Os Gêneros na Educação
Por: Melise • 4/5/2015 • Trabalho acadêmico • 864 Palavras (4 Páginas) • 202 Visualizações
Quando falamos em genero na educação, dois assuntos são evocados, sexualidade e a constatação de que a maioria dos professores da educação basica no Brasil são mulheres, numa proporção que aumenta conforme diminui a idadde dos alunos.
A sexualidade não pode ser entendida fora das relaçoes de genero, ela se reduz a esse campo, constituindo uma area propria. Genero não é sinonimo de mulheres, mas inclui homens, mulheres e tambem simbolos ligados pelo senso comum da feminilidade e a masculinidade. Esses simbolos não tem nada a ver com os corpos sexuados nem com a reprodução, são por exemplo, cores (rosa, azul), astros celestres (sol, lua), etc.
Uma das definiçoes de genero é como oposto e complementar de sexo, como aquilo que é socialmente construido em oposição ao que seria biologicamente dado. Outra definição de genero não se opoe a sexo, mas inclui a percepção do que seja sexo, uma vez que assume que as proprias diferenças entre os corpos são percebidas sempre por meio de codificaçoes e construçoes social de significado. Assim, genero seria uma parte importante dos sistemas simbolicos e, como tal, implicado na rede de significados e relaçoes de poder de todo o tecido social, sendo assim, genero tem sido usado para referir-se a toda construção social relacionada a destinção e hierarquia masculino/feminino, incluindo tambem aquelas construçoes que separam os corpos em machos e femeas, mas indo muito alem disso.
Genero e sexo não são tomados como opostos e nem mesmo complementares, pois, a sociedade não é apenas forma a personalidade e o comportamento, ela tambem determinaas maneiras nas quais o corpo é percebido. Mas se o corpo é ele proprio sempre visto por meio de interpretação social, entao o sexo não é uma coisa separada de genero, mas, ao contrario, é algo subsumido de no genero( NICHOLSON)
Para Joan Scott, os significados de genero e sexo seriam construidos a partir da observaçao da diferença e do contraste; e a diferença sexual seria “ um modo principal de dar significado a diferenciação”
Para Scott e Linda Nicholson, o genero não é um conceito que apenas descreve as interaçoes entre homens e mulheres, mas uma categoria teorica referida a um conjunto de significados e simbolos construidos sobre a base de percepção da diferença sexual e que são utilizados na compreensao de todo o universo observado, incluindo as relaçoes sociais e, mais particularmente, as relaçoes entre homens e mulheres.
A lenta democratização do sistema educacional brasileiro, ao longo da segunda metade do seculo XX, beneficiou de forma marcante as mulheres. De acordo com os dados do Ministerio da educação (MEC/ Inep, 2004, 2006) e do IBGE(2004), em 1960 os homens acima de 15 anos de idade tinham em media 2,4 anos de escolaridade e as mulheres 1,9; já em 2003, eles estudavam 6,4 anos em media e elas 6,7. Em 2005, as moças representavam 54% dos alunos no Ensino Medio, e quase 58% dos concluintes. No Ensino Superior, elas são maioria desde os anos 1980 e em 2004 passavam de 62% entre os concluintes.
Segundo Fulvia Rosemberg trata-se de um processo de diferenciação crescente que resulta, por exemplo, no fato de que os homens jovens apresentam indices de analfabetismo funcional (menos de quatro anos de escolaridade) muito mais alto do que as mulheres jovens. No que refere-se a adequação entre serie e idade, o atraso na escolarização é menos intenso para as mulheres do que para os homens tanto entre brancos quanto entre negros e em todas as faixas de renda. Contudo, nos setores médios e entre as famílias mais abastadas, a diferença é significativamente menor do que entre as famílias de mais baixa renda. Do ponto de vista racial, embora o conjunto dos indicadores seja pior para pessoas negras de ambos os sexos, os homens negros( pretos e pardos) apresentam maior defasagem idade serie e mais altos indices de analfabetismo do que as mulheres negras.
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