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O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO DESAFIO ESCOLAR

Por:   •  1/8/2016  •  Dissertação  •  7.672 Palavras (31 Páginas)  •  414 Visualizações

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CAPÍTULO II – O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO DESAFIO ESCOLAR

2.1. - A CONSTRUÇÃO E A IMPORTÂNCIA DO ROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO NA ESCOLA

O Projeto Político Pedagógico é mais que um documento, ele define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade, é a tradução dos anseios de toda a comunidade escolar. A participação de pais, alunos, professores e funcionários são de fundamental importância para a construção do mesmo, pois será através de leitura, discussão, trabalho participativo, reflexões, questionamentos a sociedade e a escola daquilo que se tem e que se quer, deve ser um momento de aprendizado para todos estes permitirá que juntos se construam novas práticas, através de fundamentações teóricas e estabelecendo princípios que orientarão e darão coerência ao trabalho do cotidiano escolar.

Mesmo sendo um documento de exigência normativa, o PPP é antes de tudo um documento ideológico e político, que visa, sobretudo resultados de aprendizagem, através da projeção, da organização e de um acompanhamento de todo o universo escolar. É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo. É político por considerar a escola como um espaço de formação e transformação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir. É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem. Ele mostra uma visão de tudo o que a escola pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias, tanto no que se refere a atividades pedagógicas, como às administrativas, portanto o PPP faz parte do planejamento e da gestão escolar num movimento de ação - reflexão - ação.

Sobretudo é imprescindível saber que além desse movimento de ação e reflexão é necessária uma avaliação e a utilização dos resultados obtidos, durante o processo, a mesma deve ter o envolvimento de todos da escola, para novas ações. "O PPP se torna um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazo”, diz Paulo Roberto Padilha, diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo.

A educação é prioridade de todos, por isso, precisa¬-se estabelecer metas para serem cumpridas a um espaço curto, médio e de longo prazo, onde a escola acompanha de forma gradativa as verdadeiras necessida¬des da comunidade escolar. Para que a escola alcance objetivos concretos, vale ressaltar a importância de que o corpo docente faça adequações necessárias para que seus alunos se¬jam capazes de aprender a serem conscientes de seus direitos e deveres, de li¬berdade e igualdade. Coerentes com as estratégias previstas na referida LDB, a instituição educacional tem como meta prioritária o desenvolvimento global do aluno, e para que isso ocorra, faz-se indispensável à integração entre educação e cultura.

Diante da oportunidade oferecida para a Lei 9394/96, onde cada es-cola pode organizar seu sistema de ensino de modo que atenda às necessidades e possibilidades, a Proposta Pedagógica deve ter como seu maior objetivo a contribuição para a formação do “homem” exercendo em sua plenitude o direito à cidadania e explorando as suas potencialidades.

2.1.2 - PARTICIPAÇÃO DOS CONSELHOS ESCOLARES NA GESTÃO DEMOCRÁTICA

A participação dos Conselhos Escolares na escola pública deve ser analisada cuidadosamente, a partir da tomada de decisões dos CE de forma funcional como uma sugestão de democratização das decisões na educação. O Conselho Escolar deve ter como horizonte a materialização de um Projeto Político Pedagógico que tenha como conjectura elementos constitutivos que se organizem num movimento dialético, implantado numa realidade histórica concreta, com abordes real, mas podendo, ao mesmo tempo, constituir-se em possibilidade, de ação política e prática enquanto avanço na perspectiva da gestão democrática da escola.

O Conselho Escolar é de fundamental importância no cotidiano escolar, deve ser atuante, participativo, tratar de assuntos da escola com transparência e seriedade, participar das questões administrativas e pedagógicas e auxiliar nas decisões de modo geral na unidade e tem como objetivo a socialização das atuações. A responsabilidade de dirigir uma escola é muito grande e não deve estar centralizada na mão de uma ou duas pessoas e sim, de todos aqueles que fazem parte da comunidade escolar e local, não podendo haver uma imposição do que deve ser feito. De acordo com Paro (2001), os conselhos escolares provocaram muitas esperanças de instalação de uma verdadeira democratização das relações no interior da escola pública. “Embora essas esperanças ainda estejam longe de se concretizarem, não há como negar que, a partir da existência dos conselhos, espaços foram sendo conquistados pela comunidade escolar”.

Infelizmente as ações não acontecem da forma como foram idealizados, mas dentro da escola deve-se discutir com o grupo em diversas reuniões objetivas a ideia de mudanças, quando as pessoas são ouvidas ou opinam, elas percebem que não está ali somente para trabalhar e sim para contribuir de alguma forma para as possíveis mudanças no caso para uma educação de qualidade; Neste momento são apresentadas várias apreciações para realização do trabalho. Não basta estar na escola, é preciso fazer parte do contexto, é necessário contribuir, ajudar a formar e transformar deve ser trabalhada numa gestão democrática e participativa, para construir uma escola com uma educação igualitária apropriando-se de conhecimento, direitos e deveres que contribuem para um espaço melhor, numa perspectiva social.A proposta é que haja acompanhamento por um Conselho funcional para planejamentos eficazes e coerentes com a realidade de cada escola numa interação unidimensional entre escola, comunidade e conselho.

Quando pensamos em escola democrática, estamos possibilitando a família e demais funcionários da escola, participar da tomada de decisões de todas as atividades escolares, dá-se a impressão de teremos uma bagunça generalizada ou seria surreal, todos juntos com os mesmos objetivos, nossos alunos. Acredito que a escola também é a porta de entrada para um novo horizonte e que pode sim, todos juntos contribuir para uma educação de qualidade em nossas escolas. O fator mais importante é a participação efetiva da família na escola, esse fator também é o mais complexo, trazer a família para a mesma. É bastante difícil

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