OS IMPACTOS DO DIVÓRCIO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Por: Marcela Lopes • 22/5/2017 • Trabalho acadêmico • 2.574 Palavras (11 Páginas) • 483 Visualizações
OS IMPACTOS DO DIVÓRCIO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.
Trabalho de pesquisa com situação problema do primeiro bimestre apresentado à disciplina de Psicologia de Desenvolvimento: Ciclo Vital
SUMÁRIO
Introdução .................................................................................... 4
Os danos da separação no convívio familiar.......................... 4
Situação problema.................................................................... 5
Reflexão..................................................................................... 7
Conclusão...................................................................................... 8
Referências .................................................................................. 10
Depois que preencher o sumário selecione a tabela e deixe-a oculta – ícone bordas – sem bordas.
INTRODUÇÃO
Trata-se de um contexto familiar, no qual, os pais decidem, em um acordo, que o divórcio é a melhor opção. Diante disso, procuram ajuda para lidar melhor com a situação do filho de apenas 8 anos.
Existe, por meio dos pais, o receio da aceitação da separação dos pais por parte do filho e se isso acarretará algum trauma, ou sentimento de rejeição, ou de abandono.
O objetivo desse trabalho é o de auxiliar os pais neste processo, buscando maneiras para que eles consigam lidar com o filho nesse novo processo de adaptação.
OS DANOS DA SEPARAÇÃO NO CONVÍVIO FAMILIAR
Toda separação é vivenciada com uma perda que se converte em sofrimento, tanto para os adultos quanto para as crianças que ainda se encontram na dependência psicológica e financeira dos mesmos. O desenvolvimento emocional da criança irá depender da maneira como cada membro conduz os fatos durante o processo judicial e emocional da separação.
Um grande parte dos problemas gerados pelo divórcio serão encaminhados para a esfera judicial, para que assim, possam ser resolvidos. Discórdias como: Quem ficará com a guarda dos filhos, valor da pensão, visitação e alienação parental, causam nas crianças, sentimentos de perda de um ou do outro, de confusão mental e incertezas. Há, também, o conflito da lealdade, que configura para a criança a condição de que quando ela estiver bem com um dos pais o outro estará se sentindo com raiva e traído pela sua escolha; o que muitas vezes favorece uma situação de dependência e submissão ao genitor alienador. É relevante ressaltar que as crianças tendem a reproduzir os padrões básicos de comunicação que os adultos utilizam entre si e se inseridas em um ambiente de brigas, chantagem e ameaças, passam a reutilizar esses mesmos recursos para obter o que desejam.
Segundo a abordagem sistêmica, a família deve ser considerada como um sistema, onde todos os seus componentes são interdependentes ou subsistemas, que cada membro da família afeta outro membro e a mudança em um membro causam mudança em todos os outros membros. Com isso um casal que vive a experiência do divórcio, esta afetará com certeza, todos que fazem parte deste sistema.
Para Giddens (1999), “os efeitos do divórcio na vida dos filhos serão sempre de difícil avaliação, porque não sabemos o que teria acontecido se os pais estivessem juntos” (p.102).
Este fato fica validado pela citação de Mcgoldrick (1995) que afirma ser o divórcio considerado um dos eventos mais estressantes para a família, só ficando atrás da morte de um dos cônjuges.
De acordo com uma pesquisa de Wallerstein (2000), filhos de casais separados sofrem mais de depressão e apresentam maior dificuldade no aprendizado, sendo deste próprio autor a melhor definição dos efeitos do divórcio na vida afetiva dos filhos:
“A maioria dos filhos do divórcio – vamos chamá-los dessa forma – atribui à separação dos pais grande parte de seus insucessos nos relacionamentos. A imagem negativa do casamento leva muitos a fazer péssimas escolhas de parceiros ou a fugir de compromissos. Cerca de 40% não consegue casar-se quando atinge a idade adulta. Há um contingente enorme de homens e mulheres na faixa dos 30 anos que, traumatizados com a experiência de seus pais, vivem sozinhos. Isso não significa, evidentemente, que eles não valorizem o amor, a fidelidade e o companheirismo. Apenas têm dificuldade em lidar com seus sentimentos e traduzi-los na construção de uma vida a dois. O dado paradoxal é que, apesar de tudo, o desejo de um casamento duradouro permanece irremovível. Nenhum dos adultos ouvidos por mim aceita a idéia de que o matrimônio é uma instituição falida.”
Por isso, quanto mais os pais tiverem a consciência de que a afetividade nas relações é a responsável pelo bem estar físico e emocional dos seus filhos, maiores serão as chances de um futuro satisfatório para todos.
SITUAÇÃO PROBLEMA
Salomão e Romana vão à sua procura para tentar resolver um problema prático com seu filho Salim que tem atualmente 8 anos. O casal resolveu se separar e busca uma orientação sobre o filho, pois têm dúvidas se ele conseguirá aceitar esse momento.
Para poder orientá-los, você necessita saber algumas informações sobre como foi o desenvolvimento da criança até aquele momento, para conhece-lo melhor.
Os pais contam que aos três anos Salim, sempre que possível buscava dormir na cama com eles. Para isso ele insistia muito, com suplícios e soluços. Após 3 ou 4 noites, os pais cediam, pois acabavam com pena da criança. Quando não cediam, ele dormia no próprio quarto, mas ao longo da madrugada, Salim mudava-se para a cama dos pais, entre os dois e os mesmos, muito sonolentos, nada faziam.
Aos 5 anos ele começou a frequentar a escola. Todos os dias selecionava quem ia buscá-lo: ora a mãe, ora o pai. E se caso os pais trocavam na hora de pega-lo, ele armava um gritaria na porta da escola e não queria ir embora para casa enquanto a pessoa desejada não chegasse. As professoras e a direção da escola achavam tudo muito estranho,
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