professores desprovidos das condições básicas de sobrevivência e ou conhecimento didático-pedagógico que seja determinado pelas atividades lúdicas. Conforme Sousa (2003), p 18) o lúdico é “um convite para redescobrir os jardins imaginários da infância”
No decorrer da vida do homem há muitas respostas aprendidas. Essas respostas, que foram condicionados desde o inicio da vida, vão-se estabilizando em padrões reativos a que chamamos hábitos e que poderão ser mentais, afetivos e motores, porém muitos aspectos da vida humana envolvem motivos conflitantes. Essa realidade justifica a citação de Le Boulch (1982, p. 69), quando coloca que “o comportamento organiza-se sob a influência de estímulos externos...”. Isto que dizer, que todos os indivíduos que não conseguem desvencilhar-se com facilidade da rede de estímulos que determinam o conflito e suas implicações no meio em que vive, se enquadram entre aqueles que não conseguem organizar suas ações artísticas e desenvolver a aprendizagem de qualidade. Daí a importância da criança aprender com prazer.
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