O Papel Social do Professor na Educação Inclusiva
Por: Viviaoc21 • 12/7/2020 • Artigo • 4.635 Palavras (19 Páginas) • 351 Visualizações
PATRÍCIA MARIA BARREIRO NUNES (RA: 8097899)
CURSO: PEDAGOGIA
A FUNÇÃO SOCIAL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Orientador: Prof. Alexandre José Cruz
Claretiano - Centro Universitário
BOA VISTA - RR
2020
A FUNÇÃO SOCIAL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivos analisar e compreender a função social do professor, enquanto mediador do processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais e avaliar sua qualificação e aptidão no processo adotado com esses alunos, com a função de proporcionar sua inclusão de forma competente, para atingir um resultado satisfatório. Para isso realizou-se um ensaio bibliográfico que traz uma memória histórica e jurídica sobre a educação inclusiva no Brasil, a organização escolar na perspectiva inclusiva e por fim a função social do professor na educação inclusiva. A metodologia escolhida foi a bibliográfica, a partir de leituras específicas sobre a educação inclusiva. Palavras-chave: Função; Social; Professor; Educação; Inclusão
- INTRODUÇÃO
A presente pesquisa pertence a área de estudos da educação, de forma específica na educação inclusiva. A necessidade de propor a discussão sobre a função social do professor na educação inclusiva surgiu devido à grande demanda de alunos com necessidades educacionais especiais que as escolas, tanto pública quanto privada, vêm recebendo em seus espaços e qual a função social do professor para com estes alunos.
O processo educacional é uma etapa da vida de suma importância, pois forma o alicerce na conduta e comportamento do indivíduo. É onde o indivíduo aprende a gerenciar suas limitações, barreiras e empecilhos. Será importante na elaboração e formação do seu caráter, que essa educação inclusiva ocorra já desde a sua infância. Para que isso ocorra de forma satisfatória, esse processo está conectado a aptidão dos professores, que devem estar qualificados para lidar com a situação, e ajustes na infraestrutura das instituições de ensino, com ferramentas novas e necessárias para favorecer essa inserção.
Dessa forma, os objetivos deste trabalho é analisar e compreender a função social do professor, enquanto mediador do processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais. Avaliar sua qualificação e aptidão no processo adotado com esses alunos, com a função de proporcionar sua inclusão de forma competente, para atingir um resultado satisfatório.
O presente trabalho foi desenvolvido com caráter de revisão bibliográfica, a partir de trabalhos elaborados e publicados por autores que abordem o tema, e ajudem na elaboração desta pesquisa, na questão que justificou o objetivo das reflexões sobre o mesmo. As técnicas abordadas serão através de leituras de autores, com a finalidade de buscar respostas e elucidações no processo de inclusão de alunos com necessidades especiais educacionais, bem como a importância do professor nesse processo.
Objetivando uma contextualização da discussão proposta, no desenvolvimento, serão apresentadas teorias que tratem do panorama histórico e jurídico da educação inclusiva no Brasil; a organização escolar na perspectiva inclusiva e por fim a função social do professor na educação inclusiva.
2.DESENVOLVIMENTO
2.1 Panorama histórico e jurídico da educação inclusiva no Brasil
A escola, até bem pouco tempo atrás, século XX foi planejada para atender um determinado perfil de aluno, entretanto, hoje, a demanda é diferente: temos estudantes muito diversificados. Essa demanda exige da escola uma reformulação e inovação em todo o seu sistema, com estratégias de ensino que possibilitem atender a todos os indivíduos.
Nesse víeis, a educação inclusiva traz consigo uma mudança valorativa da educação tradicional, o que implica desenvolver novas políticas e reestruturação da educação. Para isso, é necessária uma transformação do sistema educacional, ainda bastante exclusivo, direcionado para receber crianças dentro de um padrão de normalidade estabelecido historicamente. Com base nessa assertiva vejamos um breve panorama histórico e jurídico da educação inclusiva no Brasil.
Para uma incursão histórica na educação inclusiva no Brasil traremos quatro datas. A primeira séculos XVII e XVIII quando era possível notar uma grande discriminação por toda a sociedade promovendo situações infinitas de exclusão. Esses séculos foram marcados pela ignorância e rejeição do indivíduo com alguma deficiência. A sociedade, a família e a escola condenavam, em geral, essas pessoas em público de maneira extremamente preconceituosa, excluindo-os do estado social. Como por exemplo, os deficientes mentais, que eram internados em manicômios, internatos, até mesmo prisões que os tratavam como doentes anormais, “[...] na antiguidade as pessoas com deficiência mental, física e sensorial eram apresentadas como aleijadas, mal constituídas, débeis, anormais ou deformadas. ” (BRASIL 2001)
Nos meados do século XIX foi a fase de institucionalização especializada, quando os indivíduos que apresentavam deficiências eram segregados nas residências, era proporcionado a eles uma educação fora do espaço escolar, sem contato com outros estudantes, visando protegê-los da sociedade para que a mesma tivesse que suportar tal contato, isto é, uma forma de exclusão sem precedentes.
Já no século XX, de forma gradativa, partes da sociedade começam a valorizar as pessoas com deficiência, espalhando-se por todo o mundo através de movimentos sociais de luta contra a exclusão e discriminação em defesa de uma sociedade inclusiva. Mas, somente nos anos 90, surgiram os primeiros avanços nesse campo. Houve uma preocupação por parte do governo, em buscar métodos aplicáveis entre profissionais, para facilitar a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, na educação básica, na rede de ensino regular. E a responsabilidade em adotar maneiras de incorporar esses alunos, com a finalidade de atingir um ensino igual a todos, é da escola. Segundo Mantoan (2003) [“...] o processo de incorporar refere-se especificamente aos modelos de inserção escolar de alunos com deficiências, que compreendem um continuo de possibilidades, desde as classes comuns até locais específicos, como classes e escolas especiais” (MANTOAN, 2003, p. 09).
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