O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR EM ESCOLAS DEMOCRÁTICAS
Por: Hanssen • 4/8/2018 • Monografia • 8.262 Palavras (34 Páginas) • 333 Visualizações
SUMÁRIO
1 -
INTRODUÇÃO 9
1.1 OBJETIVOS 10
1.1.1 OBJETIVO GERAL 10
1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 10
1.2 JUSTIFICATIVA 10
1.3 PROBLEMA 11
2 - BREVE HISTÓRICO SOBRE O GESTOR ESCOLAR 13
2.1 DO ADMINISTRADOR AO GESTOR ESCOLAR 13
3 - INSTRUMENTOS PARA DEMOCRATIZAR A ESCOLA 17
3.1 – PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 17
3.2 – CONSELHO DE ESCOLA 22
3.3 – GRÊMIO ESCOLAR 26
4 -ESCOLAS DEMOCRÁTICAS 29
4.1 ESCOLA DA PONTE 29
4.2 ESCOLA CAMPOS SALLES 31
V- CONSIDERAÇÕES FINAIS 33
REFERÊNCIAS 34
1 INTRODUÇÃO
Mulheres e homens, nos tornamos mais do que puros aparatos a serem treinados ou adestrados. Nos tornamos seres da opção, da decisão, da intervenção no mundo. Seres da responsabilidade (FREIRE, 2000, p. 56).
A escola pública brasileira tem sofrido várias críticas em relação a evasão escolar, altos índices de analfabetismo, agressões entre alunos e professores. Pensadores da educação como Paulo Freire, José Pacheco e Paro, apontam a implementação de escolas democráticas como uma saída para combater o fracasso educacional. Pontuam que é importante mobilizar a participação da comunidade escolar para obter um espaço que faça com que os alunos desenvolvam a autonomia, a disposição aos estudos, o senso crítico e a solidariedade, competências importantes para formação da cidadania.
A escola possui documentos e estratégias pedagógicas que poderiam auxiliar a comunidade escolar a melhorar a qualidade de ensino da escola pública. No entanto, frequentemente a direção escolar dificulta o acesso às informações que descrevem os objetivos e procedimentos dos documentos e estratégias pedagógicas. Em situações em que a comunidade escolar tem acesso às informações, é comum que as direções escolares adotem atitudes que não estão de acordo com as diretrizes dos documentos, inviabilizando a implementação de ações educacionais.
A metodologia empregada nesta monografia foi a pesquisa bibliográfica em livros, em trabalhos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado, endereços eletrônicos e revistas, para seu desenvolvimento. Assim, esta monografia se apresenta em três capítulos: o primeiro relata de forma sucinta as diferenças do administrador e do gestor escolar. O segundo fala de instrumentos institucionais que favorecem a gestão democrática. O terceiro discorre sobre duas escolas com gestão democrática.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 OBJETIVO GERAL
O trabalho “O papel do gestor escolar em escolas democráticas” tem como foco identificar a importância para alcançar uma gestão escolar democrática na Educação Básica da Escola Pública e apontar modelos de Gestão Democrática, como possibilidades de uma nova organização escolar, onde todos participem das decisões no ambiente escolar.
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
- Refletir sobre a participação da comunidade escolar, docentes e discentes dentro das escolas.
- Compreender as dificuldades do gestor em apresentar postura democrática.
- Conhecer maneiras de democratizar o ambiente escolar.
1.2 JUSTIFICATIVA
Na contemporaneidade é comum deparar-se com questionamentos sobre as possíveis formas de alcançar uma sociedade melhor. Quando se fala em melhoria o desejo é que o mundo seja pacífico e justo. Figuras importantes mostram a Educação como o ponto primordial para o alcance desse objetivo. Paulo Freire, na “Terceira Carta Pedagógica”, defende a importância da educação quando afirma: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda” (2000, p.67). Documentos mundialmente respeitados como o “Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI” afirmam que a Educação é o caminho para mudar o mundo:
Perante os múltiplos desafios suscitados pelo futuro, a educação surge como um trunfo indispensável para que a humanidade tenha a possibilidade de progredir na consolidação dos ideais da paz, da liberdade e da justiça social. No desfecho de seus trabalhos, a Comissão faz questão de afirmar sua fé no papel essencial da educação para o desenvolvimento contínuo das pessoas e das sociedades: não como um remédio milagroso, menos ainda como um “abre-te sésamo” de um mundo que tivesse realizado todos os seus ideais, mas como uma via – certamente, entre outros caminhos, embora mais eficaz – a serviço de um desenvolvimento humano mais harmonioso e autêntico, de modo a contribuir para a diminuição da pobreza, da exclusão social, das incompreensões, das opressões, das guerras... (DELORS, 2010, p. 05)
Na afirmação de Jacques Delors, ou na conhecida frase de Paulo Freire, “A educação muda as pessoas. As pessoas mudam o mundo” (FREIRE apud BRANDÃO, 2005, p.51), fica claro que a Educação em si não fará milagres no mundo. No entanto, evidencia que é a partir dela que se pode mudar a humanidade, e assim a humanidade poderá mudar o meio em que vive. Para que os seres humanos de modo consciente venham a intervir no mundo para transformá-lo em um espaço sem opressores e oprimidos, milionários e miseráveis, agressores e agredidos, é necessário que as pessoas tenham senso crítico para realizar uma leitura profunda dos acontecimentos e que tenha autonomia para serem atuantes nas transformações necessárias. Por isso, estudiosos da educação tem apontado que se queremos seres transformadores, que tenham voz no mundo, antes é preciso que tenham tido voz nas escolas onde estudaram, em Escolas Democráticas.
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