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O livro didático como possibilidade de mediação e inovações na sala de aula

Por:   •  15/9/2019  •  Resenha  •  1.227 Palavras (5 Páginas)  •  734 Visualizações

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Acadêmica: Bruna Vieira Bardt Littke

Professor: Lais Truzz

Matéria: Fundamentos no Ensino de Química

O livro didático como possibilidade de mediação e inovações na sala de aula

O capítulo em questão foi escrito por Andréa Horta Machado, Gerson de Souza Mól e Lenir Basso Zanon. Eles tentam demonstrar neste capítulo as histórias e as bases de três propostas pedagógicas publicadas na forma de livros didáticos que sinalizam possibilidades inovadoras para o ensino de química. São propostas diferenciadas, produzidas por grupos de pesquisa situados em diferentes estados do Brasil, mas com um ponto em comum: buscar incorporar nas práticas de sala de aula alguns avanços propostos pelas pesquisas em Ensino de Química.

No Brasil, a história do libro didático está associada às políticas públicas. Um fato importante foi a criação do Instituto Nacional do Livro (INL), incumbido de legislar e regulamentar a política brasileira do livro didático e consolidando sua produção. Um marco no início dessa história, foi a publicação do Decreto-Lei 1.006, de 1938, que no parágrafo 1° do artigo 2°, definia: “Compêndios são os livros que exponham, total e parcialmente, a matéria das disciplinas constantes dos programas escolares. Uma definição mais atual indica os livros didáticos “como um instrumento impresso, intencionalmente estruturado para se inscrever num processo de aprendizagem, com o fim de lhe melhorar a eficácia”.

Após várias mudanças na política nacional do livro didático, em 1985 foi instituído o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). A mudança mais importante é o fato de que a escolha do LD passa a ser feita pelo professor. Outra inovação decorrente do PNLD em 1996, foi a nomeação de comissões de especialistas que tinham como objetivo avaliar as obras do programa. O programa se estendeu ao ensino médio, sendo publicado em 2005 o edital do PNLEM/2007, que incluiu a disciplina de química. Em 2010 foi publicado novo edital para compra de livros de química. Nesses dois editais, duas editoras aprovaram coleções de obras mencionadas no texto: Editora Nova Geração e Editora Scipione.

Grupos de pesquisadores vinculados a universidades, juntamente com professores do ensino básico, passaram a produzir matérias didáticos que consideravam os avanços da área de ensino de ciências. Livros decorrentes de propostas experimentais. Tais livros ficaram conhecidos como materiais alternativos ou livros didáticos inovadores.

Uma das primeiras propostas de ensino apresentada pela comunidade do Ensino de Ciências foi o Projeto de Ensino de Química para o 2º Grau (Proquim), que tem como objetivo tornar o ensino de química mais atrativo e agradável, demonstrando como a química se insere em vários aspectos da vida atual.

É apresentado no texto os caminhos percorridos por propostas elaboradas por grupos de três universidades: UnB, UFMG e Unijuí. As propostas são:

 - Química e Sociedade: uma proposta coletiva de ensino – onde a universidade de Brasília (UnB) constituiu uma comissão para propor alternativas à seleção de candidatos aos cursos de graduação oferecidos pela instituição. A partir daí surgiu o projeto do Programa de Avaliação Seriada (PAS), a fim de trazer influência positiva sobre o ensino médio, favorecendo a formação de cidadania, a preparação geral para o trabalho e o desenvolvimento de competências e habilidades. Tinha como objetivo implantar um processo seletivo para os cursos de graduação na UnB alicerçado na integração da educação básica com a superior, visando a melhoria da qualidade de ensino em todos os níveis.

Em 1987, surgiu na universidade de Brasília, o Projeto de Ensino de Química em um Contexto Social (PEQS) e tinha como objetivo produzir e disponibilizar aos professores de química do Distrito Federal um material didático de química em consonância com o PAS. Desse trabalho surgiu a primeira edição do livro Química na Sociedade.

Em 2004 se previa a compra de livro didático em dois formatos: volume único para três séries ou coleção de três volumes. Isso se dava para que todo conteúdo ficasse disponível aos professores de todas as séries.

A proposta busca valorizar o pensamento crítico e não a memorização, que aprenda a resolver questões presentes na sociedade por meio do uso de conhecimentos químicos.

Química/Scipione: caminhos percorridos para tornar disponíveis em sala de aula aspectos da pesquisa em educação química – é uma proposta para abordagem de conteúdos de química no ensino médio. As primeiras atividades propostas e discutidas foram organizadas no que posteriormente veio a constituir a chamada apostila azul, que é um material contendo várias sugestões para abordagem de alguns conceitos geralmente abordados no primeiro ano do ensino médio.

Foi criado o Grupo Foco (Formação Continuada de Professores de Química e Ciências) na Faculdade de Educação da UFMG, onde se reuniam e discutiam as atividades propostas na apostila azul. Como consequência disso, verificou-se a necessidade de produção de atividades para serem adotadas no segundo ano do ensino médio. A partir daí surgiu a apostilha vermelha. No início as apostilas eram produzidas de forma artesanal, e posteriormente publicado por editora.

É importante para compreensão da proposta, a distinção entre conhecimento ritual e conhecimento de princípios, onde o ritual é um tipo particular de conhecimento relacionado aos procedimentos, ao saber fazer alguma coisa e de princípios é essencialmente explicativo, orientado para o entendimento de como os procedimentos e os processos funcionam.

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