O PROJETO FINAL
Por: Cristiane Lopes • 7/12/2021 • Trabalho acadêmico • 3.222 Palavras (13 Páginas) • 156 Visualizações
UNIVERSIDADE JORGE AMADO
PROJETO DE PESQUISA
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
CRISTIANE LOPES DE LIMA FERNANDES
CÂNDIDO SALES, BAHIA
2021
UNIVERSIDADE JORGE AMADO
PROJETO DE PESQUISA
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Trabalho de conclusão de curso apresentado como parte
integrante da graduação em Pedagogia da Unijorge.
CRISTIANE LOPES DE LIMA FERNANDES
CÂNDIDO SALES, BAHIA
2021
INTRODUÇÃO
No processo de ensino-aprendizagem, os desafios são de todas as ordens e níveis, oriundos da diversidade
de personalidades, da educação doméstica fornecido pelas famílias, das potencialidades, dificuldades e
problemas externalizados por cada educando que compõe a sala de aula (Córdula,2013). Nesse contexto,
o papel da escola é transmitir valores morais e éticos, conhecimentos e experiências que estarão
preparando-os para viver em sociedade, de forma atuante e transformadora.
Não tenho dúvida de que cabe à escola um lugar de destaque no alargamento das
condições de exercício da cidadania e o domínio da 'norma culta' (no plano da linguagem)
e dos conhecimentos, hábitos e comportamentos mais valorizados socialmente (dos quais
uma boa parcela é veiculada pela escola) (Nunes 1989, p. 36, apud Souza; Souza, 2009, p.
3).
A escola, no século passado, insistia na oralização dos alunos surdos, com o fim de integrá-los na
sociedade ouvinte (Perlin; Strobel, 2006). Os Surdos eram submetidos a longos treinamentos auditivos e
de fala, na busca de que eles deixassem de ser menos deficientes ou se aproximassem mais dos ouvintes e
mais normais (ibidem). O desafio que se enfrenta na atualidade é transformar a escola de todos para todos
numa instituição igualitária, renovando suas práticas educativas para atender à realidade dos desafios que
chegam à sociedade, na formação de um cidadão pleno de seu compromisso (Silva; Pereira, 2003;
Damázio, 2007; São Paulo, 2007).
O foco na oralidade reflete a preocupação com a “reparação” da surdez, o que poderia ser
conseguido com investimento na linguagem oral. Para isso, professores e alunos
deveriam falar, sendo que a recepção da fala pelos alunos se daria por meio da leitura
orofacial, ou seja, dos movimentos dos lábios e dos músculos da face. A língua de sinais
era proibida porque se acreditava que ela inibiria o uso da fala (São Paulo, 2007, p. 15).
Para que as escolas possam atender plenamente aos educandos, deve-se adotar efetivamente a inclusão, e
não apenas seguir os determinantes da legislação; caso contrário, poderá ocorrer apenas num processo de
integração da criança portadora de surdez (Damázio, 2005; Guijarro, 2005).
Com os processos de inclusão e igualdade nas escolas (Lei da Inclusão, nº 13.146/15), as salas de aula
passaram também a ser inclusivas para as diversidades de necessidades e deficiências físico motoras e
cognitivas, destinadas “a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e
das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”
(Brasil, 2015, p. 1)
Nas escolas de Ensino Fundamental, a inclusão dos alunos surdos ocorre por intermédio de um interprete,
que traduz para a Língua de Sinais os conteúdos que o professor ministra e avalia o educando (Libâneo,
1994). Assim, o papel do professor junto com o intérprete é conseguir realizar o processo de inclusão o
aluno surdo (Santos; Festa, 2014).
Para que a inclusão ocorra, além da Língua Brasileira de Sinais como primeira língua que o Surdo adquire
(L1), deverá também aprender no âmbito escolar a sua segunda língua, que é o português (L2),
preferencialmente na modalidade escrita, língua de formação/instrução, e que o acesso às duas línguas
ocorra de forma simultânea no ambiente escolar, colaborando para o desenvolvimento de todo o processo
educativo (Pereira; Vieira, 2009).
DEFINIÇÃO DO PROJETO
A pedagogia numa visão transdisciplinar, pressupõe uma postura dialógica, que se faz ao mesmo tempo,
entre as disciplinas, através das disciplinas e além de todas as disciplinas. Sua finalidade e a compreensão
do mundo atual, para o que um dos imperativos é a unidade de conhecimento. Essa pedagogia, por sua
vez, vem transmutando e se adaptando para as especificações da criança surda, visto que há uma
Pedagogia Surda totalmente voltada para o ensino-aprendizagem desses educandos (Vilhalva, 2004).
A Pedagogia Surda tem um sistema educativo próprio, abrangendo sem limite de lugar,
podendo
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