PROPOSTA DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO DIANTE DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NO ESPAÇO EDUCATIVO
Por: cidelle • 14/10/2016 • Trabalho acadêmico • 9.873 Palavras (40 Páginas) • 3.316 Visualizações
4 PROPOSTA DE TRABALHO
PROPOSTA DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO DIANTE DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NO ESPAÇO EDUCATIVO
4.2 Dados Gerais do Projeto
- Identificação da instituição:
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Francisco Elenilson Negreiros, está situada no Município de Porto Velho, funciona pela manhã e tarde, com o total de 746 alunos do primeiro ano do ensino fundamental ao 5° ano do ensino fundamental, ela foi fundada em fevereiro de 2008, sua estrutura física e composta de quinze salas de aulas, secretaria, pátio interno, quadra aberta, refeitório, cozinha, sanitários feminino, sanitários masculino, sanitários para professores, sala de leitura em andamento, laboratório de informática, quadro negro, 2 bebedouros, uma copiadora (xerox), duas televião, dois aparelhos de DVD, um aparelho de som, acesso à internet; no que se refere aos profissionais a escola conta com uma diretora uma vice-diretora, uma coordenadora, seis funcionários para serviços gerais, possui um corpo docente composto por quinze professores com formação em pedagogia e dois professores com formação em Ed.Fisica, ) a Escola conta também com um porteiro, um secretário, um orientador, um supervisor e um coordenador. A escola não conta com profissionais de apoio como (nutricionista, psicólogo, dentista, fonoaudiólogo, enfermeiro; assistente social )
- Carga horária: 08:00 horas
- Acadêmico (a) ou profissional, responsável em aplicar o Projeto:
- Pedagoga: Nilza C.De B. Vieira passará este projeto para os professores para que seja executado com todas as turmas.
- Temática:
- Reflexão sobre bullying
- Objetivo geral:
- Refletir e pesquisar sobre as consequências do bullying
- Objetivos específicos:
- Construir uma proposta de regras de convivência contra o bullying no espaço escolar e fora dele.
- Solucionar problemas referentes a temática que vem acontecendo no interior das salas de aula e se propagando pela escola.
- Refletir sobre a necessidade de desemvolver ações educativa contra o bullying na E.M.E.F. Francisco Elenilson Negreiros.
- Metodologia:
Este projeto será desenvolvido através de leituras discussão de textos, trabalhos em grupos, contação de histórias:
- Confecção de de cartazes e revistas em quadrinhos;
- Produção textual;
- Confecção de cartilhas com regras de boas vivências;
- Musicas;
- Apresentação de filmes;
- Contações de histórias;
- Recursos:
cartolina, papel sulfite, lápis de colorir, aparelho de som, CD, DVD televisão livro de história.
- Avaliação: a avaliação será continua processual, de forma natural, através do diálogo diário, registros de atividades vivenciadas ao longo dos trabalhos. O processo será espotâneo e verificará o potencial e a competência em relação a temática, bem como a capacidade de mudança de comportamento mediante o conhecimento adquirido.
4.3 Referencial Teórico
Observa-se que os pesquisadores, de forma geral, ao dissertarem sobre as supostas “causas” do que chamam bullying, dentre as quais se destacam os fatores econômicos, sociais, culturais e particulares, não as problematizam. Tal atitude desemboca na defesa da expressão genérica do “educar para a paz” utilizada por Fante (2005). Desta forma, as influências familiares, de colegas, da escola e da comunidade, as relações de desigualdade e de poder, a relação negativa com os pais e o clima emocional frio em casa parecem considerados naturais e apartados das contradições sociais que os produziram. Consequentemente, o que ocorre é a prescrição do bom comportamento e da boa conduta moral via imperativos de como se deve ou não agir frente àquele que parece diferente, tem um velho ditado popular o qual não se deve fazer com os outros o que não quer para si mesmo. Embora tais estudos tenham o mérito de desenvolver classificações e tipologias que tornam visíveis determinadas manifestações de violência, nota-se a importância de que tais definições sejam estudadas à luz das mediações sociais que as determinam. O foco do gestor em relação ao bullying deve se voltar para a recuperação, de valores essenciais, como o respeito pelo que o alvo sentiu ao sofrer a violência. A escola não pode agir com o autor em forma de agressão, humilhação ou até mesmo puni-lo com medidas drásticas como, por exemplo, fazê-lo se ausentar do intervalo causando assim um mau relacionamento com os colegas.
