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O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA FORMAÇÃO CONTINUIDADE EM CONTEXTO

Por:   •  14/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.237 Palavras (5 Páginas)  •  347 Visualizações

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O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGOGICO  NA FORMAÇAO CONTINUADADA EM CONTEXTO

                                        Juscélia Rocha de Jeseus

                                        Márcia RibeiroQueiroz

 O contexto histórico do coordenador pedagógico

O papel do coordenador pedagogico vem sofrendo modificações ao longo dos tempos, como  mostra os registros de nossa história.

Segundo Saviani (1999, P.31), a função supervisora já se fazia presente desde as comunidades primitivas, onde o modo de produção era coletivo, ou seja, os homens ainda não estavam divididos em classes e produziam tudo em comum, assim se educavam e educavam as novas gerações. Desta forma, a educação coincidia com a própria vida, onde já se fazia presente a função supervisora, isto é, os adultos educavam os mais novos e por meio de uma vigilância discreta, protegiam e orientavam as crianças, supervisionando-as como simples ajuda as suas fraquezas.

Como se pode ver a função de supervisionar já existe há algum tempo, ainda claro que fosse sobre uma perspectiva diferenciada da atual. As formas de atuação deste profissional vêm ao longo dos anos ganhando mais espaço e consequentemente uma nova nomenclatura.  

No Brasil, em 1549, são iniciadas atividades educativas pelo jesuíta Manoel da Nóbrega que formulou um plano de ensino em que se encontra a função supervisora, sem se manifestar ainda a ideia de supervisão, surge uma espécie de “vigia” da boa conduta e das regras da educação, como exemplo, temos o Ratio Studiorium, um plano de regras sobre as atividades educativas, que regia o reitor, o prefeito de estudos (supervisor), os professores, as disciplinas, as provas escritas, o bedel (auxiliar do prefeito de estudos, também com a mesma função), os alunos, enfim, tudo era regido por este plano. No qual o diretor era o reitor e o prefeito de estudos era seu assistente, a quem os professores e alunos deveriam obedecer. A função de prefeito de estudos era regulada por trinta dessas regras, onde por diversas vezes ele assumia o papel de bedel e inspetor, pois assistia às aulas dos professores e lia apontamentos dos alunos, e o que não conseguisse resolver, deveria levar ao conhecimento do reitor. (SAVIANI, 1999, p.31).

Nota-se através deste texto que o supervisor detinha em suas mãos certa autoridade, mas não ainda autonomia, pois, não tinha uma definição do seu papel. Passava vezes por inspetor, vigia e vezes por bedel.

No final da década de 60, foi aprovado pelo Conselho Federal de Educação o Parecer nº 252, de 1969, que reformulou os cursos de pedagogia, tornando-se uma pedagogia tecnicista, fato que possibilitou a profissionalização da atividade do supervisor dando-lhe identidade e características que o diferenciassem dos demais profissionais.

A importância da formação continuada para a prática pedagógica do professor

Imbernón (2010) ressalta a formação continuada como fomento de desenvolvimento pessoal, profissional e institucional dos professores, elevando seu trabalho para transformação de uma prática. Tal prática está para além das atualizações científicas, didáticas ou pedagógicas do trabalho docente, supõe uma prática cujo alicerce é balizado na teoria e na reflexão desta, para mudança e transformação no contexto escolar, assim:

                        

O conhecimento profissional consolidado mediante a formação permanente apoia-se tanto na aquisição de conhecimentos teóricos e de competência de processamento da informação, analise e reflexão crítica em, sobre e durante a ação, o diagnóstico a decisão racional, avaliação de processos e a reformulação de projetos. (IBERNÓN, 2010, P. 75)

Na perspectiva citada acima, não basta ao profissional da educação somente dominar conteúdos seculares, mas também refletir sua pratica constantemente a fim de garantir aos seus alunos uma educação libertadora e critica que os tornem sujeitos ativos de sua historia. De que forma o profissional docente conseguirá em meio a tantas dificuldades cumprir seu papel?

É necessário que o docente esteja em constante processo de formação, buscando sempre se qualificar, pois com uma formação continuada ele poderá melhorar sua prática docente e seu conhecimento profissional, levando em consideração a sua trajetória pessoal. Vivemos em uma sociedade de constantes mudanças e é neste contexto que as escolas estão inseridas, portanto estas também precisam se atualizar de forma que não se tornem enfadonhas aos olhos dos alunos.

O papel do coordenador pedagógico no processo de articulação da formação dos professores na escola.

Segundo Vasconcelos (2009, p.87) o coordenador pedagógico ganhou rótulos negativos, como dedo- duro fiscal de professor, pombo correio, quebra galho e até tapa buraco.

Sabe-se hoje que o coordenador pedagógico tem na escola um papel de articulador formador e transformador, portanto, ele é um elemento de grande importância no ambiente escolar. Cabe à coordenação sistematizar e integrar os trabalhos levando o grupo a refletir sobre seu papel e a melhor maneira de desempenha-lo.

Vasconcelos (2009, p.87) diz ainda que a função supervisora geralmente é desenvolvida por um educador, este tem o dever de lutar contra forças que desumaniza a escola, deve buscar junto a seu grupo um bem estar coletivo sem perder de vista o que está explicitado no projeto político pedagógico da instituição. A supervisão tem ainda dentro do ambiente escolar um papel digno de respeito e admiração que é o de contribuir para o aperfeiçoamento profissional dos docentes.

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