O Professor e a prática textual
Por: 190174 • 20/8/2018 • Trabalho acadêmico • 1.790 Palavras (8 Páginas) • 150 Visualizações
O PROFESSOR E A PRÁTICA TEXTUAL
Patricia Cristine Hess Mendes ¹
Viviane de Sousa da Rocha²
RESUMO
Este paper tem por tema central o professor e a prática textual, visando identificar o processo de reescrita como aprimoramento da prática textual, reconhecendo a importância da escrita no processo do desenvolvimento pessoal e refletindo assim sobre algumas possibilidades de trabalho com textos em sala de aula. Para subsidiar nosso paper, elegemos como apoio teórico as ideias de CAGLIARI ( 2009), JUNG (2012), FREIRE (1921), BOZZA (2008), dentre outros. No decorrer do artigo perceberemos a riqueza da vivencia de práticas reais de leitura e produção de textos diversificados, como o professor deve estar atento a esse aspecto, conduzindo o aluno a perceber que a aquisição deste conhecimento se torna dia a dia.
Palavras-chave: Professor. Prática textual. Aluno.
1. INTRODUÇÃO
A escola precisa assegurar a todas os estudantes a vivencia de práticas reais de leitura e produção de textos diversificados. A leitura é um processo por meio do qual compreendemos a linguagem escrita, sendo considerada uma pratica indispensável no processo de ensino-aprendizagem, para essa concepção, são importantes tanto orientar as práticas de usos reais de leitura e escrita em sala, tendo o bom senso na escolha do tema do texto, para que ele seja gradativo, de acordo com a faixa etária dos alunos com temas interessantes e desafiadores de acordo com as necessidades atuais.
Objetivos como promover familiaridade com o mundo dos textos no ambiente alfabetizador, onde o professor deverá explorar os gêneros textuais privilegiando a habilidade da escrita para a organização e a expressão de ideias.
A prática textual proporcionando uma ampliação dos conhecimentos favorecendo o desenvolvimento das habilidades cognitivas e autonomia dos educandos.
A seguir, apresentaremos algumas noções de texto, a importância da escrita e da leitura no desenvolvimento pessoal e iremos refletir sobre algumas possibilidades de trabalho com o texto em sala de aula.
2. O PROCESSO DE REESCRITA COMO APRIMORAMENTO DA PRÁTICA DE PRODUÇÃO TEXTUAL
Reescrever um texto significa moldá-lo visando a perfeição. Se tomarmos a palavra reescrita no seu sentido literal, concluímos que se trata de algo ligado à correção de possíveis falhas durante a construção textual.
Segundo Cagliari (2009, p.106) “A produção de um texto escrito envolve problemas específicos de estruturação do discurso, de coesão, de argumentação, de organização das ideias e escolhas das palavras, do objetivo e do destinatário do texto etc.”
Esse mesmo autor afirma que cada texto tem sua função, e todas essas formas precisam ser trabalhada na escola.
Segundo Leal, Albuquerque e Morais (2007, p. 72-73) apud Jung (2012, p.170):
A escola precisa assegurar a todos os estudantes – diariamente – a vivencias de práticas reais de leitura e produção de textos diversificados [...] ampliar experiências mais crianças e dos adolescentes de modo que eles possam ler e produzir diferentes textos com autonomia. Democratizar a vivencia de práticas de uso da leitura e da escrita e ajudar o estudante a, ativamente, reconstruir essa invenção social que a escrita alfabética.
Com o apoio de Schneuwly e Dolz (2004), achamos válido ressaltar o trabalho anual nas classes do ensino fundamental o trabalho com os seguintes gêneros de acordo com os tipos de texto:
- Textos da ordem do narrar: contos, fábulas, lendas.
- Textos de ordem do relatar: notícias, diários, relatos históricos.
- Textos da ordem do descrever: receitas, regras de jogo, regulamentos.
- Textos da ordem de expor: notas de enciclopédia, artigos voltados para temas científicos e conferências.
- Texto da ordem do argumentar: textos de opinião diálogos, argumentativos, cartas do leitor, cartas de reclamação, cartas de solicitação.
Percebemos que “ algumas atitudes da escola com relação à produção de texto são desastrosas. Minha opinião é que as crianças devem poder escrever o que quiserem como quiserem. (CAGLIARI, 2009, p.106).
A professora deve orientar quanto à forma do que se vai escrever, um bilhete, uma carta etc. A partir da produção de texto das crianças, podem-se fazer comentários a respeito de tudo o que se achar relevante, da ortografia à discursiva do texto produzido. Essa prática deveria ser bastante frequente, Pois é um excelente ponto de partida para todas as outras atividades escolares.[...] Deixar que os alunos escrevam redações espontâneas não dando muita atenção aos erros ortográficos e apostando na capacidade das crianças de escrever e de se auto corrigir com relação a ortografia que é de fato um estímulo e um desafio que o aluno sente no seu trabalho, uma motivação verdadeira para a escrita Essa é a melhor forma de valorizar as atividades dos alunos.[...] Além disso o controle ortográfico destrói o estímulo que a produção de um texto desperta numa criança. (CAGLIARI, 2009, p.106-107)
2.1 IMPORTÂNCIA DA ESCRITA E DA LEITURA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL
O ler e escrever são fatores indispensáveis, pois a leitura é uma ferramenta muito importante na construção do desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo, pois está diretamente associada ao desenvolvimento do conhecimento e raciocínio.
Saber ler e escrever é uma das aptidões mais proposta do ser humano na sociedade. Desde pequenos por estímulos de nossos pais aprendemos que ler e escrever são atividades não apenas importantes, como essenciais. Este conceito acaba sendo reforçado pela comunidade como um conjunto durante toda a nossa vida. A leitura é um processo por meio do qual compreendemos a linguagem escrita. Para essa concepção, são importantes tanto o texto, sua forma e conteúdo, como o leitor suas expectativas seus saberes sobre o assunto e objetivo que faz a leitura. É através da leitura que o homem descobre novos universos sem menos sair do lugar. Ler é uma técnica de expansão de si mesmo, a abertura para inúmeras possibilidades, o caminho para despertá-lo de seu potencial pleno.
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