As consequências para as ‘ vitimas” desse fenômeno são graves e abrangentes, provendo no âmbito escolar o desinteresse pela escola déficit de concentração e aprendizagem, a queda do rendimento, o absentismo e a evasão escolar, como mostra o artigo de Daniela Demski Adário. É necessário estar atento ao bullying nas escolas, porque é lá que as crianças se tornam serem indepenndentes e auto-determinados para enfrentar o seu futuro e as vítimas de bullying ao não exporem o seu caso talvez não tenham tanto sucesso no futuro como as outras que nunca o sofreram ou eram os agressores. Quando ocorre esse problema é necessário a vitima procurar uma pessoa de confiabça, procurar os pais, o diretor da escola, um psicólogo qualificado e competente e contar o problema.
[pic 1]
[pic 2]
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
NOME DO CURSO
NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA
TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo do Trabalho, Se Houver
[pic 3]
Cidade
Ano de entrega
NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA
TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo do Trabalho, Se Houver
Trabalho apresentado ao Curso (nome do curso) da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina [Nome da Disciplina].
Prof.
Cidade
Ano de entrega
BEATRIZ SOARES REIS¹
RESUMO
Este trabalho busca apresentar uma breve discussão teórica a respeito da importância da leitura e suas dificuldades em sala de aula, bem como refletir sobre os fatores que contribuem essencialmente para a realização dessa habilidade. Para isso respaldo em alguns teóricos que propõem discussões e esclarecimentos a respeito da temática e, a partir dos aspectos teóricos discutidos, mostrar a importância de se trabalhar a leitura e suas dificuldades em sala de aula, considerando e explorando os diversos aspectos que conduzem o aluno a uma visão mais ampla do assunto, e por fim, ratificar a necessidade de uma prática de ensino de leitura que seja significante e satisfatória e que motive os alunos a realizarem leituras futuras.
Palavras-chave: Leitura. Alunos. Comportamentos e Dificuldades
RESUMEN
Este trabajo busca presentar una breve discusión teórica sobre la importancia de la lectura e sus dificultades en clase y reflexionar sobre los factores que contribuyen esencialmente para la realización de esta capacidad. Para apoyar esta teoría, me baso en algunos teóricos que proponen que los debates y aclaraciones sobre la temática y partiendo de los aspectos discutidos Teóricamente, muestran la importancia de trabajar en la lectura y sus dificultades en la clase, examinar y explorar los diferentes aspectos que conducen a los estudiantes a una visión más amplia del tema, y finalmente, la necesidad de ratificar una práctica de la enseñanza y de la lectura que sea significativa y satisfactoria, que motiven a los alumnos a llevar a cabo las futuras lecturas.
Palabra llaves: lectura, alumnos, comportamiento e dificultades.
¹ Acadêmica da Universidade Vale do Acarau-UVA, do curso de Licenciatura Plena em Letras. Macapá, 10/05/2010. bia_soaresap@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO
A leitura representa uma atividade de grande importância para a vida de cada indivíduo. É através dela que podemos interagir e compreender o mundo a nossa volta e sua própria formação, realizar atividades que contribuem para o nosso crescimento e parto e para agir ativa e criticamente na sociedade.
No que se refere ao ensino da leitura no âmbito escolar, pode-se verificar que há muitas discussões, a respeito do assunto. Dentre as discussões, a principal preocupação está na importância e nas dificuldades par o ensino de leitura em sala de aula.
