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O Quadro Comparativo - Durkheim, Weber e Marx

Por:   •  9/4/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  643 Palavras (3 Páginas)  •  6.642 Visualizações

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Universidade Federal da Paraíba

Disciplina: Fundamentos sócio-históricos da educação Prof. Swamy de Paula Lima Soares

QUADRO COMPARATIVO – DURKHEIM, MARX E WEBER

Émile Durkheim

Karl Marx

Max Weber

Visão sobre sociedade

A sociedade cria mecanismos de reprodução de valores. Cada um tem um papel dentro das estruturas sociais (divisão social do trabalho). Visão funcionalista da organização social. A sociedade é vista como uma espécie de unidade harmônica, comparável ao corpo humano (órgãos e funções diferentes que trabalham de

forma equilibrada).

Análise da sociedade tendo como  referencia principal o conflito. A sociedade é movida pelo confronto das classes sociais, em um movimento de afirmações (tese), negações (antítese) e superações (síntese). No capitalismo, as lutas entre burgueses e proletariado têm como “pano de fundo,” as próprias

condições materiais de existência da sociedade capitalista.

Análise da sociedade tendo como referencia principal o conflito. É necessário entender as diversas motivações dos atores sociais e os sentidos que eles atribuem às suas ações. Sobre o capitalismo, dá ênfase à influência da moral (protestante) na criação de uma racionalidade que distingue o capitalismo

moderno de outras fases históricas.

Papel da ciência/cientista

A ciência deve ser objetiva. O método científico consagrado nas ciências naturais deve ser o parâmetro para a criação de normas para observação dos fatos sociais. Eles (os fatos sociais) devem ser tratados como coisas, a partir de uma postura neutra do cientista. O cientista deve descrever os fenômenos sociais sem interpretações subjetivas ou carregadas de

preconceito.

Não há separação entre a visão sobre sociedade e história (papel do intelectual/cientista) e o projeto político engajado numa “consciência de classe”. Não há sentido em se diferenciar o papel do cientista (quem analisa) do revolucionário (quem age). Negação da dicotomia teoria/prática. “Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo

Não existe neutralidade absoluta na ciência. O fato de o cientista escolher um objeto de estudo já significa uma “interferência”. Entretanto, não caberia a ciência “prescrever” como as pessoas deveriam agir. É necessário que o cientista siga de forma correta o método de análise sociológica que se distingue do método das ciências naturais (diferenças de

objeto e método).

Visões sobre educação

A educação é um meio encontrado pela sociedade para transmitir seus valores para as novas gerações. Visão conservadora de educação. O professor detém autoridade moral conferida pela sociedade para transmitir os conteúdos escolhidos pela própria sociedade. O Estado deve “zelar” para que os conteúdos socialmente relevantes sejam transmitidos nas escolas (públicas e privadas).

Não foi um “teórico da educação”, entretanto, seus pensamentos influenciaram diversas correntes educacionais ao longo de todo Século XX. Faz uma dura crítica às instituições burguesas, incluindo a família e a escola. A educação estaria situada dentro do contexto das classes sociais. Para os trabalhadores (proletariado) a educação não poderia distinguir as atividades teóricas e práticas (aproximação entre formação intelectual e formação para o trabalho).

Não foi um “teórico da educação”. Suas contribuições se dão, basicamente, no campo metodológico com a análise dos “tipos ideais”. Se uma sociedade tem como forma de dominação hegemônica o exercício do poder pela via do “carisma”  (dominação carismática) a educação deveria suscitar o desenvolvimento dos carismas requeridos pela sociedade. Da mesma forma, no caso de uma

sociedade baseada na dominação burocrática.

Visões sobre passado, presente e futuro

Visão positiva de uma sociedade “científica”, baseada em critérios/escolhas racionais. O passado deve ser analisado a partir dos valores que cada sociedade constituiu. Percebe-se, entretanto, uma “aposta” no futuro da sociedade moderna, altamente organizada a partir da

divisão social do trabalho.

Visão crítica sobre o presente (capitalismo do Século

XIX) e o passado. A história da humanidade é a história da luta de classes. Visão extremamente positiva do futuro; este está intimamente vinculado ao projeto revolucionário (revolução do proletariado) que acabará com o capitalismo.

Visão crítica sobre o passado e, principalmente, o presente (especialmente nos textos que se referem à política). Visão negativa sobre o futuro. A dominação burocrática poderia nos enquadrar em uma espécie de “jaula de ferro” (predominância da

técnica sobre a política).

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