Os Direitos Humanos e Gênero
Por: Biancarscx • 5/7/2021 • Trabalho acadêmico • 2.018 Palavras (9 Páginas) • 114 Visualizações
MAPA CONCEITUAL DA DISCIPLINA DE “DIREITOS HUMANOS E GÊNERO”
1. DIREITO
A disciplina de Direitos Humanos e Gênero inicia-se com um breve contexto histórico
para que possamos nos situar e tentar entender em quais momentos esse tema tão
importante se tornou pauta também dos representantes políticos da época. É significativo
salientar, que antes do Golpe de 64, esse tema tinha apenas uma dimensão jurídica.
Foram décadas de construção mas também renegação de uma série de direitos que hoje
os indivíduos possuem, resultado de lutas daqueles que buscavam e ainda buscam
dignidade perante à sociedade e aos crimes cometidos por ditadores e corruptos.
Direito é um conceito amplo e histórico que pode ser ampliado (ou renegado) levando
em conta as necessidades do contexto. Por isso, é importante salientar a questão da
Ditadura - esse conceito se fortaleceu na resistência aos atos cometidos nela - junto aos
outros momentos históricos de precederam e sucederam o momento, como no governo
Getúlio Vargas, período o qual envolveu conquistas sociais apesar da falta de liberdade
política. Com a ditadura chegando ao seu final, apresentou-se a transição democrática,
período de construção do que futuramente charemamos de neoliberalismo. Para que essa
democracia fosse de fato impulsionada, a Constituição Cidadã de 1988, de Ulysses
Guimarães, foi elaborada. Esta levou em conta e inclusive utilizou documentos da
Declaração Universal de Direitos Humanos, de 1948, para pautar seus fundamentos. São
dois documentos jurídicos magnos, um internacional e outro nacional, que têm em
comum o fato de haverem sido elaborados em momentos pós-ruptura (Arendt, 1989;
Lafer & Fonseca Júnior, 1994).
Pode-se dizer então, que é impossível construir um conceito de Direito sem perpassar
pela história. Esse conceito, então, é nada menos que uma conquista: histórica e social.
Foi adquirido pela resistência das minorias em busca da dignidade de seus corpos e
mentes. A capacidade de ir e vir, de questionar, interrogar e propor debates, é direito. De
uma mulher, de poder fazer o que bem entender com seu corpo, sem ser questionada,
julgada e interrompida, também é direito. De uma criança, de poder ter acesso à
educação, ao lazer, ao respeito para que se construa como um ser digno, é direito. É mais
do que um conjunto de leis, é a oportunidade de interferir na sociedade e construir o
próprio caminho, dentro das leis, mas sem ser subjugado.
2. DIGNIDADE
Abre-se espaço então, para o conceito de Dignidade. O que é ser digno? Muito se
confunde esse conceito com a ideia de ser “correto” “respeitado”, além disso, é um termo
muito complicado de se explicar. Todavia, ele faz parte do Artigo I da Declaração
Universal de Direitos Humanos: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em
dignidade e direitos”. Dignidade, apesar de fazer parte da primeira página desse
importante documento, é um conceito que foi construído na essência do ser e depois
obteve valor jurídico. Trata-se de um valor que todos devem obter, seja qual for o seu
caminho. É a união de todos os Direitos. Direitos estes que sendo cumpridos, haverá
dignidade. Por exemplo: uma pessoa não perde (ou não deveria perder) sua dignidade ao
cometer um crime e ser restrita à liberdade na prisão. O indivíduo descumpriu uma lei,
foi julgado, irá para uma cela e lá cumprirá seus dias durante o tempo definido. Na teoria,
não deveria ser restrito de respeito, de alimentar-se apropriadamente, ter higiene
adequada, poder ver sua família dentro das regras, porque isso tiraria sua dignidade.
Porém, é o que acontece e constrói o cenário que hoje vemos nos presídios e na sociedade
como um todo. Toda vez que questionarmos isso, ou quando ouvimos que “direitos
humanos são para humanos direitos” devemos lembrar que direitos humanos são para
humanos e a dignidade destes jamais deverá ser retirada.
3. DIVERSIDADE
Acredito que não há exemplo melhor para ilustrar o conceito de diversidade como o
Brasil. Há diversidade de etnias, de cultura, religiosa, de gênero, de orientação sexual,
classe social, entre outros. Nosso primeiro contato com a diversidade, é, sem dúvidas, na
escola. Lá convivemos com histórias únicas e diferentes umas das outras e durante anos,
vamos moldando essa convivência. É completamente normal, para uma criança, que
ainda não possui sua personalidade totalmente definida, questionar o que lhe é
“estranho”. É dever dos pais e educadores ensinar a conviver harmoniosamente com essa,
para que possamos aprender que a “estranheza” é apenas algo diferente do nosso
mundo.É por isso também, que a escola tem o dever de ensinar sobre religiões além do
catolicismo,
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