As dificuldades de leitura em sala estão ligadas ao desenvolvimento das habilidades na escrita que são perceptíveis pelas alterações, nas habilidades necessárias na composição de um texto.
Nesse artigo busco fazer uma breve abordagem a respeito da importância da leitura em sala de aula e em seguida, decorrer sobre as dificuldades que fazem parte desse processo de formação de pessoas conscientes.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A LEITURA NO CONTEXTO ESCOLAR: UMA BREVE DISCUSSÃO
A leitura é uma atividade de um elevado grau de importância para a vida do homem perante a sociedade. Em virtude disso, muitas discussões têm surgido em torno de sua importância para a formação de leitores e cidadãos críticos, bem como em torno da prática de ensino da língua materna. Isso se justifica devido ao fato de que a leitura possibilita ao homem a inserção e participação ativa no meio social e, por isso, essa prática deve ser desenvolvida desde cedo e, primordialmente, no âmbito escolar.
Segundo Delmanto (2009) a escola deve ter a preocupação cada vez maior com a formação de leitores, ou seja, a escola deve direcionar seu trabalho para práticas cujo projeto não seja apenas o ensino da leitura em si, mas desenvolver nos alunos a capacidade de fazer uso da leitura, como também da escrita para enfrentar as dificuldades da vida em sociedade e, a partir do conhecimento adquirido com essa prática e com suas experiências, continuar o processo de aprendizado e ter um bom desempenho na sociedade ao longo da vida.
A autora ainda acrescenta que diante das diversas transformações com as quais convivemos a escola precisa, mais do que nunca, fornecer ao estudante os instrumentos necessários para que ele consiga buscar, analisar, selecionar, relacionar e organizar as informações complexas do mundo contemporâneo.
Nesse sentido, compreende-se que a leitura é um processo que não está limitado apenas no âmbito escolar ou somente um meio para obter informações, mais do que isso, a ela deve ser uma prática que todos possam usá-la na própria convivência com o meio social. Entretanto, o que se observa é que em muitas escolas, a leitura ainda é desenvolvida a partir de influência de muitos modelos tradicionais ou concepções errôneas da leitura. Segundo Solé (1996, p.33) discorre sobre essa problemática e esclarece que:
O problema de ensino da leitura na escola não se situa no nível do método, mas na própria conceituação do que é leitura, da forma em que é avaliada pelas equipes de professores, do papel que ocupa nos Projetos Curriculares da escola, dos meios que se arbitram pra fortalecê-la, naturalmente, das propostas metodológicas que se adotam para ensiná-la.
Desse modo, percebe-se que é preciso adotar métodos, criar situações que possibilitem aos alunos, a capacidade de desenvolverem diferentes capacidades de leitura. Sobre isso Delmanto (2009) considera que devemos ensinar, além da decodificação, a compreensão, apreciação do texto, assim como a relação do leitor com o texto. A autora acrescenta que se os educadores propuserem atividades visando a esses objetivos, os alunos serão capazes não apenas de localizar informações, mas de se relacionar e integrar as partes do texto, de refletir sobre os seus sentidos, captando as intenções informações implícitas, de perceber relações com outros contextos, assim como de gerar mais sentidos para o texto e de valorizar os que lêem de acordo com seus próprios critérios.
2.2 COMO CONVIVER COM AS DIFICULDADES DE LEITURA EM SALA DE AULA
O ensino deve proporcionar uma reflexão e conscientização onde o aluno formule e descubra as regras e formas da língua para se aprimorarem tornando-se hábeis para escrever corretamente.
Utilizar estratégias de planejamento com perguntas tipo: Porque você quer escrever esse texto? Você pensa em fazê-lo de forma para que outros entendam? Como escolhe as palavras relacionadas com o tema? Faz-se rascunho? Como faz para utilizar a palavra que resuma a idéia? Estratégias para revisão pedir a um colega revisar? Perceber se utilizar corretamente letras maiúsculas? Gosta-se do que escreveu? Qual parte mudaria?
