RESENHA DE PARTE DO LIVRO “A ORDEM DO DISCURSO”

RESENHA DE PARTE DO LIVRO “A ORDEM DO DISCURSO”

Patrícia Christina Genázio Pereira¹

¹Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Graduanda em Ciências Ambientais.^[a]

Michel Foucault foi um filósofo francês nascido em Outubro de 1926. Durante sua vida acadêmica estudou filosofia^[b] e psicologia, escreveu obras muito conhecidas e importantes para o desenvolvimento da filosofia e antropologia^[c], como: “A história da loucura”, “A história da sexualidade”, “As palavras e as coisas”, “Vigiar e punir”, “A ordem do discurso”, entre outros.

O livro “A ordem do discurso” é uma reprodução da aula inaugural de História dos Sistemas de Pensamento no Collége de Frace^[d] ministrada^[e] por Foucault em Dezembro de 1970. Ele foi utilizado como base para elaboração desta resenha^[f], contudo vale ressaltar que foram usadas apenas as primeiras 21 páginas do texto durante a produção da mesma.

         Foucault inicia o livro falando^[g] sobre como o discurso aplicado por uma determinada sociedade tem sido objeto de poder e este vem sendo usado como um mecanismo de exclusão e interdição de outros discursos, aqueles vistos como não “adequados” ao meio. Em seguida^[h] ele vai se aprofundando e explicando sobre cada um dos sistemas de exclusão que são ^[i]utilizados para interferir e controlar os discursos, são eles: a palavra proibida, a segregação da loucura e a vontade de verdade.

        A palavra proibida é descrita como a restrição da fala devido à presença de um jogo de poder entre as partes. Pode referir-se às interdições feitas àquelas pessoas pouco relevantes, quando sua palavra pode ser facilmente ignorada ou refutada. Dentro do discurso de exclusão da palavra proibida, este ato é definido como direito privilegiado ou exclusivo do sujeito que fala, além dessa, Foucault também fala de outras subdivisões: tabu do objeto e ritual das circunstancias.

        A segregação da loucura é abordada como a diferença entre ter razão e ser louco. Aquele que discorre como louco não tem seu discurso levado em consideração, é tido como irrelevante, seu discurso é rejeitado perante a sociedade. Ou seja, o louco tem seu discurso anulado apenas pelo fato de ser louco, mesmo quando tem razão.

        Quanto à vontade da verdade, o item mais extenso dos três e por vezes o mais complexo também, é tido como a separação, diferenciação^[j][k], entre o verdadeiro e o falso. Tem-se como verdadeiro somente aquilo que foi imposto e validado pelas instituições.

        Posso dizer que o livro é muito interessante, principalmente para aqueles que apreciam a área de ciências humana.^[l] Seus exemplos, por vezes, são complexos e sua linguagem muito rebuscada, por isso necessita de grande atenção para que assim haja uma boa compreensão e interpretação do texto como um todo. Pode-se notar que é um livro que força o leitor a pensar bastante. Indico o livro para aqueles que já têm alguma noção sobre o assunto e desejam aprofundar os estudos.

Bibliografia:

FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso: Aula inaugural do Collège de France, pronunciada em 2 de Dezembro de 1970. 5º edição. São Paulo: Editora Loyola, 1999.

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RESENHA DE PARTE DO LIVRO “A ORDEM DO DISCURSO” – 2º edição

Patrícia Christina Genázio Pereira¹

¹Graduanda em Ciências Ambientais, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

        

Michel Foucault foi um filósofo francês nascido em Outubro de 1926. Durante sua vida acadêmica estudou Filosofia e Psicologia, escreveu obras muito conhecidas e importantes para o desenvolvimento de várias áreas do saber, como: “A história da loucura”, “A história da sexualidade”, “As palavras e as coisas”, “Vigiar e punir”, “A ordem do discurso”, entre outros.

O livro “A ordem do discurso” é uma reprodução da aula inaugural de História dos Sistemas de Pensamento^[m] no Collège de France, ministrada por Foucault em Dezembro de 1970. Ele foi utilizado como base para elaboração desta resenha que fala sobre as primeiras 21 páginas do livro citado.

        Foucault inicia o livro abordando sobre como o discurso aplicado por uma determinada sociedade tem sido objeto de poder e este vem sendo usado como um mecanismo de exclusão e interdição de outros discursos^[n], aqueles vistos como não “adequados” ao meio. Em seguida, ele vai se aprofundando e^[o] explicando sobre^[p] cada um dos sistemas de exclusão utilizados para interferir e controlar os discursos, são eles: a palavra proibida, a segregação da loucura e a vontade de verdade^[q].

        A palavra proibida é descrita como a restrição da fala devido à presença de um jogo de poder entre as partes. Pode referir-se às interdições feitas àquelas pessoas pouco relevantes, quando sua palavra pode ser facilmente ignorada ou refutada. Dentro do discurso de exclusão da palavra proibida, este ato é definido como direito privilegiado ou exclusivo do sujeito que fala, além dessa, Foucault também fala de outras subdivisões: tabu do objeto e ritual das circunstancias^[r].

        A segregação da loucura é abordada como a diferença entre ter razão e ser louco. Aquele que discorre como louco não tem seu discurso levado em consideração, é tido como irrelevante, seu discurso é rejeitado perante a sociedade. Ou seja, o louco tem seu discurso anulado apenas pelo fato de ser louco, mesmo quando tem razão^[s].

        Quanto à vontade da verdade, o item mais extenso dos três e por vezes o mais complexo também, é tido como a separação, a diferenciação, entre o verdadeiro e o falso. Tem-se como verdadeiro somente aquilo que foi imposto e validado pelas instituições^[t].

        Posso dizer que o livro é muito interessante, principalmente para aqueles que apreciam a área de ciências humanas^[u]. Seus exemplos, por vezes, são complexos e sua linguagem muito rebuscada, por isso necessita de grande atenção para que assim^[v] haja uma boa compreensão e interpretação do texto como um todo. Pode-se notar que é um livro que força o leitor a pensar bastante. Indico o livro para aqueles que já têm alguma noção sobre o assunto e desejam aprofundar os estudos.