O Projeto Educandos da EJA
Por: Monique Lemos • 8/8/2019 • Resenha • 3.001 Palavras (13 Páginas) • 243 Visualizações
Monique Lemos Araujo
A RELAÇÃO INTERPESSOAL DOS EDUCANDOS DA EJA NO ENSINO FUNDAMENTAL
GURUPI-TO
DEZEMBRO 2015
MONIQUE LEMOS ARAUJO
A RELAÇÃO INTERPESSOAL DOS EDUCANDOS DA EJA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário UNIRG como requisito parcial para a aprovação na disciplina Pesquisa Educacional II
Orientador: Prof. Me José Carlos R. da Silva
GURUPI-TO
DEZEMBRO 2015
MONIQUE LEMOS ARAUJO
INTRODUÇÃO
1.1 O CONTEXTO INICIAL DA PESQUISA
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de educação básica, que prepara o aluno, que não teve condições de estudar na época certa, ajudando-o a continuar os seus estudos.
De acordo com as palavras de SOARES e GALVÃO, 2004 “a educação de adultos existe desde o período colonial. Pode-se dizer que a mesma ocorria juntamente com a educação e catequese das crianças indígenas, sendo assim realizada com índios adultos e por parte dos jesuítas que apreendeu a língua desse grupo para catequiza-los e educa-los”.
A partir da década de 60 surgem novos movimentos para a Educação de Adultos, cuja principal referência foi Paulo Freire. As concepções que circunscreviam esses movimentos partiam do pressuposto que o analfabetismo brasileiro foi gerado por um processo histórico de constituição do nosso modelo econômico e de que o educando adulto é produtor de cultura e que pode e deve avaliar essa cultura e amplia-la criticamente. Vários programas foram desenvolvidos a partir desses princípios e de vários procedimentos desenvolvidos por Paulo Freire. Dentre eles podemos citar os programas desenvolvidos pelos educadores: do Movimento de Educação de Base (MEB); dos Centros de Cultura Popular (da UNE); dos Movimentos de Cultura Popular (Ação Educativa/MEC, 1996).
É na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) que a Educação de Jovens e Adultos irá se constituir como modalidade de Educação Básica sendo concebida como forma diferenciada do ensino regular e assumindo concepções e práticas construídas a partir das décadas de 50 que viam o jovem e adulto como sujeitos da própria aprendizagem (Freire, 1988).
Além da concepção da Educação de Jovens e Adultos como distinta da educação regular um novo paradigma vem sendo discutido na educação desses sujeitos para além do atendimento da EJA nas escolas regulares: a educação continuada para toda vida, já que esses jovens e adultos estão inseridos em sociedades pós-industriais onde há uma extrema valorização da educação.
“(...) está relacionada à aceleração da velocidade de produção de novos conhecimentos e difusão da informação que tornaram a formação continuada um valor fundamental para a vida dos indivíduos (...)” (Haddad e Di Pierro, 2000, p. 128)
A relação interpessoal dos educandos da EJA no ensino fundamental é essencial para o crescimento e transmissão do conhecimento.
E atualmente, na EJA há várias faixas etárias de educandos como: jovens, adolescentes, adultos e idosos, e em algumas escolas acontecem à exclusão de alguns alunos por motivo de preconceito, discriminação e que acabam fazendo com que muitos desistam de estudar provocando conflitos de gerações.
Os jovens e adultos populares não são acidentados ocasionais que, ou
gratuitamente, abandonaram a escola. Esses jovens e adultos repetem
histórias longas de negação de direitos, histórias coletivas.
As mesmas de seus pais, avós, de sua raça, gênero, etnia e classe social.
Quando se perde essa identidade coletiva racial, social, popular dessas
trajetórias humanas e escolares, perde-se a identidade da EJA e passa a ser
encarada como mera oferta individual de oportunidades pessoais perdidas.
(SOARES et al, 2005 - p.30)
Se houver uma boa relação com os educandos as suas habilidades e competências surgem com mais facilidade, e assim facilita uma relação interpessoal agradável em sala de aula, fazendo com que os educandos criem um elo visando o futuro e uma capacitação melhor no mercado de trabalho.
1.2 O PROBLEMA
Quais os fatores preponderantes na relação interpessoal dos educandos da EJA no primeiro segmento do ensino fundamental?
1.3 HIPÓTESES
- A relação interpessoal na sala de aula da Educação de Jovens e Adultos acontece de forma respeitosa e harmônica entre os educandos;
- O tratamento igualitário e democrático dispensado pelo professor aos seus alunos em sala de aula contribui para o bom relacionamento interpessoal dos educandos da EJA;
- A diferença de idade dos alunos da EJA interfere na relação interpessoal, fazendo que haja desistência, discriminação;
- Existe uma boa relação interpessoal entre aluno/aluno/professor.
2 JUSTIFICATIVA
Com a experiência e convivência nas aulas da Educação de Jovens e Adultos, surgiu o interesse em estudar este tema, diante da sua importância para a sociedade como um todo e em especial aos homens e mulheres que não tiveram a oportunidade de estudar na idade certa ou por algum fator tivera que abandonar os seus estudos.
Vale ressaltar que é necessária a compreensão por parte da sociedade no sentido de minimizar a discriminação daqueles que mesmo com a idade avançada se propuseram dar continuidade ou iniciar a sua vida escolar na Educação de Jovens e Adultos resgatando assim o tempo que ficou sem estudar. Neste sentido vale salientar ser necessário existir aceitação da sociedade dentro e fora da escola, bem como a autoconfiança por parte dos educandos nos seus potenciais para alcançarem o seu desenvolvimento.
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