Podem ser realizadas atividades solicitando mudança nos papeis dos personagens, escreverem um final diferente. Enfim o professor possui um leque de estratégias para estimular e direcionar a produção textual, e podem criar outras dependendo de cada e necessidade dos alunos.
O professor deve criar uma situação prazerosa, não porque o mostre, mas que eles possam escrever livremente, por exemplo, textos com diários e cartas. O aluno deve perceber a importância de planejar, revisar escrever, podendo realizar atividades de reescrita pegando um texto simples e transformando através da troca por frases mais elaboradas estimulando a maturidade sintática.
A importância da elaboração de um rascunho transcrição, revisão correção. O professor tem função de interagir com o aprendiz numa troca de experiências, não apenas ensinar a gramática as regras do discurso.
Evitar correções por meio de castigo que poderá reprimir ou desestimular o aluno, e não apenas apontar o erro, mas dar informações relevantes para que eles percebam as diferenças e não cometam os mesmos erros. A leitura pode ser uma ótima aliada, pois ela traz a compreensão então trazendo textos, livros pode ser sugerido que alunos criem seus próprios textos ou finais baseados no assunto.
Primeiro deve-se propor uma técnica de "Escritura livre" para que o aluno adquira certa fluidez e convicção de que é capaz de escrever sobre o que sabe depois nas revisões e correções (com ajuda dos colegas e do professor).
Atentar para aspectos mais formais como pontuação, paragrafação desenvolvendo nos alunos a consciência metacognitivo e a autoregulação das estratégias na escrita.
A produção textual pode ser trabalhada com atividades como criar m diário de bordo para escrever registrando a aulas, conteúdos e acontecimentos. Observar e trabalhar com palavras para uma melhor assimilação e memorização das formas escritas. Ex: S, SS, C, X, seguro, assíduo, cidade, auxilio.
Trabalhar com palavras heterográficas e homográficas mostrando não só a escrita como a significação no contexto.
Conscientizar os alunos mostrando que os erros ocorrem pela tentativa de escrever assim como na oralidade e também devido a tantas regras e exceções.
Múltiplas possibilidades de escrita generalizam das regras que ocasionam omissão, adição, troca de letras.
O ensino das normas gramaticais pensando em como as habilidades lingüísticas está conectado com a gramática, essa junção contribui na escrita, fala, leitura, por isso na análise devemos utilizar textos ou frases para as atividades de classificação, pois com o contexto fica mais fácil, e o estudo passa a ser não apenas e regras soltas mas propiciará uma reflexa gramatical.
A escrita é uma conquista para todos, pois é a expressão verbal da criatividade passar sentimentos, pensamentos e sensações para palavras, ou seja, a capacidade de auto-expressão.
A escrita deve ser motivada com publicações em jornal de escola, internet, murais ou outros meios para que os alunos tenham sempre bons motivos para desenvolver suas produções não como uma atividade pavorosa que só trará punições, mas algo divertido e que sua aprendizagem (escrita) servirá para toda vida em diversos momentos.
2.3 LEITURA: UMA NOVA CONCEPÇÃO
Como já foi citada, a leitura é essencial para o bom desenvolvimento individual e social do homem, é pela leitura que podemos construir e reconstruir conceitos que servirão para a nossa formação enquanto sujeitos sociais.
Leffa (1996, p.17-18), ao propor uma definição de leitura, afirma que: A leitura é um processo feito de múltiplos processos, que ocorrem tanto simultânea como sequencialmente, esses processos incluem desde habilidades de baixo nível, executados de modo automático na leitura proficiente, até estratégias de alto nível, executadas de modo consciente.
