Os Livros Infantis E Seus Discursos
Por: edinilsonlima19 • 21/7/2023 • Resenha • 730 Palavras (3 Páginas) • 121 Visualizações
OS LIVROS INFANTIS E SEUS DISCURSOS.
BOTTON, Andressa
BOTTON, Andressa. “E o prêmio vai para...”: os estereótipos de gênero nos livros infantis premiados na última década. Orientadora: Dra. Marlene Neves Strey. 2011. Dissertação de Mestrado (Graduação Psicologia Social) - Faculdade de Psicologia PUCRS, Porto Alegre, 2011.
Doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS/2017). Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS/2011). Graduada em Psicologia pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA/2009). Psicóloga da Divisão de Ingresso, Mobilidade e Acompanhamento (DIMA) na Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGESP) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Colaboradora no Grupo de Pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais no Programa de Pós-Graduação da PUCRS. Membro da Comissão de Psicologia Organizacional e do Trabalho do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul (CRP-RS). Revisora dos periódicos: Estudos e Pesquisas em Psicologia (On line), Revista Psico, Cadernos Pagu e Revista de Psicologia da IMED. Membro do Conselho Editorial da Revista Psicologia em Foco.
No texto podemos observar que a autora faz uma análise detalhada de obras da literatura infantil e segundo ele podemos observar que, parte dos clássicos da Literatura Infantil reforça estereótipos atribuídos à figura feminina. Nas obras da Literatura Infantil esses estereótipos estão bem reforçados. Há obras literárias que definem o comportamento meigo, as cores claras e ações delicadas como atributos femininos. Já o lado masculino é fortemente representado pelos príncipes e heróis, responsáveis pelos atos de bravura e coragem.
Atravez do texto podemos entender que a sociedade contemporânea baseia-se na heterossexualidade obrigatória, ou seja, o que define se o sujeito é homem ou mulher são o seu sexo fisico, e que desde a descoberta do sexo uma série de atribuições são feitas à criança, determinando papéis e expectativas que geralmente estão associadas a representações sociais ligadas a cada sexo. Segundo a autora geralmente os padrões impostos pela sociedade associam a figura feminina ao sexo frágil, totalmente dependente da figura masculina e os preconceitos e estereótipos estão difundidos na sociedade inclusive nas artes e na literatura.
Os estereótipos estão presentes até mesmo em livros e contos voltados ao público infantil. As princesas, sempre bonitas, meigas, frágeis, submissas e totalmente dependentes dos homens, são representadas em grandes clássicos da literatura infantil e a figura masculina sempre salva a garota indefesa. Segundo a autora, a figura feminina também sempre está ligada ao casamento, ter filhos e ser submissa à figura masculina, já o homem é sempre representado como detentor do poder sobre as mulheres e a figura feminina fica subordinada a ele, a figura masculina é representada com vantagem em relação à mulher.
A obra citada é muito importante, ela ajuda o leitor a encontrar uma trilha de reflexão e sistematização sobre o assunto, pois as questões de gêneros no texto são discutidas de forma clara e objetiva. Não podemos mais tolerar que cada gênero seja destinado a seguir os modelos estabelecidos ao longo da história. Esses modelos vêm fortemente legitimando a discriminação na sociedade. Assim, somos manipulados a reproduzir e legitimar os padrões socialmente impostos como verdades inquestionáveis. Não são questionadas as condições que nos são impostas e são permitidos que esses fatos persistam. Sem interromper esse ciclo, as questões que distinguem os gêneros continuam a se perpetuar de maneira acelerada e manipuladora.
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