O Memorial da Infância - Alfabetização

Giselle Gomes Reis

Professora do 3° ano na Praça Escola Municipal Marcos Heron Corrêa

Curso de Formação Online – 18/05 (14 h)

Eu não me lembro muito sobre o início da minha vida escolar, porém nossa mãe sempre conta aquelas histórias que te fazem imaginar e ter uma noção de como tudo aconteceu, mesmo não se recordando. Segundo relatos da minha família, eu sempre tive um interesse muito grande em ouvir histórias, em participar dos momentos de atividades dos meus irmãos mais velhos, perguntando o que eles estavam fazendo, querendo sempre entender, e foi esse interesse que fez a minha família querer me colocar na escola quanto antes. Todo esse meu interesse foi sempre muito incentivado pelos meus professores, eles enxergavam a minha curiosidade, o meu ânimo e a minha vontade de aprender como um ponto muito positivo e que deveria ser sempre estimulado e trabalhado, e esse incentivo que eu recebi durante a minha vida escolar é o que eu levo em primeiro lugar para a minha formação como professora e na minha rotina pedagógica, eu preciso reafirmar para mim mesma e para os meus alunos a importância desse processo, a importância da alfabetização, e assim como todo processo, quando eu afeto o meu aluno incentivando ele a não desistir, a continuar se esforçando e se dedicando a cada acerto e a cada erro, o meu aluno vai me incentivar ainda mais quando eu puder perceber que ele alcançou o nosso objetivo, juntos. Incentivo é o que falta muitas vezes para nós, quanto professores, seja ele um incentivo financeiro, moral, social com o reconhecimento do nosso trabalho, mas precisamos continuar tentando e incentivando a cada dia mais os nossos alunos, e isso também irá nos motivar. Uma das situações na minha rotina pedagógica que me fez reafirmar a minha escolha e o meu caminho quanto alfabetizadora e incentivadora dos meus alunos foi alfabetizar um aluno incluso do 4° ano, não me lembro exatamente do laudo dele, mas enxergo aquele laudo apenas como um papel que não deve ser um limitador da nossa prática pedagógica sobre o que o nosso aluno é capaz ou não de fazer, e foi assim que depois de muitas tentativas, muitos erros, mas sempre com muito incentivo, que um aluno que todos diziam que não valia a pena tentar, pois, com o tempo ele regrediria e esqueceria, ele começou a ler juntando sílabas simples, aprendeu a escrever o próprio nome, o nome da mãe, e gradualmente progredindo, me mostrando a importância de não se desistir durante o processo de alfabetização, porque ele é longo, muitas vezes difícil e cansativo, mas é sempre muito recompensador.

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