OS FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA PORTFÓLIO
Por: CarolCampos92 • 6/5/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 796 Palavras (4 Páginas) • 382 Visualizações
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CLARETIANO – REDE DE EDUCAÇÃO
CAROLINA DE ARAUJO E CAMPOS
RA 8123303
FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA
PORTFÓLIO - CICLO 2
Rio Claro
2021
Segundo as psicolinguistas argentinas, Ferreiro e Teberosky, em 1974 iniciou-se uma investigação partindo da concepção de que a aquisição do conhecimento se baseia na atividade do sujeito e sua interação com o objeto de conhecimento e, demostraram que a criança antes mesmo de chegar a escola, já tem ideias e faz hipóteses sobre o código escrito, descrevendo assim os estágios linguísticos que são percorridos até a aquisição da leitura e escrita. As psicolinguistas desenvolveram também aspectos propriamente linguísticos da Psicogênese da língua escrita, descrevendo que o aprendiz formula hipóteses a respeito do código, percorrendo um caminho a ser representado por níveis pré-silábico, silábico, silábico-alfabético, alfabético. Segundo a pesquisa, essa construção segue uma linha regular, organizada em três períodos, onde dois deles configuram a fase pré-linguística ou pré-silábica e um iniciado no período silábico e terminando no alfabético.
Com isso, a Psicogênese da língua escrita descreve como o aprendiz se apropria dos conceitos das habilidades de ler e escrever, mostrando que a aquisição desses atos linguísticos segue um percurso semelhante àquele que a humanidade percorreu até chegar ao sistema alfabético. Sendo assim, o aluno na fase pré-silábica até a fase de alfabetizar-se, ignora que a palavra escrita representa a palavra falada, desconhecendo essa representação e precisando então entender o que a escrita representa e o modo de construção dessa representação.
Em um primeiro momento, no nível pré-silábico, o aprendiz pensa que pode escrever com desenhos, rabiscos, letras ou outros sinais gráficos, imaginando que a palavra assim inscrita representa a coisa a que se refere, ocorrendo um avanço quando se percebe que a palavra escrita representa o nome da coisa em si. E quando se aprende as letras que compõem o próprio nome, o aprendiz percebe que se escreve com letras e não desenhos. Após isso, quando o aprendiz for questionado sobre a quantidade de vezes em que se abre a boca para pronunciar uma palavra, começara a antecipar a quantidade de letras que devera registrar para escrever. Assim, há o avanço para o próximo nível de escrita, o silábico, o qual não tem valor sonoro e essa passagem de nível é feita com atividades de vinculação do discurso oral com o texto escrito, da palavra escrita com a palavra falada.
Diferentemente dos adultos, as crianças passam pelas fases pré-silábica e silábica até atingir finalmente a alfabética. Nesse nível, o aprendiz analisa na palavra suas vogais e consoantes, acreditando que as palavras escritas devem ser representadas pelas palavras faladas, com correspondência absoluta de letras e sons. Já estão alfabetizados, porém haverá conflitos ao comparar a escrita alfabética e espontânea com a escrita ortográfica, onde se fala de um jeito e se escreve de outro.
Com base na pesquisa de Ferreiro e Teberosky, o construtivismo foi introduzido no Brasil há mais de vinte anos, para contribuir na melhoria da qualidade da alfabetização, e foi adotada pelos mais importantes sistemas públicos de ensino. Porém, abalou as crenças e os fundamentos da alfabetização tradicional, mudando drasticamente a linha de ensino das escolas e levou os professores a um grande conflito. Os depoimentos dos orientadores e docentes envolvidos nessa proposta são unanimes, apontando uma séria dificuldade para a implantação a necessidade do abandono das técnicas silábicas de análise e síntese consideradas “tradicionais”, em favor da nova conduta, a didática do nível pré-silábico.
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