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O PCN deve servir de base na avaliação de aprendizagem pelo professor na escola?

Por:   •  25/4/2017  •  Artigo  •  5.557 Palavras (23 Páginas)  •  1.085 Visualizações

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RESUMO:

O objetivo geral deste estudo busca identificar de que forma as orientações estabelecidas nos PCN, no que diz respeito as avaliações são abordadas no âmbito escolar pelo professor. De forma especifica, quis verificar, na aplicação de questionário em que extensão se aproxima a forma de avaliação de acordo ao PCN e a prática do professor exercida em sala, o que ajuda ou dificulta em seu trabalho pedagógico, quais os procedimentos avaliativos adotados pelos professores, e finalmente quais procedimentos didáticos metodológicos, utilizam os professores, ao realizar a avaliação.

PALAVRAS-CHAVE: PCNs, Avaliação e Professor.

INTRODUÇÃO

O estudo deste tema buscar debater e pesquisar inúmeras publicações de autores bem-conceituados. Estas fazem críticas fortíssimas a avaliação tradicional e trazem várias ideias de como se deve avaliar e quais são as reais funções da avaliação.

As novas ideias sobre avaliação, que surgiram na tentativa de superar esta concepção arcaica, impulsionaram muitas palestras, seminários e discussões em todo o país. Até mestrado na área já temos como é o caso de Jussara Hoffmann, que tem contribuições fantásticas para um novo modo conceber e utilizar a avaliação.

Foi pensando nisso que os PCN dedicaram boa parte de seu trabalho a avaliação. E assim a concebe como a função de verificar se o ensino empregado está sendo adequado, se o aluno está aprendendo, se os investimentos são suficientes. Tudo isso com o objetivo de tornar o aluno autônomo e com conhecimentos relevantes para atuar na sociedade.

Nesse sentido, fazer um levantamento sobre este assunto no desejo de verificar se ainda hoje os professores estão utilizando o modo de avaliar reduzido a provas no final do bimestre. Ou se estão fazendo uso das novas ideias sobre a avaliação como: avaliar para melhorar o processo de ensino, avaliar para orientar a intervenção pedagógica necessária, avaliar para saber se a didática usada está adequada, indagamos se: O PCN deve servir de base na avaliação de aprendizagem pelo professor na escola?

REFERENCIAL TEÓRICO

PCN: O que são e para que serve?

Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN, representa uma referência nacional para o Ensino Fundamental e Médio de todo o país em que são indicados conteúdos, objetivos, questões de ensino e aprendizagem que permeiam a prática educativa, propostas de avaliação em cada momento da escolaridade e em cada área, envolvendo questões relativas ao que avaliar e como avaliar.

Estes documentos elaborados pelo Ministério da Educação (MEC) e enviados aos professores de todo o Brasil são um referencial para que o ensino, em todas as cidades do país, tenha melhor qualidade, assim, tendo como grande objetivo reduzir a reprovação e a evasão escolar que tem assolado o ensino em todo o Brasil.

Os PCN não possuem caráter de obrigatoriedade e ajudam na elaboração da proposta curricular e particular de cada singularidade regional de ensino, de forma a representar não uma coleção de regras que se pretende ditar ou que os professores devem ou não fazer. São uma referência curricular nacional para a universalização do ensino, além do mais, uma das grandes finalidades dos PCN é que todos os indivíduos, respeitadas suas diversidades, onde estiverem, no interior ou na cidade grande, tendo o município recursos ou não, venham a ser participativos, críticos e racionais, bem como, sabedores dos direitos que lhes assistem como cidadão. (PCN – Introdução, 1997).

Os PCN têm como objetivo principal servir como um referencial de melhoria da qualidade do sistema de ensino nacional por meio de inovações didáticas. Podem auxiliar os professores na organização das suas práticas pedagógicas, norteando a renovação e a reelaboração do currículo escolar de todas as regiões do país, incluindo aí, procedimentos, valores, normas e atitudes.

Uma grande meta dos PCN é eliminar desigualdades sociais, visto que tem a pretensão de que todos os cidadãos possam ser participativos e atuantes por meio da garantia de uma educação básica de qualidade. Tornando-os indivíduos que possam atuar sozinhos nas relações com outras pessoas, observando, trocando ideias, ouvindo, e sendo desafiados, contrapondo ou concordando. Os documentos apresentados pelo MEC servem par que a educação nacional chegue o mais próximo possível do padrão ideal e com isso diminuir as altas tachas de evasão e reprovação escolar que tem retido os alunos no nível fundamental, principalmente. (PCN – Introdução, 1997). Hoffmann (1994) aponta que existem 100 (cem) escolas de nível fundamental enquanto existem apenas 10 (dez) de nível médio. Ou seja, 90% dos alunos de nível fundamental não ingressam no nível médio. Isso, segundo a autora, gera um grande desperdício de dinheiro público com crianças e jovens que deveriam estar em etapas superiores.

Dentro desta perspectiva de contribuição para uma educação mais igualitária e de qualidade, formadora de indivíduos autônomos, os PCN concebem uma nova cara para a avaliação educacional, de forma que realmente possa acompanhar este processo de transformação.

Como avaliar segundo os PCN

Os PCN tratam a avaliação como um instrumento de fundamental importância para a manutenção e apoio da educação, e entendem a avaliação tradicional como àquela que é reduzida a aplicar provas ou exames ao final das etapas para saber o quanto de informação o aluno foi capaz de acumular. Esta avaliação restringe-se apenas a verificar o quanto de conteúdo o aluno foi capaz de memorizar e, portanto, não sustenta a prática de ensino-aprendizagem e, muito menos, fornece subsídios para uma intervenção pedagógica, pois não se preocupa em fazer diagnósticos do andamento do ensino.

A avaliação tradicional também é determinada pelo caráter classificatório. Essa prática, além de ser seletiva, valoriza comportamentos contemplativos do aluno. Isto é, o bom aluno é aquele que se apresenta quieto, que não “dá trabalho”, passivo, obediente, em detrimento daquele que é falador, participativo, dinâmico etc. Este tipo, aliás, também colabora para definir a sua aprovação ou a reprovação.

Hoffmann (2004, p.75) contribui com sua concepção sobre a avaliação classificatória, definindo-a como o momento de “Corrigir tarefas e provas do aluno para verificar respostas certas e erradas e, com base nessa verificação periódica, tomar decisões quanto ao seu aproveitamento escolar, sua aprovação ou reprovação em cada

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