Diante desses esclarecimentos, a leitura é um processo amplo no qual o leitor precisa dispor de diversas estratégias para chegar à compreensão do texto. Em outras palavras, a leitura não estaciona na mera decodificação, tendo em vista que essa concepção, como mostra Kleiman (1997), dá lugar a leituras dispensáveis, pois não modifica a visão do aluno em nada. Assim, Leffa (1996), pretende esclarecer que o leitor dispõe de diversas estratégias para construir o significado do texto e por essa razão, a leitura não deve envolver somente o leitor ou o texto, mas a interação entre o leitor e o texto para, enfim, se produzir o sentido do texto.
Outro aspecto relevante que Leffa (1996) ressalta é que, além das competências essenciais para a leitura, o leitor precisa ter a intenção de ler determinado texto. Na concepção do autor, "essa intenção pode ser caracterizada com uma necessidade que precisa ser satisfeita, a busca de um equilíbrio interno ou a tentativa de colimação de um determinado objeto em relação a um determinado texto". (LEFFA, 1996, P. 17)
Diante desse pressuposto, acredito que a leitura não é uma prática isolada, e para que ela ocorra de forma satisfatória, faz-se necessário que o leitor defina, no momento da leitura, os seus objetivos, e assim, possa chegar ao sentido do texto.
A opinião de Kato (1987) estabelecer objetivos para a leitura é um dos meios que compõem o ato de ler. A autora menciona o fato de que estabelecer metas durante a leitura, além de ser um modo de chegar a uma melhor compreensão do texto, é também um caminho para uma leitura madura, traçar objetivos são, portanto, estratégias conscientes e, típicas de um leitor maduro proficiente.
Kleiman (2004) também partilha desse ponto de vista e ressalta que ao ler, todo leitor tem objetivos, propósitos específicos e que ao estabelecer metas para a leitura, o leitor terá uma compreensão maior do texto e, além disso, será capaz de lembrar melhor dos detalhes relacionados a seus objetivos, ou seja, lembrará melhor aquilo que leu especialmente as informações ou metas que pretendia encontrar no texto. Assim, Kleman (2004, p.30) ratifica esse posicionamento quando afirma que "há evidências inequívocas de que nossa capacidade de processamento e de memória melhoram significativamente quando é fornecido um objetivo para uma tarefa".
Seguindo esse ponto de vista, a autora complementa que "a leitura que não surge de uma a um propósito não é propriamente leitura" (KLEIMAN, 2004, P.35). Diante disso, compreendemos que muitas vezes a leitura realizada no âmbito escolar acaba se tornando uma atividade desmotivadora, mecânica que não leva a nenhum aprendizado, tendo em vista que os objetivos traçados por outro para a leitura de um determinado texto, muitas vezes, não satisfazem o interesse de todos e acaba tornando o ato de ler desinteressante. Assim, a escola deve propor ao aluno, durante as aulas de leitura, textos que despertem o interesse da turma, a fim de que esta possa definir objetivos para a leitura daquele texto e, em conseqüência disso, sejam induzidos a ler outros textos.
Solé (1996, p.22) se inclui nessa mesma concepção sobre o ato de ler, quando define a leitura como "um processo de interação entre o leitor e o texto; neste processo, tenta-se satisfazer os objetivos que guiam sua leitura". Essa afirmação ratifica o que discutimos anteriormente, já que esclarece que no ato da leitura, deve haver o envolvimento de um leitor ativo que examina e reflete sobre o texto, assim como deve existir um objetivo para guiar a leitura (seja por lazer, obter informações, ou até mesmo seguir instruções para a realização de uma atividade). Desse modo, acredito que a interpretação que se faz de um texto depende dos objetivos que se tem naquela leitura, assim, é possível que diferentes leitores com finalidades diferentes possam construir sentidos diferentes ao lerem o conteúdo de um mesmo texto.
