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O Psicopedagogo e os novos desafios

Por:   •  23/4/2015  •  Seminário  •  1.432 Palavras (6 Páginas)  •  1.000 Visualizações

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O PSICOPEDAGOGO E OS NOVOS DESAFIOS EDUCATIVOS

(Ferran Ferrer Julià)

O capítulo analisado apresenta como idéia central algumas proposições e reflexões como suportes psicopedagógicos que levam a construção de ações e estratégias contribuintes para a ressignificação das vivências e desafios presentes no cotidiano escolar.

O autor abordou alguns temas referentes aos novos desafios para a educação, tais como: mudanças da sociedade X mudanças educativas, socialização, inclusão social e intercultural, função igualitária, diversidade na escola, padrões escolares, mercado de trabalho, formação de cidadãos, formação do psicopedagogo e do professor, relacionamento família e comunidade escolar e relacionamento professores e psicopedadogo.

Na nossa concepção, os desafios elencados acima, podem ser enfrentados com novos estudos, investigações, novas inserções teóricas e práticas no campo educacional. A psicopedagogia deve contribuir de modo significativo para a necessária revisão e inovação da prática escolar cotidiana, inserindo nos espaços e tempos institucionais novos paradigmas e novas dimensões para o ato educativo.

Com o auxílio do psicopedagogo o “ensinante” pode superar as possíveis dificuldades inerentes à realidade educacional, todavia este mesmo educador deve ter consciência de que não é o único elemento significativo em todo este movimento e sim o protagonista no que diz respeito às decisões pedagógicas.

Saber aprender e ensinar no século XXI é também enfrentar um desafio contextual de estarmos em processo de construção de uma sociedade de conhecimento que tem seu foco na produção intelectual com intensiva utilização das tecnologias da comunicação e da informação. O aluno de hoje deseja que sua escola reflita a sua realidade e o prepare para enfrentar os desafios que a vida social apresenta e, felizmente já não aceita ser educado com padrões absoletos e ultrapassados.

Somos invadidos cotidianamente por inúmeras informações e um dos maiores desafios é lidarmos com esta nova sociedade, cuja revolução nos meios de informação, mídia e tecnologia remete nosso pensar, refletir e agir sobre o como ensinar e aprender numa sociedade “aprendente”.

Os psicopedagogos devem estar comprometidos com a transformação da realidade escolar e com a clientela que recebe, possibilitando análise e ação reflexivas para a possível superação dos obstáculos que se interpõem ao pleno domínio das ferramentas de leitura de mundo e atuação coerente com a evolução e progresso da humanidade, pois a escola atual não tem conseguido acompanhar de forma eficaz o aluno que chega a ela , principalmente no que diz respeito a inclusão social e intercultural.

A ação desse profissional deve ser de forma holística e não de maneira isolada, visando favorecer a aplicabilidade de conceitos teóricos que lhes dêem novos contornos e significados, gerando assim, práticas mais consistentes que respeitem a singularidade de cada um e consigam lidar com as resistências da comunidade escolar.

A escola deve ser vista não apenas como um espaço de processo de aprendizagem de conteúdos educacionais, mas de cultura de valores, de pesquisa e experimentação, de socialização, respeito e interação rumo a flexibilização de atividades docentes e discentes.

Na sala de aula é preciso incorporar novas dinâmicas , contemplando a interdisciplinaridade , estimulando o desenvolvimento de relações interpessoais , o estabelecimento de vínculos, a utilização de métodos de ensino compatíveis com as mais recentes concepções a respeito desse processo, ampliando o olhar em torno do aluno e das circunstâncias de produção de conhecimentos.

Essa educação holística deverá ser concretizada nessa sociedade “aprendente” onde os valores presentes se encontram cada vez mais distantes de uma visão ética e cidadã. É preciso repensar e transformar a prática educacional e o sistema educacional vigentes, quiçá partindo de uma simples indagação que nos permite abrir um leque de reflexões: “Até que ponto a educação leva em consideração o fato do ser humano ser complexo (ao mesmo tempo físico, biológico, psíquico, cultural, social e histórico) ao executar o processo de ensino e aprendizagem?

RELAÇÃO DO FILME “HAPPY FEET” COM O TEXTO: O PSICOPEDAGOGO E OS NOVOS DESAFIOS EDUCATIVOS

Happy feet é um filme que apresenta alguns temas possíveis de serem trabalhados em sala de aula, como por exemplo, a questão ambiental (atividade que poderia ser interdisciplinar), a questão das diferenças individuais (inclusão social e as diversidades) e o relacionamento familiar.

Como idéia principal o autor do filme aborda a questão das diferenças individuais e do preconceito na sociedade, representados tão bem pelo protagonista do filme “Mano” – um pingüim que nasceu numa comunidade onde todos nascem com o dom de cantar e ele, por sua vez tem o dom de sapatear o que o diferencia dos demais.

Através dos desafios enfrentados pelo protagonista do filme, o autor nos mostra que devemos respeitar as diferenças, a compreender as raças, que temos que amar, aceitar e respeitar os que nasceram com algum problema, além de mostrar que os homens, principalmente os governantes não podem ficar parados sem defender e preservar o meio ambiente e seus moradores.

Associando o texto de Ferran Ferrer Julià ao filme Happy feet podemos dar ênfase a um dos maiores desafios do psicopedagogo na

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