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PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

Por:   •  9/12/2018  •  Resenha  •  711 Palavras (3 Páginas)  •  177 Visualizações

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FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários a à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra. 1996.

Paulo Reglus Neves Freire foi o mais célebre educador brasileiro, é considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno, e o objetivo da escola ensinar o aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo.

O educador criticava o sistema tradicional de educação. Por esse motivo elaborou novos métodos de ensino e lançou várias obras literárias com ricos conteúdos para a área de educação. Dentre elas podemos citar o livro “Pedagogia da autonomia” da coleção leitura, que faz análises e sugestões relevantes para uma reflexão sobre a prática educativa em favor da autonomia do educando. 

Nesta obra defende-se uma pedagogia fundada na ética, no respeito, na dignidade e na autonomia do educando. Questionando e criticando a função de educador autoritário e conservador, que não permite a participação dos educandos, suas curiosidades, e as suas vivências adquiridas no decorrer da vida e do seu meio social. Freire criticava também a ideia de que ensinar é transmitir saber porque para ele a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos.

Por meio de vários argumentos em prol de um ensino mais democrático entre educadores e educandos, ele afirma que todos nós somos seres inacabados, em constante aprendizado. Todo indivíduo, seja educador ou educando, deve estar aberto a curiosidade, ao aprendizado durante seu percurso de vida. Nesse sentido, destaca a importância dos educadores e suas práticas na vida dos alunos. Atitudes, palavras, simples fatos advindos do professor poderão ficar marcados pelo resto da vida de uma pessoa contribuindo positivamente ou não para o seu desenvolvimento.

Ressalta também que o educador deve estar aberto a aprender e trocar experiências com os educandos, pois a vivência destes merece respeito. Ninguém ensina nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas pois, segundo Freire, os homens se educam entre si mediados pelo mundo. Isso implica um princípio fundamental: o de que o aluno, alfabetizado ou não, chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior do que a do professor. Em sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, um com o outro - e para isso é necessário que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade de se expressar. Isso garante um ensino mais dinâmico, permitindo o desenvolvimento da curiosidade sobre o fazer e o pensar sobre o fazer.

Ensinar, para Freire, requer aceitar os riscos do desafio do novo, enquanto inovador, enriquecedor, e rejeitar quaisquer formas de discriminação que separe as pessoas em raça, classes. O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. O professor que desrespeita a curiosidade do educando, os seus gostos pessoais, a sua inquietude, a sua linguagem, o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que "ele se ponha em seu lugar”, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência, que é o respeito ao próximo. Acima de tudo, ensinar exige respeito à autonomia do ser, do educando.

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