Por fim, a capacidade de estabelecer objetivos é de fundamental importância no ato de ler, é, acima de tudo, de acordo com Kleiman (2004), uma estratégia metacognitiva, uma vez que, o leitor terá a capacidade de controlar e condicionar o próprio conhecimento, pois permite avaliar sua capacidade, bem como refletir sobre o próprio conhecimento.
Além desses aspectos já apresentados, Kleiman (2004) explica que o conhecimento prévio é outro elemento preponderante no ato de ler, ou seja, é um dos caminhos para se chegar à compreensão do texto. Para a autora, "a compreensão de um texto é m processo que se caracteriza pela utilização de o conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe o conhecimento adquirido ao longo da vida". (KLEIMAN, 2004, p.13)
A esse respeito, Leffa (1996, p.10) ressalta que "a verdadeira leitura só é possível quando se tem um conhecimento prévio", pois não lemos "apenas a palavra escrita, mas também o próprio mundo que nos cerca". Assim, compreendi que para o autor, o sentido de um texto não esta em si mesmo, mas sofre influências do conhecimento de mundo de que o leitor dispõe, e a partir disso, atribui significado ao texto. Esses esclarecimentos revelam que, na prática de leitura, o leitor não lê letra por letra, mas faz uso de seus conhecimentos prévio, e, à proporção que vai lendo, vai fazendo antecipações e inferências sobre o conteúdo do texto.
E por essa razão que Kleiman (2004) mostra que em alguns textos, inicialmente incompreensíveis, só são possíveis de serem compreendidos quando o conhecimento prévio é ativado. A autora salienta que, nesse caso, o texto permanece o mesmo, o que ocorre é uma modificação na compreensão ocasionada pela ativação do conhecimento já adquirido, isto é, "devido à procura na memória de informações relevantes para o assunto, a partir de elementos formais fornecidos no texto". (KLEIMAN 2004, p.22)
A partir desses esclarecimentos, pode-se compreender que a ativação do conhecimento prévio constitui um fator essencial para a compreensão do texto, uma vez que se trata do conhecimento que o leitor tem sobre um determinado assunto que lhe permite fazer inferências que permite fazer relações com as diferentes partes do texto e, assim, construir o sentido do texto como um todo.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como se pode verificar, muitas tendências surgiram buscando inovar o ensino de leitura nas aulas de língua materna e acabam cirando discussões acerca de como essa habilidade vem sendo trabalhada em muitas escolas. Além disso, essas discussões procuram promover mudanças positivas no ensino de leitura, ou seja, procuram mostrar que um método de ensino desvinculado tradicionais que não acrescentam nada ao conhecimento do aluno.
Diante disso, compreende que é o ensino de leitura que deve está fundamentando nas reais necessidades do aluno e que cabe à escola repensar a sua prática e criar condições para a realização de um ensino interativo. Para atingir esse objetivo, é preciso, antes de tudo, que a escola analise a sua postura e faça as modificações necessárias, pois, só assim, ela estará superando o tradicionalismo que ainda predomina no seu fazer pedagógico.
Por fim, ratifico a necessidade de uma prática de ensino em que o ato de ler se torne para os alunos uma prática significante e uma motivação para futuras leituras bem como um recurso para formação de leitores proficientes, de pessoas conscientes, criativas que possam compreender analisar e se sobressair na sociedade em que vive.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DELMANTO, Dileta. A leitura em sala de aula. Construir Notícias, Recife, ano 08, n.45, p. 24-26, mar./abril.2009.
KATO, Mary. No mundo da escrita: Uma perspectiva psicolingüística. São Paulo: Ática, 1987.
KLEIMAN, A. Texto e Leitor: Aspectos cognitivos da leitura. 9 ed. Campinas: Pontes, 2004.
LEFFA. Vilson. Aspectos da leitura. Porto Alegre: Sangra ? Luzzato 1996.
SOLÉ, L. Estratégias de leitura. Porto alegre: Artes Médicas, 1996.
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