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O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR

Por:   •  8/9/2019  •  Artigo  •  2.091 Palavras (9 Páginas)  •  421 Visualizações

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O GESTOR ESCOLAR FRENTE AOS DESAFIOS A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Autor:Amanda Paixão da Silva

Instituição:FEUC-Fundação UnificadaCampoGrandense

E-mail:amandapayxao@gmail.com

Orientador:Rosana Benatti Ferreira Pereira

Instituição: FEUC-Fundação UnificadaCampoGrandense

E-mail:rbenatti13@gmail.com

Resumo:

O presente artigo visa analisar o papel do gestor frente a educação inclusiva, identificados desafios no contexto educacional. Tem como objetivo refletir que o gestor é peça fundamental no ambiente escolar, quanto ao atendimento a todos, independentemente de qualquer diferença, inserindo mudanças de forma comprometida e estruturada, averiguando os saberes que subsidiam a prática pedagógica. Neste trabalho utilizamos a pesquisa bibliográfica, fundamentada na reflexão de leitura, acerca da importância do papel do gestor como articulador de todo este processo.

Palavras-chave: Educação Inclusiva;Gestor Escolar,Ambiente Escolar

 

  1. Introdução



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A instituição escolar como todas as outras, é um sistema que opera através de padrões que estabelecem e constituem sua função social, que está relacionada à construção de conhecimento, bem como, repasse de informações, socialização e instrumentalização para exercícios de cidadania, sendo capaz de mudar e flexibilizar seus padrões internos para garantir seu espaço social. Nesse contexto as formas de realizar a inclusão têm ocorrido das mais diversas formas e  o gestor escolar apresenta grande importância, sendo necessário que o mesmo busque uma atuação baseada na diversidade em consequência da liderança que exerce, pois todos que compõem este ambiente estarão seguindo e analisando suas ações.

É importante que o procedimento de acesso ao sistema de suporte disponível seja regulamentado pela escola, para evitar que o professor tenha que buscar ajuda apenas por iniciativa pessoal. Embora, não desejamos excluir, o processo de exclusão, se apresenta de maneira cada vez mais evidente. O professor que não dispõe de suporte pedagógico sobrecarrega-se.

Partindo do princípio de que o gestor é o profissional de fundamental importância na escola, entende-se que cabe a ela de forma democrática articular as ações que visam melhorar o processo de inclusão. Para melhor entender citamos Lopes e Mendes (2006,p.12)

  [...] o gestor deve ser capaz de organizar, relacionar, refletir e analisar de forma de cuidar do setor que ele administra para que consiga êxito no que se propões a fazer. A administração é uma atividade produzida pelo homem e que se ocupa com a organização do esforço coletivo, isto é com a organização do trabalho na sociedade.

A Inclusão escolar de pessoas com necessidades especiais assume a cada ano, importância

maior, dentro da perspectiva de atender às crescentes exigências de uma sociedade em processo de renovação e de busca incessante de conhecimento. Neste contexto faz-se necessário a discussão do assunto na busca de melhor entendê-lo. A inclusão de alunos depende de toda equipe escolar gestores, professores, equipe pedagógica e alunos, mas o gestor tem um papel muito importante, pois através de suas atitudes é que a equipe se espelhará e faz acontecer à inclusão e integração dos indivíduos com necessidade especiais. O presente trabalho teve como objetivo a realização de uma revisão bibliográfica a respeito da importância do gestor no processo de inclusão, demonstrando a história desse processo e o gestor contribuindo para a criação de uma escola para todos.

 

2.Inclusão escolar

A educação inclusiva fundamenta-se na concepção de educação de qualidade para todos, respeitando a diversidade dos alunos e realizando o atendimento as suas necessidades educativas. Com a inclusão, as diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade. A partir desta realidade social que deve-se ampliar a visão de mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças.

A inclusão implica em mudanças da perspectiva educacional, pois não se limita aos alunos com necessidades especiais e aos que apresentam dificuldades de aprender, mas a todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. Os alunos com necessidades especiais constituem uma grande preocupação para os educadores inclusivos, sabemos que a maioria dos que fracassam na escola são alunos que não vêm do ensino especial, mas que possivelmente acabarão nele (MANTOAN, 2006).

O direito à diferença nas escolas deteriora o sistema atual de significação escolar excludente, normativo, elitista, com suas medidas e mecanismos de produção da identidade e da diferença. Se a igualdade é referência, podemos inventar o que quisermos para agrupar e rotular. Se a diferença é tomada como parâmetro, não fixamos mais a igualdade como norma e fazemos cair toda uma hierarquia das igualdades e diferenças que sustentam a normalização (MANTOAN, 2006).  

O avanço do paradigma da Educação Inclusiva tem trazido grandes desafios à educação. A própria Educação Especial vem tendo que redimensionar o seu papel, antes restrito ao atendimento direto dos educandos com necessidades especiais, para se constituir, cada vez mais, num sistema de suporte para a escola regular que tenha alunos especiais incluídos. Isso significa que a Educação Especial é hoje concebida como um conjunto de recursos que a escola regular deve ter à sua disposição para atender a diversidade de seus alunos. (GLAT; PLETSCH, 2004).

Segundo Coll, Palácios e Marchesi (1995, p. 324) “A igualdade entendida como diversidade, como desenvolvimento das potencialidades educacionais através de uma oferta múltipla, pressupõe uma escolha decidida da inclusão escolar”. O desenvolvimento de alunos com necessidades especiais ocorre mediante alternativas distintas visualizadas pelos gestores e educadores escolares, que distinguem a importância de desenvolver a aprendizagem adaptando seus conhecimentos em suas ações educacionais, para que assim, os conhecimentos desses alunos se tornem idênticos e com o mesmo grau dos outros alunos.

Segundo Gagné (1974, p.2) "a aprendizagem depende em grande parte dos acontecimentos que se realizam no ambiente com o qual o indivíduo interage". Parolin (2006) ressalta que aprender e fazer aprender exige que se concilie o inconciliável, a liberdade e o rigor, a abertura aos outros e a concentração, a estruturação e a plasticidade. Para Nóvoa (2006) a qualificação do gestor e de professores, se constitui numa forma de fortalecimento da qualidade do atendimento aos alunos no seu conjunto e da crença dos professores de que podem construir novas alternativas e desenvolver novas competências.

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