O TRATAMENTO PSICOPEDAGOGICO
Por: Beatriz Carvalho • 10/8/2015 • Trabalho acadêmico • 1.006 Palavras (5 Páginas) • 306 Visualizações
O TRATAMENTO PSICOPEDAGOGICO
O tratamento psicopedagógico tem como principal objetivo, a eliminação do sintoma, ou seja, a eliminação do problema de aprendizagem (Bossa, 2000, p.106). Assim como o processo diagnostico é realizado no em um consultório, um ambiente que, ao mesmo tempo em que é equipado com recursos técnicos adequados, oferecem também um ambiente agradável para que a criança ou adolescente sinta confiança e conforto para demonstrar suas dificuldades para o Psicopedagogo. A relação psicopedagogo-paciente é mediada por atividades bem definidas, cujo objetivo é “solucionar rapidamente os efeitos nocivos do sintoma para logo depois dedicar-se a afiançar os recursos cognitivos” (Pain, 1986, p.77). No tratamento, a participação da família é fundamental, pois além de nos servir como referencia, é dada a ela uma serie de orientações, quanto à mudança de atitudes frente à dificuldade de aprendizagem, propiciando assim, uma reconstrução desse processo. Durante esse tratamento são realizadas diversas atividades para que as dificuldades de aprendizagem diagnosticadas sejam gradativamente trabalhadas e superadas. Para isso o psicopedagogo utilizará ferramentas como jogos e desenhos, leitura e escrita, conto de historias, computador e internet, entre outras que forem oportunas.
O ENQUADRE, A OPERACIONALIZAÇÃO E A INTERPRETAÇÃO.
O tratamento psicopedagógico (Bossa, 2000,p.106), pode ser dividido em três etapas principais:
O enquadre: refere-se ao inicio da ação terapêutica; que engloba elementos como, o tempo, o lugar, frequência, duração, material de trabalho e estabelecimento das atividades.
A operacionalização: é dividida em duas etapas (Diagnostico e Tratamento).
A interpretação: onde o psicopedagogo, interpreta as atitudes do paciente em todo o processo de tratamento, afim de que possa ver além do “aparente”.
Segundo Sara Pain (1986, p.72): “... o tratamento começa com a primeira entrevista diagnostica, já que o enfrentamento do paciente com sua realidade (esta que provavelmente nunca precisou se organizar em forma de discurso) o obriga a uma serie de aproximações, avanços e retrocessos mobilizadores de um conjunto de sentimentos contraditórios.” Geralmente quando a criança chega ao atendimento psicopedagógico, na maioria das vezes, já passou por um longo percurso junto a professores particulares. Muitas vezes esse recurso é eficiente e a problemática é resolvida, o que significa que a origem da dificuldade residia nas condições externas de aprendizagem, ou seja, numa má pedagogia. É possível que uma criança chegue ao consultório, com dificuldades na escrita por lhe faltarem recursos intelectuais, não sendo capaz ate mesmo de elaborar e testar suas hipóteses diante do novo conhecimento, esta dificuldade pode estar vinculada à privação cultural, a um ambiente pobre de estímulos necessários ao seu desenvolvimento intelectual ou pode estar relacionada a uma dificuldade de submeter-se a regras e normas, devido a um conflito edipiano. Essas duas queixas apresentam a mesma problemática, porem demandam formas distintas de intervenção, e essa por sua vez, dependera da abordagem pessoal do profissional, pois é a partir do sintoma que o psicopedagógico vai pensar as formas e possibilidades de tratamento psicopedagógico.
Sara Pain, póstuma que o profissional, para cumprir os objetivos e garantir o enquadre no trabalho psicopedagógico, deve adotar certas técnicas, tais como:
- Organização previa da tarefa;
- Graduação nas dificuldades da tarefa;
- Auto avaliação de cada tarefa, a partir de determinada finalidade;
- Historicidade do processo, de forma que o paciente possa reconhecer sua trajetória no tratamento;
- Informações a serem oferecidas pelo psicopedagogo, num nível em que possa integra-las ao seu repertorio intelectual e construir o mundo que habilita;
- E por fim, uma indicação como mais uma técnica necessária ao tratamento psicopedagógico.
O LUGAR DOS JOGOS NO TRATAMENTO PSICOPEDAGOGICO
O jogo, junto ao tratamento constitui uma excelente ferramenta terapêutica, pois do ponto de vista cognitivo, significa a via de acesso ao saber, funcionando como um catalisador de aprendizagem. O jogo é uma atividade criativa e curativa, pois permite á criança reviver ativamente as situações dolorosas que viveu passivamente, modificando os enlaces dolorosos e ensaiando na brincadeira as suas expectativas da realidade (Freud, vol.XX).
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