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O Papel Do Professor Nas Adaptações Curriculares Perante A Educação Inclusiva

Por:   •  24/9/2024  •  Artigo  •  4.413 Palavras (18 Páginas)  •  41 Visualizações

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O PAPEL DO PROFESSOR NAS ADAPTAÇÕES CURRICULARES PERANTE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Nilton Fábio de Oliveira Joaquim

RESUMO

O papel do professor nas adaptações curriculares perante a educação inclusiva é de extrema importância para garantir que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade, independentemente de suas diferenças e necessidades individuais. A educação inclusiva visa promover a participação e o aprendizado de todos os estudantes, incluindo aqueles com deficiências, dificuldades de aprendizagem e outros desafios educacionais. O presente trabalho tem como objetivo analisar qual papel do professor e como ele age sobre a adaptação curricular diante a educação inclusiva. A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1986. Evidencia-se também um breve conceito de inclusão social, necessidades educacionais especiais e integração. Para que haja de fato uma educação inclusiva é imprescindível que os professores busquem capacitação, aperfeiçoamento e formação continuada, a fim de proceder à mediação ao receber alunos com necessidades educacionais especiais, visando um ensino que respeite as diferenças e particularidades de cada indivíduo

Palavra-chave:  Educação inclusiva, professor, adaptações curriculares

INTRODUÇÃO

É um grande desafio aos professores o processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais, pois cabe a eles construírem novas propostas de ensino, atuar com um olhar diferente em sala de aula, sendo o agente facilitador do processo de ensino-aprendizagem.

Para tanto foi revisada a literatura, artigos que tratam do tema visando aumentar os conceitos sobre adaptação do currículo no meio escolar e o papel do professor, tendo em vista que estas são de grande importância para que o professor seja flexível suficiente para proporcionar um ensino individualizado e que atenda às necessidades de cada aluno.

A educação inclusiva iniciou-se a partir da necessidade de promover um processo de ensino a alunos com dificuldades de aprendizagem. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, garante que alunos com deficiência, transtornos de desenvolvimento global e altas habilidades sejam incluídos no âmbito escolar e tenham acesso a um atendimento especializado dos profissionais da educação. Sendo a adaptação curricular necessária para tornar flexível às necessidades do aluno, acrescentando objetivos ao currículo do aluno atendendo às suas especificidades.

O tema deste estudo foi escolhido devido a significância de que é preciso entender a problemática de que até onde o professor consegue enxergar as reais adaptações que o aluno precisa no ensino regular? Qual a função dos conteúdos curriculares e também a participação da família nesse contexto?  Além disso, poucos são os estudos que abordam sobre o tema, sendo necessários mais estudos que ampliem a conduta do professor perante as necessidades curriculares do aluno.

O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura, através de uma pesquisa bibliográfica nos bancos de dados Scielo, Lilacs e Portal de Periódicos da CAPES, de acordo com o padrão de estudo descritivo. entre outros, as quais objetivaram encontrar as respostas e soluções para os problemas no processo de inclusão e a importância do professor nesse processo.

Foram selecionados os materiais publicados entre os anos de 2002 e 2019. Os idiomas foram portugueses e inglês e utilizou-se a seguinte palavra-chave: Educação inclusiva, professor, adaptações curriculares

Foram incluídos artigos que tratassem sobre a função dos professores em relação a adaptação curricular. Como critérios de exclusão artigos que não abordassem sobre adaptações curriculares e que não fossem dos anos anteriores a 2002.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Educação inclusiva

Para Caceres (2009), Educação inclusiva é um conceito que se refere a um sistema educacional que busca atender a diversidade de alunos, incluindo aqueles com necessidades especiais, deficiências, habilidades diferentes, origens culturais diversas e outras características diversas. O objetivo da educação inclusiva é garantir que todos os estudantes tenham acesso a oportunidades educacionais significativas e enriquecedoras, independentemente de suas diferenças individuais.

O Brasil obteve um avanço importante no processo de educação inclusiva com a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, que em consonância com a Constituição Federal garante a todos os mesmos direitos.

 [...] a luta pela inclusão das pessoas com deficiência é fortalecida no mundo todo, abandonando a história de séculos de descaso e discriminação em relação às suas necessidades diferenciadas. (PIRES; SANCHES; TORRES, 2011, p. 02).

Sassaki (1997, p. 167) aponta o conceito de inclusão social como:

 Processo pelo qual a sociedade e o portador de deficiência procuram adaptar se mutuamente, tendo em vista a equiparação de oportunidade e, consequentemente, uma sociedade para todos (…) A inclusão significa que a sociedade deve adaptar-se às necessidades da pessoa com deficiência para que esta possa desenvolver-se em todos os aspectos de sua vida (SASSAKI, 1997, p. 167).

        Para Costa (2012), a educação inclusiva tem se transformado em uma realidade no plano das leis, mas permanecem várias resistências na convivência com as diferenças, na efetivação nas práticas e projetos institucionais que favoreça o acesso e participação de todos. Instalam-se diversas formas de exclusão quando o principal objetivo da Educação Inclusiva é a construção da escola que acolhe, agrega conhecimentos e valores morais, onde não existem mecanismos de discriminação.

        Conforme Caceres (2009), um dos princípios fundamentais da escola com práticas inclusivas é o de que “todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter” (UNESCO, 1994, p.4); e um dos grandes desafios encontrados atualmente para a realização de tais práticas nas escolas de ensino regular, está estritamente relacionado com as concepções dos professores que nelas atuam (CACERES 2009).

Conforme Costa (2012), os princípios fundamentais da educação inclusiva incluem requer de vários fatores como a acessibilidade que é  garantir que as instalações escolares, materiais didáticos e métodos de ensino sejam acessíveis a todos os alunos, incluindo aqueles com deficiências físicas, sensoriais ou intelectuais, adaptar o currículo e as estratégias de ensino para atender às necessidades específicas de cada aluno, proporcionando o suporte necessário para que todos possam aprender de forma significativa, reconhecer e valorizar as diferenças individuais dos alunos, promovendo um ambiente escolar que celebra a diversidade cultural, étnica, religiosa e socioeconômica, envolver pais, professores, profissionais de apoio e comunidade na criação de um ambiente educacional que atenda às necessidades de todos os alunos, adaptar o ensino para se adequar aos diferentes estilos de aprendizagem dos alunos, reconhecendo que cada indivíduo tem suas próprias capacidades e ritmos de aprendizado,  identificar as necessidades individuais dos alunos o mais cedo possível e fornece o suporte adequado para garantir que eles tenham oportunidades iguais de sucesso.

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