Orientação e Práticas em Projetos na Infância
Por: Melanea S • 27/9/2021 • Dissertação • 978 Palavras (4 Páginas) • 145 Visualizações
Devido a pandemia por Covid-19 que se instalou em fevereiro de 2020 no Brasil, através
do decreto municipal 46.966 de 11 de março de 2020 a prefeitura da cidade do Rio de
Janeiro decretou calamidade pública e comunicou a suspensão das aulas presenciais, a
professora segue desde então lecionando de forma remota, seguindo as orientações da
Secretaria de Educação.
A organização do trabalho docente tem se dado através de reuniões semanais com a
coordenação e equipe, sempre avaliando, estudando, se apoiando enquanto grupo
educacional. O planejamento é organizado individualmente, em pequenos grupos e
coletivamente. A professora salientou, contudo suas dificuldades e desafios, estando entre
eles a sua capacidade de reinventar sua pratica de ensino, pois ela não se identificava com
qualquer demanda que fosse virtual. “Precisei fazer um mergulho interno para me
transformar e seguir em frente! A alteração foi uma demanda maior, sobretudo cansaço
mental por ficar por muito tempo diante da tela. Contudo me redescobri junto com
crianças, aprendi muito com elas com as famílias e equipe. Tempo de muitos desafios
muito aprendizado”, ela afirmou.
Ao ser questionada sobre como foi feita a conexão inicial desse novo modelo educacional
(através dos meios de comunicação online), a educadora disse pedir licença para entrar
na casa das crianças, pois o contato precisou ser totalmente virtual. “Tive a oportunidade
de recebê-los na minha casa também” complementou. Dando continuidade sobre o
assunto ela comentou a respeito de como está sendo feita a avaliação das atividades
realizadas pelos alunos, e disse estar montando um relatório semanal através de registros
escritos e fotográficos dos encontros com as crianças. Para manter o contato com as
famílias e as crianças ela afirmou enviar semanalmente, bilhetes e vídeos pelo aplicativo
da escola ClassApp, onde há o agendamento de reuniões individuais e coletivas com as
famílias.
Trabalhar com uma faixa etária de crianças tão novas durante o este período de isolamento
social é no mínimo desafiador, ao perguntar sobre como foi feito para que as crianças se
adaptassem à esse novo ambiente, afinal, já estavam acostumadas com a rotina escolar
presencial, a educadora falou que com o intuito de promover o encontro afetivo entre as
crianças a instituição de ensino trabalhou por meio de imagens, também foi enviado um
e-book com fotos das crianças e dos adultos da turma. Esses materiais foram
acompanhados por registros afetuosos e saudosos. Para manter os vínculos também com
os outros adultos de referência da turma, foram gravados alguns vídeos com a
participação de todos que fazem parte da mesma.
Como o tempo de isolamento se estendeu, o planejamento precisou mudar, começaram
então os encontros virtuais com toda a turma, com pequenos grupos e também individuais.
O primeiro encontro aconteceu com o grupo todo. Foi proposto um piquenique e as
crianças puderam interagir e participar de acordo com o tempo e o envolvimento de cada
uma. O objetivo principal dos encontros é garantir para as crianças o afeto, o vínculo e os
seus direitos essenciais propostos pela BNCC: brincar, explorar, participar, expressar-se,
conhecer-se e conviver.
A BNCC estabelece seis direitos de aprendizagem e são eles que asseguram as condições
para que as crianças ‘aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel
ativo em ambientes que convidem a vivenciar desafios e sentirem-se provocadas a
resolve-los, nas quais possam construir significados sobre si,os outros e o mundo social
e natural’ (BNCC).
Os encontros têm acontecido três vezes na semana e, além de ser uma oportunidade de
estar mais perto de cada criança, também se tornaram um espaço de troca entre família e
escola. A configuração de aula foi mudada de acordo com o olhar do professor, da
coordenação, da equipe, demandas das
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