O PAPEL DO PROFESSOR
Por: Guilherme Lima • 9/9/2021 • Trabalho acadêmico • 497 Palavras (2 Páginas) • 327 Visualizações
O texto de Juliana Campregher Pasqualini intitulado “PAPEL DO PROFESSOR E DO ENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A PERSPECTIVA DE VIGOTSKI, LEONTIEV E ELKONIN”, procura apresentar o que é desenvolvimento infantil e em que aspectos da educação escolar podem atuar em auxilio, tendo como foco os papeis do educador e ensino. É uma pesquisa de mestrado que a autora realizou um estudo de natureza teórico-conceitual que com a finalidade de análise e investigação das relações entre desenvolvimento infantil e ensino da faixa etária de 0 a 6 anos.
Para tanto o texto aponta conceitos sobre o desenvolvimento infantil e em que aspectos a educação escolar pode atuar em seu auxílio, tendo como foco os papéis do educador e do ensino, esclarecidos por Vigotski, Leontiev e Elkonin.
Primeiramente a autora aponta que a educação infantil teve função assistencialista e que a primeiramente a educação da criança pequena implicava a negação e o rompimento dos laços com o modelo escolar de atendimento educacional. Entende-se ainda que o ensino não devesse fazer parte do atendimento ofertado à criança até os 6 anos. Para essa perspectiva teórica, a Educação Infantil faz parte da educação básica, mas não tem como objetivo o ensino e, sim, a educação das crianças pequenas. Ou seja, Educação Infantil, não estaria nos processos de ensino-aprendizagem, mas nas chamadas relações educativo-pedagógicas. O ensino, assim, é negado quando se trata da Educação Infantil.
Sabe-se que antigamente a educação infantil era pouco apreciada no mundo todo, quando surgiram as instituições de educação infantil eram resumidamente um “depósito de crianças”, onde só cuidavam e não educavam, ou seja, as crianças não tinham contato algum com o conhecimento, não tinham ensino-aprendizagem, era um lugar onde as crianças passavam o tempo enquanto suas mães trabalhavam.
Em decorrências de várias lutas e vitórias a educação infantil passou a ser vista com outros olhos, e passou a ter objetivos educacionais explícitos, com propostas pedagógicas, onde começaram a seguir parâmetros e normas, trabalhando em prol à educação, e ao ensino-aprendizagem, os alunos têm acesso ao conhecimento, e ao pleno desenvolvimento.
Na perspectiva da psicologia histórico-cultural, que é do que se trata o texto o educador não pode ser visto como alguém que apenas estimula e acompanha a criança em seu desenvolvimento. O professor é compreendido como aquele que transmite à criança os resultados do desenvolvimento histórico, explicita os traços da atividade humana cristalizada nos objetos da cultura – mediando sua apropriação – e organiza a atividade da criança, promovendo assim seu desenvolvimento psíquico.
Nesse sentido, vemos que Vygotsky, Leontiev e Elkonin apontam o desenvolvimento infantil como fenômeno histórico não determinado por leis naturais universais, mas intimamente ligado às condições objetivas da organização social, sendo fundamental considerar o lugar ocupado pela criança nas relações sociais. O professor por sua vez é compreendido como aquele que transmite à criança os resultados do desenvolvimento histórico, explicita os traços da atividade humana cristalizada nos objetos da cultura – mediando sua apropriação – e organiza a atividade da criança, promovendo assim seu desenvolvimento psíquico.
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